olá, como vai?
eu vou indo, e você, tudo bem?
tudo bem, eu vou indo correndo pegar meu lugar no futuro. e você?
tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranqüilo, quem sabe?
quanto tempo
pois é, quanto tempo…
me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios
ah, não tem de quê, eu também só ando a cem
quando é que você telefona? precisamos nos ver por aí
pra semana, prometo, talvez nos vejamos. quem sabe?
quanto tempo
pois é, quanto tempo…
tanta coisa que eu tinha a dizer mas eu sumi na poeira das ruas
eu também tenho algo a dizer mas me foge a lembrança
por favor, telefone, eu preciso beber alguma coisa, rapidamente
pra semana…
o sinal…
eu procuro você…
vai abrir…
prometo, não esqueço
por favor, não esqueça
adeus,
não esqueço, adeus
**
às vezes (que ruim) eu me sinto exatamente assim.
Zel, querida.
Fiz um pacotão especial com seus posts, desde o começo do ano, e fiquei lendo, lendo, lendo, viajando de montão. Fazia tanto tempo que não lia nada seu, por falta completa de tempo. Fiquei tão feliz em saber que está bem, feliz, com uma cabeça tão boa. Continua sendo uma moça extremamente inteligente e especial.
Sabe, desde as vezes que saímos, uns 8 anos atrás, à época em que eu namorava ainda a Carol (do Borboleteando por aí), e que íamos, eu, você, a Renata Menegatti, o Norbies, o Nemonox, a Ana Beskow, aquele seu amigo que cursava música, o outro do Absurdetz (engraçadíssimo), no Pão com Manteiga, no Sujinho…
Bons tempos aqueles. Não é um saudosismo barato, bobo, mas uma coisa gostosa que ficou no coração. Uma lembrança com gosto muito doce. Lembro a gente tirando fotos e mais fotos da sua tatuagem (ainda sem o preenchimento de cor, lembra disso?), ali no seu apartamento da Bela Cintra com a Fernando Albuquerque, para tirar onda com as fotos da Lia Caldas (ainda não coloquei o nome dela no Google para saber a quantas anda e se ainda tem blog e essas coisas). Nossa, quanta coisa! Lembro de ter brincado com seus ferrets. Foram noites deliciosas…
Você não tem a mínima noção do quanto aprendi com vocês todos, naqueles dias, e nas leituras diárias. Um aprendizado que trouxe comigo, pela vida afora. Dificilmente (e isso ficou comprovado com o decorrer dos anos) eu conseguiria ter contato com pessoas tão diversas e tão inteligentes. Cresci muito intelectualmente com vocês. Lia tudo que vocês publicavam, os livros, os textos. Ouvia os discos.
Hoje, posso dizer que sou uma pessoa mudada graças à Internet e às pessoas que tive a oportunidade de conhecer e de ler nesse período. Talvez isso dê uma boa tese de mestrado, já que me enxergo tendo evoluído muito com essas relações, virtuais e reais.
Você continua sendo a mesma Zel do início dos anos 2000, o mesmo espírito bom, elevado, o mesmo coração. Dá pra sentir isso lendo o que escreve, vendo a paz que transmite em suas fotos.
Enfim, desculpe a exagerada extensão do meu recadinho (ou recadão, sei lá!). Mas, depois de ler numa levada só todos os arquivos aqui do blog desde o começo do ano, fiquei com uma sensação tão boa, tão gostosa, que resolvi partilhar com você…
Quanto ao layout, ainda está precisando de um?
Ademais, deixa eu arrancar logo com o carro, o sinal abriu e o pessoal está buzinando atrás de nós!
Beijos,
Ricardo Lima
http://poloweb.com.br
Depois deste post altamente emotivo, fico até sem graça de vir falar, mas eu adoro essa música, Zel. Tem horas que chego aqui e leio a coisa certa pro dia certo… ai, ai! Você já escutou a versão italiana na voz de Toquinho?
Beijos e boa viagem…