o lado bom das coisas

diferente do que algumas pensam, eu adoro que discordem das minhas idéias. o que eu não gosto é de falta de educação e críticas que não levam a nada, tipo “você é feia”. gentem, sigam meu raciocínio: o que a gente discute com alguém que nos acha feio? a gente não discute, é claro, a gente só finge que não percebeu a grosseria e muda de assunto.

mas vamos tentar falar sobre discordâncias de fato, relacionadas a idéias. vi que um dos grandes problemas percebido por quem não gosta do que eu digo está relacionado às generalizações. eu já escrevi uma meia dúzia de vezes aqui sobre esse assunto, mas não adianta. basta eu dizer algo como “toda mulher de cabelo comprido é idiota” que vai aparecer alguém aqui gritando e batendo o pé, com perdigotos voando em cima de mim “EU TENHO CABELO COMPRIDO E NÃO SOU IDIOTA, TÁ, SUA FEIA?”. e eu, constrangida, não vou saber dar uma resposta que não seja parecida com “eu estava generalizando, sua idiota, mas você confirmou a generalização, obrigada”. sendo assim, vamos nos poupar de cenas dessa natureza, isso não leva a nada. quando eu generalizar e a generalização incomodar você, coloque-se como a exceção da regra, ok?

outro problema é a cobrança pela coerência. por que diabos eu ou qualquer outra pessoa tem que ser coerente? a falta de coerência não diz nada a respeito de nada. então quer dizer que eu acho batom vermelho ridículo e na segunda-feira passada eu usei batom vermelho? COMO ASSIM? onde está a coerência, hein, minha senhora? não está, tirou férias, foi pra disney. novamente, vamos nos poupar de discussões inúteis: se você acha que eu fui incoerente, saiba que isso não é um problema pra mim, eu durmo muito bem tendo sido incoerente, acho até divertido. cobre coerência da sua professora de matemática do colegial, nesse contexto ela é importantíssima.

os meus amigos, seguidores, comparsas, como queira chamá-los. pra eles tudo e pros demais, a lei, é isso? é, é isso mesmo. se você é meu amigo você pode tudo, se não é meu amigo você não pode nada. se eu gosto de você, pode cuspir na minha cara e a gente conversa. se eu não te conheço e você olhar torto teremos um problema. eu não me importo com o que acham disso, essa é a minha regra e eu arco com as conseqüências dela. e meus amigos podem discordar de mim? podem e discordam, mas eles fazem isso privadamente e não em público, justamente porque são meus amigos e não querem me expor e nem expor a eles próprios. ninguém precisa discutir com um amigo em público. eu não preciso divulgar aqui um debate de idéias com meus amigos pra provar que “sim, nós discordamos e continuamos amigos”. nós, que somos amigos, estamos pouco nos fodendo pra opinião de vocês ilustres desconhecidos que não são amigos nossos, entendeu? meu conselho para este tópico é: acredite em mim, existe vida e debate além do blog. existe email, telefone, MSN e até bate-papo ao vivo, não precisamos nos pegar a tapa aqui. roupa suja se lava em casa. ou você acha que estamos aqui pra entreter você?

bom, e tem a tatuagem e todas as questões referentes à aparência. por que será que as pessoas se incomodam tanto com quem tem auto-estima alta? de coração: o que quer que alguém ache sobre mim é muito pouco importante diante do que eu mesma acho sobre mim. isso vale nas duas mãos: você pode me achar linda, se eu estou me achando feia, sua opinião não importa. se eu me acho linda e você me acha feia é a mesma coisa. seu padrão do que é feio ou bonito não me interessa, o que você acha sobre ter tatuagens com 80 anos significa nada pra mim. meu corpo é a representação de uma parte de mim, ela não precisa ser bonita e nem feia, ela precisa ser verdadeira, transmitir o que eu quero que transmita. meu corpo não serve pra te agradar, sabia? eu inclusive não quero saber sua opinião, pode ficar com ela pra você. sobre esse tópico, o que eu tenho a dizer é: não jogue seus preconceitos, recalques e problemas de auto-imagem em cima dos outros. procure entender porque a felicidade dos outros com o próprio corpo e imagem incomodam tanto você, será um tempo melhor gasto.

ah, nossa língua portuguesa… não gosto de gente que assassina o português, é verdade. por isso mesmo cuido bastante do que escrevo, procurando errar o mínimo. acho que é uma questão de respeito com quem lê. quando vejo pessoas escrevendo errado eu procuro corrigir sempre que possível e, de novo, sem expor a pessoa. mas se a pessoa em questão não é meu amigo e além de tudo ainda quer me ofender, por que eu haveria de me preocupar em ser legal? eu quero que essa pessoa se foda. se você vier aqui me encher o saco e ainda escrever errado vai ser apagado, ridicularizado e tudo o mais que tiver direito. eu faria a mesma coisa se você me provocasse pessoalmente, coisa que você não faria, é claro.

sobre o que eu escrevo e como escrevo. well, isso é completamente discutível, mas, onde vamos chegar? há estilos e estilos, assuntos e assuntos. eu tenho o meu estilo e os assuntos da minha preferência, certamente não vou agradar a todos. eu não gosto do arnaldo jabor, por exemplo, acho ele um chato. sabe o que eu faço? eu não leio arnaldo jabor. tem muito escritor e jornalista no mundo, caramba. se você não gosta do meu estilo ou dos meus assuntos, vai ler outra coisa, meu deus. eu não sou escritora, não sou jornalista e não ganho nada pra escrever nesse blog, portanto não venha me cobrar um estilo ou assunto que te agrade, tenha noção.

então façamos assim: se você discordar de alguma opinião ou idéia minha, pode deixar recado dizendo o que você pensa, sem xingar a mim ou aos que eu gosto, e quem sabe isso vira uma conversa. o que eu aliás não prometo, porque posso achar sua opinião uma merda e ignorar você, como aliás a gente faz o tempo todo na vida, já reparou? já pensou se a gente fosse mesmo discutir tudo que outra pessoa falou e a gente acha um absurdo? o mundo seria um inferno. tenha bom senso, boa educação e alguma dose de boa vontade e tudo vai dar certo.

0 comments to “o lado bom das coisas”
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  1. ô, Zel, tu falando de batom vermelho, lembrei que sempre falei mal de sapatos de bico fino e agora estou frustradíssima porque não acho uma bota de bico fino e salto alto em Recife.

    Mas imagina, cobrar coerência em conversa boba de mesa de bar? Eu procuro outra pessoa para conversar.

  2. por isso gosto tanto de ti, dona. há tantos tapas na transparência.. é um manual de “etiqueta”. haha

    te leio sempre! e deixei uns 3 recados em anos de leitura, desde as delícias. aliás, é a única que ainda leio – até chorei quando o furão morreu,;)

    e deixei agora pq esse post me pareceu uma homenagem aos comentários.

    bjos,

    Ju.

  3. Ei Zel

    Eu leio seu blog faz tanto tempo que alguns dias atrás estava me perguntando como tinha chegado aqui(depois lembrei que foi por causa das delícias no meio de algum texto). E tem muita coisa que vc diz que eu discordo, mas eu continuo vindo aqui. E acho que persisto pq, primeiro, seu texto é muito atraente, segundo, vc é uma pessoa bem diferente de mim(o q a torna mais atraente ainda), terceiro, vc ama os animais, quarto, adoro as histórias da sua família, quinto… bom, se eu continuar isso vai virar loop infinito. Não deixe essas confusões online te abalarem. Saiba que existem leitores fiéis a vc, como eu. Te adoro mesmo sem nunca ter apertado sua mão. E ainda vou ter a mesma coragem de fazer uma tatoo desse tamanhão! Bjos!

  4. oi zel,

    olha, eu não sou sua amiga, nem a conheço pessoalmente, mas gosto de ler o que vc escreve, e concordo que uma compilação do seu blog sobre “dicas de comportamento” faria um bem enorme a humanidade! 😉

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