Sonhos são

[jul 2017]

Não sou de compartilhar sonho, mas esse foi tão espetacular que preciso registrar pra tentar entender.

Encontro com uma amiga pra almoçar, num complexo, como se fossem múltiplos hotéis. Andamos por jardins, saguões, cheios de gente, uma coisa labiríntica, e tudo começa a ficar mais velho, quebrado, estranho. Me perco dela, e decido voltar. Tento reconstruir o caminho, e nada — quanto mais volto, mais caótico tudo fica, mais destruído e intransponível. Como se o mundo estivesse acabando, como se um terremoto tivesse mexido todo o mundo, as estruturas todas.

Acho que vejo uma saída, e corro pra ela — é um prédio já destruído, com uma escada que sobe. Não faz muito sentido subir, afinal como escapar pelo telhado? Mas subo assim mesmo, um senso de urgência me empurrando, e as escadas começam a ficar sufocantes, cheias de coisas que preciso arrancar do meu caminho pra subir, até que praticamente me espremo por destroços e chego ao topo…

… e tem um mar em volta de mim, revolto. O oceano, e no horizonte vejo um transatlântico imenso, virado, soçobrando. E as ondas vindo loucamente, naquele oceano sem fim.

Eu simplesmente me solto no mar, e me deixo ir, boiando, esperando que seja o melhor a fazer.

(E o sonho fez sentido ao escrever. Que lindo.)