eu sou a lenda

vimos esse filme no fim de semana, e eu confesso que estava de má vontade. eu achava que era uma cópia americanizada de extermínio (a história é basicamente a mesma, afinal) e preconcebi um filme bestinha.

(aqui comentário em português – cuidado que estraga as surpresas, pra quem não viu)

o filme não é besta, apesar da fórmula conhecida e de alguns buracos na trama que me incomodaram (nada importante, chatice minha). os zumbis são bem assustadores (e de um jeito diferente de extermínio, que conta muito com a câmera nervosa pra nos deixar mortos de medo), eles realmente parecem uma ameaça difícil de contornar.

é mais ou menos assim que acontece a tragédia: o mundo é acometido por um vírus (criado pelo homem, claro) que mata 99% da população; dos 1% que sobram, somente 10% são completamente imunes ao efeito do vírus, nos demais o efeito é transformá-los em zumbis assassinos sanguinários que se alimentam de quê? dos pobres que continuam humanos. realmente não é uma idéia divertida.

as coisas mais interessantes do filme, pra mim, foram o relacionamento do protagonista com sua cachorra (sua única companhia por 3 anos) e os efeitos da solidão no pobre coitado. quase tão assustador quanto os zumbis é pensar em viver com medo e sozinho por 3 anos inteiros.

as cenas de manhattan abandonada à natureza são incríveis e, pasmem, não foram feitas com computação gráfica (os animais selvagens foram, o restante não). e pra quem pegar o DVD duplo, tem um final alternativo e algumas animações maravilhosas sobre a história acontecendo em outros lugares do mundo. a que mais gostei foi a animação do vírus na índia, que mostra o ponto de vista dos zumbis – demais!

eu recomendo para os fãs do gênero 🙂

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