o diário de uma gorda, dia "x"

então: hoje eu subi uma ladeira e quase precisei de uma unidade móvel da UTI na seqüência. foram 3 minutos de tortura (a subida) e mais 10 minutos de constrangimento (arfando como um dogue alemão). não tá fácil.

não estou seguindo 100% da minha proposta inicial, sabem. ontem mesmo almocei lindamente dentro da dieta mas peguei 4 pãezinhos doces pra tomar com café. olha como o mundo não contribui: eram pães pequenos, eu queria um só. “não pode não, dona, só vende de 100g em diante”. ok, me dá 100g então, que eu quero esse pão agora de qualquer jeito! quatro pães. eu só queria um, mas não poderia separar a família, seria crueldade. comi os quatro.

em casa, ao contrário de outras pessoas, eu como com mais regras. até porque na minha casa não tem doces ou tranqueiras engordativas. é claro que tem leite condensado, nescau, açúcar, mas acreditem ou não, não consigo atacar essas coisas. doce pra mim é doce com formato de doce. brigadeiro de colher, por exemplo, não conta e eu não gosto. brigadeiros enroladinhos, no papelzinho… como de dúzias. faço até o número do godzilla comendo japoneses em tóquio (ROARRRR — e os brigadeiros vão, gritando, goela abaixo).

a caminhada não resistiu à minha falta de regras domésticas no momento. estou pensando em me inscrever na aula de hidroginástica — aquele esporte de velhinhas, grávidas ou gordas (eu só não estou grávida, mind you) — e pelo menos ter o incentivo de ter meu dinheiro desperdiçado caso eu falte.

de resto, saibam que eu sofro mais por não poder comer torresmo do que uma torta ou pudim. torresmo, pão com manteiga e mortadela são as perdições da minha vida. ontem comi duas bistecas de porco bem tostadinhas, com arroz feijão e salada. tive uma iluminação, meus olhos se encheram de lágrimas e eu agradeci a deus por ter criado o porco. não sei se gosto mais deles vivos e rosinhas ou se mortos e bem tostados.

sou uma horrorosa, podem me apedrejar.

10 comments to “o diário de uma gorda, dia "x"”
10 comments to “o diário de uma gorda, dia "x"”
  1. vem fazer hidro na minha cademia e se vc não sair da piscina com meio metro de língua pra fora eu mudo de novo. Isso que as TVS mostram não tem absolutamente nada a ver com uma aula de hidro Zel.

    O bom é que vc se esfacela, mas já tá ali na água! Uma delícia!

    Beijo!

  2. Ni,

    Tenho que concordar em grau, gênero e número com o Gabis (morro de saudades dele).

    É cara de pau total comer todos os pães para os mesmos não se sentirem só!

    Faça isso com o saco de arroz de 5Kg, comer arroz por arroz pra não deixar os japonezinhos sozinhos.

    Vai virar o “póprio” saco de arror!!!

  3. Oh Godeeeeeeeee hahahah

    Duas comigo, mas eu achei lindo por demais vc gostar tanto dos porquinhos, vivos ou em pedaços hahahha

    Beijos de quem igualmente se angustia pelos kilos quevão chegando e pelas caminhadas, hidroginasticas, etcccc sempre deixadas para depois….

  4. Oh, Viva os porquinhos!!! Amo pernil, em especial aqueles pedaços úmidos daquela carne macia… não existe nada igual!!!

    Zel, querida!!! Saúde é muito importante e tem que cuidar mesmo!!! Esse mês entrei na academia, achei que não ia aguentar nem 2 semanas mas sabe o que me surpreendeu? Até minha cabeça mudou depois que comecei a malhar (tô fazendo spinning e umas esteiras de vez em quando): quando volto da academia, que faço à noite, não tenho vontade nem de jantar… e eu fico meio avessa à comida com muita gordura… dá uma dor na consciência, sabe? Não estou indo todos os dias, porque tem outras coisas para fazer – unhas por exemplo, ah, nós mulheres… tcs tcs tcs 🙂 – mas tenho ido umas 2-3 vezes por semana. Vale a pena!

    Saudades! E viva os porquinhos!!! (mortos e tostados, claro!)

  5. Zel,
    Conheci seu Blog pela lista maravilhosa da Nospheratt e adorei, seu texto é dinâmico, engraçado e não é pedante.
    Vou devora-lo com quatro xícaras de café assim como a família de pães.
    beijos!

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