dizer não é dizer sim

Já fiz terapia em 2 ocasiões (voltei ano passado), em momentos muito diferentes da vida mas com uma coisa em comum: preciso de ajuda para estabelecer limites. Eu não só deixo como convido as pessoas a ultrapassarem meus limites. Eu rio dos limites 😀 e me estropio toda me desdobrando e querendo dar conta de tudo, pra todo mundo.

 

(E nem sempre os problemas chegam pra mim; eu corro atrás deles. Me segura que tem um problema ali pra resolver…)

 

Não pode, né? Não tou aqui pra resolver coisas nem dar conta de nada, e muito menos pra ser muro de arrimo pra ninguém. Preciso, devo e quero dizer *não*, colocar limites, deixar claro pras pessoas o que EU quero. Pensar mais em mim, e menos nos outros.

 

(Se você tem a impressão que eu sei colocar limites, tá super enganado. Me esforço muito pra agradar as pessoas, e me coloco em 2o plano frequentemente, tentando dar conta de tudo. Meus *nãos* vêm com esforço)

 

Mas tou aí, na batalha — cuidar mais de mim, da minha felicidade, é meu desafio.

 

E a coisa que mais me chamou a atenção nesse processo que dura tantos anos é que nas duas ocasiões em que empenhei nisso o resultado foi similar: várias pessoas se incomodam com minha mudança. De repente já não gostam mais tanto assim de mim, me procuram menos, ou se afastam de verdade.

 

Claro que eu fico triste. Afinal, não é à toa que eu quero fazer tudo pra todo mundo e só dizer sim, né? 🙂

 

Só que agora bem mais que há 15 anos percebo e aceito as limitações dos outros, e as minhas. Não posso agradar todo mundo. Nem todo mundo vai gostar de mim. Eu não preciso gostar nem acolher todo mundo. Eu mereço gastar minha energia comigo mesma. Como os outros reagem à minha imposição de limite é problema deles.

 

Há 15 anos aprendi a dizer não com mais facilidade; agora estou aprendendo a lidar com as consequências com mais serenidade.

 

Sempre que colocamos limites, há resistência, e eventualmente vamos ter que abrir mão de alguma coisa.

 

Não tá tudo bem, não é fácil; dói. Mas tá OK, passa e a vida segue. Tudo é passageiro (menos o cobrador e o motorista hahhahaha) e os incômodos passarão… eu passarinho 🙂

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