opiniões – falem um pouco

pessoal, estou considerando seriamente a possibilidade de me tornar vegetariana (consumindo leite e ovos). mas tenho uma infinidade de questões que pesam nessa decisão, pois ela é exclusivamente ideológica e ecológica, já que adoro carne e NÃO acho que animais são “amigos e não alimento” (falo um pouco mais disso depois de ouvir).

vou pedir um favor encarecido: digam nos comentários se são vegetarianos, onívoros, veganos – enfim, que tipo de dieta segue – e principalmente o porquê.

tenho lido alguns textos sobre vegetarianismo mas a maioria me deixou incomodada, não me identifiquei com nenhum dos discursos. acabo ficando resistente à idéia por causa dessas manifestações um tanto limitadas dos que erguem bandeiras em favor do assunto.

não tenho intenção de criticar ninguém nem provar qualquer ponto, estou realmente em dúvida e seria bom ouvir opiniões de quem optou ou não por uma dieta sem carne. aliás, se você é adepto da carne, também me conte o porquê (se é que já pensou nisso :)). depois conto a vocês minhas conclusões, que vou tirar com base nas opiniões e nas pesquisas que farei aqui offline.

se você não tem opinião formada ou nunca pensou nisso, pense e diga aqui pra mim o que pensou. pensar junto é melhor 🙂

obrigada desde já a quem se der ao trabalho de me ajudar!

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  1. Oi, Zel, peço licencinha pra me fazer presente no teu espaço. Olha, quanto ao vegetarianismo, tenho verdadeira tara por carne, principalmente de porco, não recuso nadinha mesmo… Mas olha, admiro aqueles que conseguem seguir uma dieta sem esse tipo de alimento. Conheço alguns seres, alguns vegechatos, outros bem iluminados. Eu, pessoalmente, não conseguiria, mas devo admitir que, quando fico alguns dias sem a mardita, me sinto beeemmm mais leve, e em pouco tempo, meu aparelho digestivo renova-se. Um beijo. Telma

  2. Querida, das carnes como apenas peixe. Em dezembro completei um ano sem comer o restante.

    O faço não pela minha saúde, mas simplesmente pelos animais. Parei quando assisti o documentário Earthlings (até o comprei, te empresto se quiser).

    O motivo é bem simples: não consigo mais comer carne e não me achar conivente com o sofrimento a que são submetidos na criação e na matança. Simples assim. 🙂

  3. Zel, eu como carne e adoro, mas passo sem na boa. Ainda não cheguei ao “grau de evolução” de não comer totalmente, e pra falar a verdade, não penso nisso.

    Minha irmã virou vegetariana há alguns anos, e se deu super bem. Ela nunca foi muito chegada em carnes, aí ficou um ano sem comer (porque fez uma promessa para nossa cachorra Nega sarar de uma displasia) e aí acabou parando de vez. Ela era chata no começo, mas parou de encher o saco quando demos um corte. Ela nao come, nada, virou meio vegan, mas come ovos e leite sim, mas evita outras coisas, e ate mesmo comprar roupas/sapatos de couro. Mesmo durante a gravidez ela manteve a dieta e não teve nenhum problema, o baby nasceu um tourinho forte e é super saudavel. Agora ele já come carne, na papinha, e por ela nao comeria, mas o medico mandou, entao beleza. Vou conversar com ela e falar pra ela conversar com você. Acho que é bem sussa se vc realmente quer parar.

    Beijos lindona!

  4. Zel,

    Primeiramente, feliz 2008! Eu como carne vermelha e branca. Não como aves por, realmente, não gostar do sabor. Mas, como tudo que é do mar, carne bovina e suína. O que eu faço é tentar compensar o fato de comer carne respeitando e cuidando da natureza, dos animais e do meio ambiente o máximo que eu posso. Grosseiramente dizendo seria como “compensar um carma”. Já que estou no topo da cadeia alimentar, compenso esses desfalques. Ajudo sociedades protetoras dos animais, não frequento circos, shows ou espetáculos que tenham animais, sou contra a matança de qualquer animal indiscriminadamente, entre outras ações. Pode parecer um contra-senso, porém, é uma forma que encontrei de repor algo que tiro da natureza.

    bjos,

    Mari

  5. olá. sou amiga da tati e venho aqui de vez em quando (nos vimos no aniversário dela inclusive).

    eu não como carne há quase oito anos. me tornei vegetariana porque simplesmente parou de fazer sentido comer carne. eu sempre fui muito ligada a bichos então me perguntava porque eu queria cuidar de todos os gatos, cachorros, porquinhos da índia, etc, que coubessem na minha casa e por outro lado comeria um boi ou uma vaca. simplesmente não fazia sentido.

    como eu sempre comi de tudo, parar de comer carne não foi sacrifício. existem tantos outros tipos de alimentos que a carne deixou de fazer falta depois de um tempo. além disso, acho sempre importante encarar o fato de ser uma decisão ética, não estética. as pessoas dizem que pararam de comer, sei lá, mortadela, por conta de uma dieta qualquer e que viram que nunca vão conseguir viver sem a tal da mortadela. como se fosse igual. não é. quando o lance é ético, você passa a ver um sentido naquilo, então não há aquela sensação de obrigação, entende?

    além disso, tem um outro lance que é chato de encarar. vegetarianos ou carnívoros, as pessoas conseguem ser igualmente chatas e intrometidas. digo isso porque eu nunca fui de levantar bandeira alguma. quem me vê comendo em qualquer lugar não percebe que eu não coloco carne no prato. porque eu não reprovo quem come, não faço cara de nojo (odeio quem faz cara de nojo pra qualquer comida), simplesmente escolho não comer. inclusive em algumas ocasiões eu como sim. um pedacinho de frango na maionese que eu peguei sem querer ou coisa assim. eu escolho, mas não faço papel de nojenta. por outro lado quando alguém descobre que eu sou vegetariana já começa a me chamar de chata, fresca, blablabla whyskas sache. além daquelas pessoas que simplesmente sabem que a minha dieta vai me levar a morte ou coisa assim. por isso eu prefiro que não saibam mesmo. é MUITA encheção. quase diariamente. comer com a família fazendo as mesmas piadas, ano após ano, é realmente chato. mas enfim, eu não os culpo.

    então é legal conversar com quem tem interesse pela coisa. simplesmente porque é difícil encontrar quem ouça as coisas de forma aberta, sem os tais preconceitos. eu não julgo quem come carne, mas me sinto MUITO julgada por isso.

    isso tá ficando longo, só mais uma coisinha.

    eu amo minha família, meu marido, meu amigos etc, etc. mas em geral eu simplesmente não consigo GOSTAR do ser humano. é bem triste e tals, mas eu simplesmente não coloco crédito na humanidade. resumindo, eu não quero fazer parte de algumas coisas. pode soar bem prepotente, e talvez até seja, mas eu me sinto MUITO bem me alimentando de forma ética. colocando a minha ética `a frente da ética do senso comum. acho mesmo que é uma questão de se informar `a respeito e fazer uma escolha. seja ela ser vegan, vegetariano, , carnívoro, travesti ou beato (rss, comparações truncadas). o problema é quando você faz ou é alguma coisa sem nunca ter parado pra refletir a respeito. simplesmente porque sempre foi assim. acho triste.

    enfim,

    acho que deu um livro. é difícil resumir algumas coisa, então qualquer coisa estamos aí!

  6. Eu já fiquei um tempo sem carne, mas voltei a comer, pois meu hemograma virou uma tragédia e não teve overdose de lentilha nem soja que salvasse as hemácias. Tem gente que agüenta (minha mãe e vários amigos meus, por exemplo), tem gente que não, e eu não agüentei. Acabei por encarar a carne como uma oferenda da natureza para manter a minha saúde.

    Penso que é mais importante um ambiente em equilíbrio (e incluo aqui a minha saúde) do que a privação. Acho lindo o discurso pelos animais (e concordo com boa parte dele), mas me parece que quem o profere se esquece de que somos animais também, e não é todo mundo que vai se adaptar a uma dieta sem carne, e não há vergonha nenhuma nisso.

    Eu sou onívora, e minha idéia de mundo é que eu tenho de estar em equilíbrio com o ambiente, não me colocando nem acima (tendo toda a carne do mundo à disposição) nem abaixo dos animais (como muitos veganos que preferem suplementação sintética de b12 para não ferirem os bichinhos). Como carne de vez em quando, e isso tem sido suficiente.

  7. Eu acho que estava tudo certo até o momento em que as pessoas matavam os animais para comer porque eles estavam ali, afinal, em praticamente toda a cadeia um animal mata o outro para comer. Principalmente porque antes não se tinha tanto acesso aos alimentos que podem substituir os nutrientes da carne, nem tanto conhecimento sobre quais seriam esses alimentos.

    Mas, é muita crueldade criar animais para comê-los. É diferente comer algo que foi criado pela natureza do que criar esse algo simplesmente para te satisfazer.

    No entanto, mesmo eu pensando assim, eu não conseguiria parar de comer carne. Eu adoro carne e não como muita variedade de legumes e outras coisas que pudessem substituí-la, então eu ficaria com falta de nutrientes.

    Agora, se eu decidisse parar de comer carne, continuaria consumindo leite e ovos porque o animal não sofre para fazê-los.

    Tem outra questão também: Se você para de comer carne, já fica mais difícil ir comer na casa de amigos, por exemplo. Se você vira completamente vegan, fica praticamente impossível. E ainda vira quase um estorvo, porque as pessoas tem que ficar pensando em um prato para preparar especialmente para você.

  8. Zel!

    te leio sempre via feeds, mas hoje resolvi aparecer por aqui. sou vegetariana faz 2 anos e meio. sempre leio e procuro sites que falem sobre o assunto. também debato bastante o assunto com pessoas que são vegetarianas e outras completamente “carnívoras”. me tornei vegetariana por um motivo (saúde) e, ao longo do tempo e das leituras que ia fazendo (pela internet e fora dela) e através das conversas que tinha com vegetarianos (ou não), meus motivos foram se ampliando… 🙂

    posso te passar estes sites… te indicar receitas bacanas… filmes bem realistas… restaurantes legais (para o caso de vir à Porto Alegre). enfim, tem muita coisa pra contar, mas que prefiro especificar via email ou MSN. ;D

    se quiseres me adicionar ou mandar um email, fique à vontade.

    beijocas e um 2008 de muita paz.

  9. Resolvi experimentar a dieta vegetariana (ovo-lacto) por um mês. Não foi pra emagrecer, não foi por pena do bichinho, nenhum destes motivos. Foi apenas uma experiência. E me senti tão mais bem disposta que mantive o hábito por três anos. Neste meio tempo li muito sobre o assunto, conheci maneiras novas (e fáceis, já que não sei cozinhar nada muito complexo)de preparar alimentos, experimentei novos sabores, comecei a prestar mais atenção ao que colocava no prato.

    Nunca fui daquelas que ficam querendo catequisar carnívoros no meio de um churrasco (sempre achei isso um saco). Aliás frequentei muitos deles, mas sempre dá-se um jeito com a salada, o arroz, a farofa, cebola e banana na brasa, ou seja, dá pra comer muito bem.

    Na verdade acho que passei os primeiros 6 meses sem nem sequer informar aos outros sobre esta decisão – e, se eu não tivesse falado nada, acho que ninguém teria notado. Quando resolvi tornar a decisão pública é que começou o estresse: “ah, mas você não come nada”, “tá de dieta pra quê?”, “mas você não come proteína?” (afe!), e outras encheções de saco de quem ficava policiando o meu prato.

    Tem um texto que colei aqui certa vez que acho que ilustra bem esta situação:

    http://www.maiscanela.blogger.com.br/2004_05_01_archive.html#26993918

    Nos últimos anos acabei deixando a convicção meio de lado, mas confesso que tenho vontade de voltar com afinco, já que a qualidade da alimentação (se a pessoa não for daqueles vegetarianos que só comem macarrão com queijo e coca cola)realmente fica muito melhor.

  10. Eu como carne e gosto, não viveria sem Zel!

    Acho que não é nem pela dieta mesmo, é pelo gostar de comer carne, pelo gosto da carne, pelo cheiro da carne, sou carnívora mesmo! rs

    Quanto à minha dieta (que não é dieta nem pra emagrecer nem pra engordar), eu como pouco e sempre, arroz, salada, batata (frita, cozida, assada) e carne sempre tão no meu prato… só não como feijão e tomate, por motivos de saúde (tpm, pedras nos rins) e o por não ser muito fã…

    se me dessem uma salada de alface bem temperadinha com cebolas e um bifão eu já fico contente =D

    Lembro-me de você falando em posts passados que não se tornaria vegetariana porque gosta de comer carne…. se você decidir se tornar vegetariana vai ser uma dureza… rs

    =*

    *ainda não esqueci o headfone, só não tive tempo ainda de ir achá-lo

  11. Zel,

    eu também tenho pensado muito nisso ultimamente. Devido a mudança do escritório fiquei numa região onde há muitas opções vegetarianas para almoçar e quando almoço lá me sinto tão satisfeita quanto quando como carne e, de certa forma, muito mais ‘leve’. Porque querendo ou não a carne demora muito para ser digerida e já tenho problemas com prisão de ventre, etc.

    Penso também nos animais, na crueldade, mas como venho de família “rural” sempre soube que o cultivo de legumes, hortaliças, etc, requer tanto trabalho quanto criar animais. E todos os meus parentes não cometem atrocidades, crueldades, para comer o tal leitão engordado para as festas de fim de ano. É uma coisa talvez da própria evolução…. como alguém aí em cima falou sobre matar animais que estavam ‘por aí’. Agora não temos tanto espaço para ter animais selvagens. Então criamos. Sou contra excessos. Minha avó sempre disse: a virtude está no meio. E acho que desta forma é que vou me alimentar. Sem exageros. Não preciso tanto da carne vermelha. Se quisesse tenho certeza que meu organismo viveria tranquilo totalmente vegan. Mas gosto de carne. Gosto de um churrasco, de frango, de peixe. Mas não preciso comer isso todo dia.

    Acredito que minha parte pode ser feita também de outras formas (como mais alguém falou). Se eu economizar água, apagar a luz, andar mais a pé, também estou contribuindo para melhoria da natureza. E não vai ser por causa de um bife que vou acabar com o mundo. Ou que todos os bois do mundo serão tratados cruelmente.

    Tenho uma amiga que até o ano passado ainda comia peixe, ovos e leite. Foi pra Fernando de Noronha, fez uns mergulhos, e agora não consegue mais comer peixe. É a opinião dela e eu vou respeitar. Porque não é o que ela come que faz ser amiga dela. E ela não é do tipo chata. Pelo contrário.

    Então, depois de tanta enrolação pra tentar exprimir o que acho: minha idéia é ‘ser’ vegetariana a maior parte do tempo. Mas não vou nunca me sentir mal se tiver vontade de comer carne (vermelha ou branca). Não devemos apenas esquecer do respeito acima de tudo. Pelas pessoas e pelos animais. 🙂

    ps.: sobre o cigarro, por exemplo… eu fumo mas você nunca vai ter que ‘fumar’ comigo. Respeito sempre quem não fuma e detesto quando me fazem ‘fumar’ a contra-gosto, apesar de ser fumante também 😉

  12. Olha, ser vegetariano ou não, do meu ponto de vista, é mera opção pessoal que na maioria das vezes não está relacionado a nada ecológico.

    Principalmente porque a monocultura é bastante não-ecológica (vide os desmatamentos, monoculturas, agrotóxicos, etc, etc, etc…).

    Eu penso de um modo um pouco diferente. Por que devemos favorecer uma ou outra espécie no planeta? Não deveriam ter todos (vegetais e animais) a mesma chance de vida aqui na Terra?

    O mais importante, novamente do meu ponto de vista, é promover a não-crueldade e a melhoria do meio-ambiente, muito mais que optar por ser vegetariano ou onívoro…

    abraço

  13. Oi Zel! Sempre gostei de carne e ao mesmo tempo acho estranho criar animais para nos alimentar.

    Há 4 anos fiz a cirurgia bariátrica (redução de estômago) e desde então tenho que comer carne em duas refeições ao dia para não ficar anêmica, tendo em vista que desenvolvi após a cirurgia uma alergia ao leite e seus derivados. Estudei bastante nesses anos alternativas para não comer carne e não existem. Os suplementos de B12 artificiais não são bem aceitos por algumas pessoas. No meu caso específico não tive anemia nem deficiências vitamínicas por me alimentar de forma equilibrada.

    O ser humano é onívoro.

  14. Zel, quando eu fiz 14 anos deixei de comer carne de boi porque não gostava muito, porco eu nunca comi porque tenho uma intolerância e se como passo muito mal e tenho até furúnculos. Hoje em dia como tudo do mar (que nunca me fez mal) e aves em geral se bem que algumas aves (pato e peru por exemplo) me enchem a cara de espinhas. Nunca tive anemia, nunca fui magra (a maior parte da minha vida fui inclusive gorduch0)e sempre tive a saúde de um touro. é bem verdade que por ter deixado de comer carne meio cedo minha mãe sempre deu uma reforçada na dieta pra não faltar ferro e outras vitaminas importantes, e ajuda o fato de que eu como e gosto de frutas e verduras. Adoro comer e experimentar comidas diferentes.

    Sou da opinião que só vale a pena deixar de comer qualquer coisa se você acha que não vai sofrer sentindo falta. Eu frequento churrascos e feijoadas com um sorriso no rosto, nunca sofri por ser a única pessoa que não aprecia uma picanha, não ligo, como outras coisas e pronto. Me oferecem eu digo não, obrigada, algumas pessoas nem percebem.

    Não sei se existe uma alternativa para carnes de boi, porco e carneiro mas frango eu acabo sempre achando aquelas galinhas e ovos felizardos que são criados “livres” (e mesmo assim desconfio, procuro saber a verdade, sou muito desconfiada) e tento não consumir nem mesmo sapatos de couro de bichos em extinção. Acho que animais são alimentos uns para os outros e não tem nada de horrível nisso. Procuro incentivar criações de animais mais humanizadas, métodos menos crueis de abate e tenho uma atitude ética na minha vida, isso inclui alimentação. Sou da opinião que se deve utilizar os chifres, o couro, as penas, o máximo possível dos animais abatidos porque senão é desperdício mas acredito que as galinhas os bois e os porcos não vão entrar em extinção. Foi uma evolução da humanidade aprender a fazer rebanhos pra alimentação e outros usos, não acho cruel, não, só me preocupo com aqueles animais que estào entrando em extinção. Procuro não comer atum, nem sardinha nem salmão selvagem, e graças a deus posso pagar um pouco mais por um produto ecologicamente mais conscientes mas também não sou xiita. Se você adora carne e acha que vai sentir muita saudade, não deixe de comer. Diminua a frequencia , sei lá, mas não vale sofrer. ;))

    bjk

  15. Olá,

    Quase não comento aqui, mas achei muito interessante vc querer saber as razões de quem decidiu ser vegetariano.

    Eu sou lacto-ovo-vegetariana há 21 anos (deixei de comer carne aos 15 anos), por duas razões:por não gostar muito de carne vermelha e por me indentificar com a filosofia vegetariana.Na minha opinião só deve ser vegetariano quem realmente quer abdicar e quem realmente acredita que essa mudança lhe trará benefícios.Já fui radical por anos, quando não comia nenhuma proteína animal. Depois voltei a comer peixes e alguns anos depois aves.Mas nunca deixei de comer ovos, leite e derivados porque gosto e acho que o cálcio não deve ser cortado radicalmente.Tenho uma filha de 04 anos que come carne vermelha, mas também soja e aves etc. Acredito que ela é muito criança para cortar proteínas importantes para o crescimento, mais tarde sim, qdo ela entender eu falarei do vegetarianismo e o que ele representa para mim.

    A filosofia do vegetarianismo, sem os radicalismos, é muito boa porque propõe um equilíbrio alimentar e até de vida.Comer para viver, viver bem em harmonia com a natureza, respeitando e usufruindo de tudo de bom que ela pode nos oferecer.É nisso que acredito…

  16. eu sempre comi de tudo e gostar de cozinhar (graças a você! obrigado!) acabou surgindo uma necessidade muito maior de eu experimentar as coisas. tal iguaria é cruel para o “comido” mas come-se por algum motivo e muito provavelmente vou querer provar, mesmo com uma certa culpa.

    eu teria razões espiritualistas para não consumir carne, mas minhas convicções nesta área não são tão fortes assim. aí eu mantenho o costume, por enquanto.

  17. Oi, minha flor.

    Tento me manter ao largo do debate, mas vamos lá.

    1. Em primeiro lugar, quando se mora em um lugar onde não há uma produção variada e constante de vegetais (é o caso do Norte do Brasil), a dieta fica bem restrita. Isso quer dizer, entre outras coisas, que se é OBRIGADO a comer carne em várias situações. Sim, temos bastante peixe, mas são animais que exigem cuidados diferenciados em relação a bois e porcos. Existe um período de desova, aqui chamado “defeso”, no qual a quantidade de peixes diminui sensivelmente. Nesse período, nas escolas, nos retaurantes, nas residências o que se come? Pois é.

    2) Todo discurso de proteção à vida não cai por terra se pensarmos que a seiva de uma planta é o seu sangue? É uma guerra contra o sangue ou a favor da alma? Sim, a o origem da alimetnação vegan está na base religiosa… Se for apenas isso, é tolice não comer carne.

    3) Quando se fala em saúde, aí a coisa muda de figura: há pessoas intolerantes a vários tipos de carne (eu, por exemplo) que precisam encontrar alternativas (eu, por exemplo). Se o instestino funciona melhor quando diminuímos a quantidade de carne, que se diminua então. Mas que fazer quando alguém tem uma baixa severa de plaquetas ao deixar de comer carne e a reposição por meio de proteína vegetal não funciona (nossa amiga aí embaixo, por exemplo)? Deixar-se abater por uma anemia profunda?

    4) Por fim, creio que a questão maior está no equilíbrio para o seu corpo e para o seu bem estar. Em outras palavras: acredito no equilíbrio alimentar e não em uma atitude xiita entende? Lembra dos filés altos com shitake que fiz certa vez? Pois é.

    Amor do gabis.

  18. Eu! Eu AMO carne vermelha. Mas por conta de uma recomendação de uma nutricionista por conta de uns quilinhos a mais, eu reduzi o consumo para uma vez por semana. Caraca, Zel! Vc não tem noção da diferença que isso tá fazendo no meu organismo e na minha pele: acordo de manhã na maior disposição, tocando trombetinhas e tudo. Trabalho bem e sem sono, principalmente depois do almoço. Tô me sentindo ótima! Almoço geralmente num restaurante de comida natural, perto do trabalho e tô adorando as coisinhas diferentes e bem temperadinhas com vegetais de lá. =)

    Ah! E tô emagrecendo na boa! hehehe

  19. Zel,

    Eu acredito que o ser humano necessite da proteína animal, tive câncer e todos me diziam que carne dava câncer, mas meu médico disse que eu TENHO que comer carne e que é importante para o organismo.

    Não entendo vegetarianos que têm pena da vaca, mas não têm pena dos peixes…eu também sou humana e também tenho pena, diminuí a quantidade, mas nunca deixarei de comer.

    Não como porco porque não gosto, nem vitela e quando pesco peixas grávidas, eu as devolvo para o rio/mar.Tenho pena até de cavalo puxando carroça ou sendo obrigado a carregar alguém…

    Pelo que te acompanho aqui e percebo como gostas de cozinhar, acredito que não precise de uma atitude tão radical…apenas diminua o consumo, as proteínas da carne são muito importantes.

    Tenho uma dúvida eterna,apesar de não ser muito religiosa, se alguns vegetarianos são católicos, o que estes pensam daquele momento em que Jesus fez a multiplicação dos peixes para saciar a fome do povo?…

  20. a vida na terra é cruel. tem q matar pra comer/viver. alfaces, bois, camarões, gafanhotos, o que for. uma coisa é caçar seu alimento, acho perverso o que rola hoje. meio imoral criar animais para comer, seres vivos criados sem nenhum direito à felicidade de viver e existir. o que rola nas granjas industriais é pavoroso. uma vez numa fazendo fiquei no meio dos bois e senti que eles todos sabiam. deu medo. eu nasci sem gostar de carne vermelha. o horror pra mim era o bife cortado em pedaços mínimos, um copo de água e minha mãe com cara feroz e o chinelo na mão. enfim, mais tarde comecei a comer carne vermelha, depois parei. não sinto falta. como animais do mar sem nenhum problema. sei que não faz sentido sei lá, a gente pode pelo menos escolher. faz muito tempo conheci duas pessoas bem radicais que só comiam sementes ou as frutas que caíam das árvores.

  21. Zel,

    Sou ovo-lacto há quase 4 anos (o peixe eu larguei tem menos tempo), e só posso te dizer que era a maior canívora… Meus pais não acreditam até hoje, mas foi de um dia pro outro e não senti vontade mais. Eu adorava carne mal passada quase crua, comia muito mesmo.

    Não sou hipócrita: carne é uma delícia, acho o cheiro bom (especialmente o de galeto no espeto), etc, mas tudo fica muito fácil quando a motivação é forte. Juro que nunca senti vontade mais.

    No meu caso, aconteceu por causa de um periquito. Eu nem era grande fã de bichos. Um dia inventei de ater o Tatá (um agapornis, filhotinho) e me envolvi de tal maneira que não consegui mais comer animais… Comecei a não ver diferença entre ele e outros animais, e entre eles e nós pra muitas coisas. Acho, pessoalmente, os animais melhores que nós em muitas coisas, mas enfim, esse é um ponto de vista muito pessoal.

    Nao parei imediatamente, estava em dúvida por uns meses, até que li o Libertação Animal, do Peter Singer, e nas primeiras páginas vi que não poderia compactuar com o tratamento a que eram submetidos (eu nem precisei ler sobre alimentação, decidi parar quando ele falou de experiências com animais no campo da psicologia).

    Li no último post que você está lendo “O Dilema do Onívoro”. Só li um pedaço e gostei muito: é o capítulo em que ele faz a contra-argumentação aos argumentos de Singer e cia, enfim, os vegetarianos.

    Acha engraçado eu ter gostado? Eu também, risos. Mas é que ele resume bem a posição que adoto: no fundo, meu problema não é o abate em si, e sim a maneira com que os animais são criados com fins comerciais. É cruel e desnecessária, ruim em todos os sentidos, putaqueopariu, é tudo pura ganância, e não me venham com o papo de que “o mundo tem fome e precisa de produção de alimentos em escala cada vez maior”.

    E mesmo se você não se importar com os animais, os danos ambientais e econômicos são inegáveis (nesse sentido, sugiro o “Ética na Alimentação”, do Singer com outro autor – é bem curto e objetivo, vale a pena.

    Voltando ao “Onívoro”, o autor (grosso modo) concorda com os argumentos sobre a criação dos animais e as questões éticas que ela implica, e fala em só comer animais criados de modo ético. O problema é que hoje é praticamente impossível comer animais sabendo de onde vieram e como foram criados, enfim, se você só for comer carne assim, acaba virando vegetariano (mas hoje não comeria carne nem se o bichinho tiver sido criado a pão de ló, risos, não dá mais).

    Não tenho nada contra quem come carne (meu marido come – cada vez menos – carne e vivemos bem, vou aos churrascos de minha família, etc etc etc, e só falo sobre o assunto quando me perguntam – adoro falar, claro :). Minha família hoje aceita muito bem. Falo sobre carne tranquilamente, até dou pitaco na cozinha quanto a carne. Não me acho uma vegetariana antipática e nem acho que minha convivência social foi prejudicada por minha opção.

    Hoje me sinto muito mais feliz e em paz com minha consciência. Quero um dia virar vegana, mas acho que só quando tiver tempo para cozinhar pra mim sempre, etc, porque ser vegano é menos prático, mas no fundo acho que é o ideal.

    Desculpe o post confuso. Se quiser trocar uma idéia, daniclau@gmail.com 🙂 Não posso evitar de torcer pra você virar vegetariana 😀 Espero ter ajudado.

  22. Uia, concordo com seus dois pontos. Se formos atrás da procedência das carnes é bem capaz de nunca mais comermos. A opção que encontrei pra mim (e pra família que está toda gorducha) é diminuir um pouco a carne vermelha (mais indigesta) e aumentar muito o consumo de vegetais, já que tenho a sorte de ter uma horta perto de casa que vendo verduras e legumes deliciosos, sem agrotóxicos e com água de poço. Eu não acredito em radicalismos! =) E não resisto a uma picanha mal passada…

  23. Oi, Zel,

    Leio seu blog há algum tempo (através da Fal), mas só agora resolvi escrever.

    Acho muito legal a sua ponderação sobre alimentação, afinal, ter consciência sobre o que se come (e bebe!) é fundamental.

    Já aderi à macrobiótica — não consegui passar mais de um ano e ainda peguei uma baita anemia –, já tentei uma dieta sem carne. Já fui forçada a banir leite e derivados da minha dieta porque estava amamentando e minha filha era alérgica à caseína, enfim, fiz alguns experimentos nesse setor.

    Uma coisa é certa: não vivo sem carne! Não que eu coma todo dia, mas pelo menos duas vezes por semana preciso.

    Uma coisa legal com a restrição do leite e derivados foi que meus intestinos, depois de anos de mau fucnionamento, andaram às maravilhas.

    Hoje, acho que comer de tudo um pouco, com alguma sobriedade, é o melhor, pelo menos comigo.

    Aqui em casa, por exemplo, procuro comer produtos integrais (arroz, pão e bolachas. O macarrão é o ó!), maneirar no refrigerante e por aí vai.

    Boa sorte na sua decisão. 🙂

    Beijos,

    Kenia

  24. É… se você visse o filme Nação fast-food talvez se tornasse mais uma adepta à dieta sem carne… eu quase fui, é que é mais forte que eu e não consigo mesmo parar de comer carne. Mas depois de ver o filme passei bem umas boas semanas torcendo o nariz pra carne (com ânsia de vômito e tudo)

    Há vegetarianos que vem esse lado humanitário e dos animais.

    Tentei adotar dois gatinhos no mês passado e conheci uma boa senhora que além de fazer a hospedagem e procurar lar para os bixinhos, ela também é vegetariana e participa de uns movimentos até que bem legais… o nome dela é Selma Egrei.

    http://www.svb.org.br/cvb/

    =*

  25. Oi Zel.

    Antes de mais nada, acredito no equilíbrio. Em segundo lugar, acho que a melhor coisa a fazer é ouvir atentamente o próprio corpo. No começo, ele só vai pedir chocolate hehehe. Mas, continue prestando atenção e ele vai te mostrar do que realmente precisa. Ele sabe do que necessita, além de qualquer ideologia e coisas tais.

    Acho legal a idéia de não comer carne, mas penso também que nosso corpo, mergulhado como está num mundo um bocado poluído (física e energeticamente), tende a precisar de alimentos mais… “densos” para se manter.

  26. Oi, Zel.

    Sobre isso, gostei muito do que li no livro “A Itália de Jamie”, do Jamie Oliver. Ele mostra a foto de um pastor italiano ao lado de um carneiro morto (ensangüentado) e diz que aquela foto pode parecer chocante para alguns, mas a relação que aqueles homens (os italianos moradores de vilas) têm com os animais é uma relação de profundo respeito. Os animais são criados em condições excelentes, soltos no pasto, sem maus-tratos, com alimentação natural, e depois, quando chega a hora, são mortos para alimentar as famílias do lugarejo. E isso é algo naturalíssimo, até para as crianças. Acho que a questão é mesmo a procedência do que comemos e a relação que temos com a comida.

    Ah, sou onívora, claro.

  27. Acho que você não deve parar de comer carne enquanto isso realmente não lhe fizer sentido. Acredito também que se é para parar de comer apenas para poder diser por ai que não come o melhor é continuar comendo mesmo. Por veses é dificil nãoi comer carne, seja por alguma eventual falta de opção ou por ter que responder pergunas cretinas. Quanto a ecologia ou a ideologia contidas nesse ato (ou não ato, no caso) de nada adianta se não for vinculada a sua conciencia e nesse caso é tão pessoal quanto a própria influência do instinto. Não comer carne por veses é como travar uma luta contra seus instintos. E aí, vale a pena?

    Sei que respondi atrasado, mas caí no seu site e me interessei. Q Q coisa escreve. Valeu!

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