Geralmente eu sou da turma do deboche, porque tem gente que não compensa, é gastar vela boa com defunto ruim.
Mas tem uns negócios que me irritam de verdade, que são o puro suco do comportamento padrão do Brasil: desconsideração pelo coletivo; “farinha pouca, meu pirão primeiro”; falta de responsabilidade.
Sabe gente que joga lixo no chão, não porque não sabe que é errado, mas porque FODACE? Que suja lugares públicos, sem ligar quem será o próximo? Que fura fila? Que sonega imposto? Que dá jeitinho?
(Que não respeita isolamento, não usa máscara, não liga se os hospitais estão lotados? Que diz que se morreu é porque já tava mal mesmo?)
E aquela gente que se faltar arroz, compra tudo, mesmo sem precisar? Que se tem algo sendo doado vai pegar mesmo sem usar? Que enche o prato de comida se for de graça, e joga tudo fora?
(Que pega lugar na fila de vacina de quem realmente precisa? Que não se preocupa se pode infectar outros que não têm plano de saúde ou mesmo saúde pra sobreviver?)
Mas o pior, pior mesmo, é sempre transferir a responsabilidade de tudo pros outros, sempre agentes externos são os culpados, se fazendo de vítima. O cachorro comeu a lição, o demônio me tentou, a mulher que provocou, a criança que não soube se portar. Nunca essas criaturas admitem que erram. A culpa sempre é dos outros.
(“ain, mas eu não aguento mais ficar em casa! E minha saúde mental?”)
Negar a ciência eu já tenho categorizado como doença mental, desisti.
O brasileiro não precisa ser estudado não, precisa ESTUDAR, se educar, aprender sobre cidadania.