Aqui estamos

Quando me mudei pra cá, os amigos americanos me perguntavam, horrorizados, sobre Bozonaro, e como o Brasil ia sobreviver ao desmonte dos programas educacionais, sociais, e de preservação da natureza.

Eu queria me enfiar num buraco e sumir, porque como a gente explica esse fenômeno de eleger o suprasumo da burrice, maldade e ignorância?

Felizmente depois de 4 anos de show de horror (incluindo discurso anti-vacina em meio a uma pandemia e frases como “nao sou coveiro”) a população resondeu nas urnas, se recusando a sofrer mais 4 anos daquela tortura.

Cinco anos depois, aqui estou em outro país, no qual não voto pois sou somente residente e não cidadã, e agora as perguntas veem dos brasileiros: COMO PODE?

Esse diagrama de Venn “você está aqui” nunca foi tão preciso. Não tenho resposta, só sei que espero que a população em algum momento acorde, porque embora nosso projeto-de-ditador Tupiniquim tenha feito estrago em 4 anos, nem se compara com o estrago que pode acontecer agora.