eu devia estar trabalhando

mas não consigo tirar isso da minha cabeça, preciso desabafar: quem foi que inventou o tal casual day? isso é invenção do capeta, só pode ser.

outro dia dei azar e fui pra um cliente que fica ali na paulista, era sexta-feira, dia oficial do casual day.

pausa: pra quem não é do meio, sexta-feira é o dia que a “firma” libera o povo pra trabalhar com roupas mais casuais. os homens não precisam ir de terno, as mulheres não precisam vestir roupa social.

continuando: era o tal dia maldito, e já na recepção do prédio começou o show de horror. uma de miniblusa, a outra de microssaia, decotes absurdos, chinelos de dedo, parte de cima do biquíni (?!) aparecendo por baixo da blusa. deve ser moda, sei lá, não acompanho essas coisas.

e aí eu fiquei me perguntando o que essas infelizes pensam de manhã quando estão se vestindo pra ir trabalhar na av paulista e colocam um chinelo de dedo e miniblusa. podem me chamar de conservadora, não faz mal, eu acho o fim da picada o povo ir trabalhar como quem vai pra praia ou pro bar. uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, sabe? cara, se a menina levantar o braço pra puxar a cordinha do ônibus a calcinha aparece, tenha santa paciência…

e os homens? meu deus, às vezes eu entendo a obrigatoriedade de terno e gravata: é mais difícil de errar. a menos que a criatura tenha um senso de humor bem esquisito as combinações de terno, gravata, calça e sapato são passáveis. na maldita sexta-feira parece que abriram a porteira do clube do mickey, credo! calças com a cueca aparecendo, mil camisetas com dizeres engraçadinhos (odeio camiseta com “dizeres”, aliás) e tênis que parecem que vão sair andando sozinhos. pra não falar dos que simplesmente não sabem juntar lé com cré e vestem coisas que parecem saídas de figurino dos anos 80.

isso tudo porque estamos falando da alta civilização da av paulista… fico imaginando como são as coisas por outros cantos, afe. melhor nem imaginar. lembrei de uma vez em natal que a moça tava desfilando de meia fina cor-da-pele-de-outra-pessoa no calçadão da praia, de salto e vestido social. umas 19h, dia de semana, momento passeio. quase chorei.

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sim, eu sei: a idade… back to work.

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  1. kkkkkkkkkk!

    Realmente, alguns lugares poderiam ser caracterizados como freak showrooms… mas em partes eu discordo e em outras concordo fielmente.

    Discordo sobre as camisetas com dizeres. Bem, err… eu sou geek (aka nerd de tecnologia), e como todo bom nerd eu *adoro* trocadilhos e brincadeiras tecnológicas, como minha camiseta do The Beagles (sim, com o Snoopy em quatro facetas musicais). E também porque, como bom profissional, acho que todo dia poderia ser dia de casual day que nem me importaria.

    Esta história de refletir o nível do profissional pelos seus trajes é balela. Eu seria muito mais produtivo de jeans e camiseta (sapato social, nada de tênis estrambólico, isto sim é nonsense) do que numa “suíte”, minha competência mantém-se independentemente do traje. E, convenhamos, eu *odeio* traje social.

    Por outro lado, concordo que algumas pessoas têm péssimo senso, e acabam tornando o dia casual em dia banal. O mínimo de bom senso, é o que deveria ser alcançado. Mas é pedir demais, né?

    Enfim, eu até entendo, dado este motivo, o fato de as empresas exigirem um traje formal (imagina este povo sendo ridículo cinco vezes por semana ao invés de uma), mas gostaria que houvesse mais liberdade para os profissionais “de facto”, aqueles para o qual o bem-estar significa x vezes maior produtividade, mesmo que sem bem-estar eles já sejam bons o suficiente…

    (tudo bem, me perfiz, mas se eu não confiar no meu trabalho, quem é que vai mesmo?)

  2. É assustador realmente, no ano passado, no mesmo local, pude ver uma advogada de minissaia e minibulsa, que deixava à mostra uma marca já roxa de uma grande mordida, um pouco acima da nádega direita…

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