foco na solução – POR FAVOR!

Não passa um dia sequer sem que eu enfrente tretas homéricas, é parte do meu trabalho. O que chega pra mim é só cacho de abacaxi, contêiner de pepino… e com eles uma série de pessoas emocionalmente abaladas, com medo, com raiva. Algumas inseguras, algumas achando que estão cheias de razão.

 

Todo mundo tem razão; ninguém tem razão. Sempre. Quanto mais você mergulha no problema, mais claro fica que tem erro e acerto de todo lado, e que é raro uma solução deixar todos feliz, porque

 

(Rufem tambores 🥁)

 

quase ninguém quer (1) admitir que pode estar errado em alguma parte e/ou (2) ouvir os outros e **ceder**.

 

Admitir que está errado requer uma autoanálise e condição intelectual / emocional que de fato são complicadas de “exigir” da maioria das pessoas. Precisa ter coragem pra se olhar com olhar crítico e assumir erros. Deixa essa pra lá.

 

Mas ceder, gente… não devia ser tão difícil quando existe um objetivo comum. Por isso que quando a bomba chega pra mim, sempre tento entender o que aquele monte de gente quer, no final. Que o sistema funcione? Que o cliente receba a mercadoria? Que a satisfação do funcionário melhore? Que a coleta seletiva do lixo do condomínio exista?

 

A exposição do problema traz consigo os conflitos entre as partes mas devia também trazer os pontos em comum entre os afetados.

 

É importante entender o problema, destrinchar ele, sim; mas é muito mais importante saber o que queremos CONSTRUIR ou CONSERTAR, como objetivo.

 

As pessoas gastam tempo falando de outras pessoas, do passado, de problemas paralelos, de suas frustrações, e não falam de construção da solução.

 

E não ouvem os outros. Não são transparentes. É um trabalho de garimpo conseguir extrair fatos, informações “limpas”, opiniões sinceras. (aqui na américa latina isso dá um trabalho insano! É incrível como as culturas mais diretas no relacionamento tratam problemas de forma mais rápida)

 

É preciso ser quase um PASTOR (de rebanho) pra direcionar para o caminho da solução; é preciso ser psicólogo pra tirar das pessoas informações “limpas”.

 

Não tem um só dia que eu não pense no bem que faria à humanidade aprender mais desde criança sobre autoconsciência e assertividade.

 

Me economizaria metade do dia, todo dia.

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