coisas que irritam

o alexandre, de novo, bate na tecla da dificuldade de algumas pessoas com a generalização. nunca é demais reforçar essa questão, pois poucas coisas me irritam mais que essa categoria de pessoa. sério, elas estragam a alegria de viver e bater papo de boteco de um ser humano. quem consegue jogar conversa de qualidade fora sem generalizar?

pode testar – não se pode dizer algo como “toda mulher de cabelão comprido é burra” sem alguém se materializar do terceiro círculo infernal e dizer “AHHHHH mas minha prima-irmã tem um puta cabelão na cintura e é o máximo! é voluntária na áfrica, tem QI 180 e foi convidada pra trabalhar na NASA. tomou?”. tomei, né. quem manda não escolher direito as companhias?

aliás, antes que eu me esqueça: todas as pessoas que não entendem generalizações são idiotas.

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mas tem outra que irrita talvez mais: quem não entende metáfora (*). como eu não quero constranger ninguém não vou colocar link, mas eu tava lendo um texto em que o cara dizia mais ou menos o seguinte: papagaios são animais inteligentes, eles repetem coisas à perfeição e tal, mas você não pediria um conselho a um papagaio, certo? pra resumir, o texto era sobre as pessoas que repetem aqueles textos pasteurizados de “missão e visão” das empresas, mas não sabem o que significa a mensagem. metáfora simplesinha de entender, né?

pois eu juro pela nossa senhora do neurônio aleijado que uma criatura deixou comentário apaixonado pro pobre escritor defendendo a inteligência dos papagaios e de outros bichos. e não estava sendo irônica, infelizmente.

só peço a deus que não permita que tal ser propague seus genes (porque sou uma evolucionista mística, e darwin está se revirando na cova agora :D)

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(*) não sei se metáfora se aplica a este caso (contar a historinha do papagaio pra explicar o problema das empresas). quando procuro o conceito, me parece mais relacionado ao uso de palavras (tipo “meu coração é um tambor”) do que idéias mais complexas. alguém bom em português aí pode ajudar?