(sem título)

sinal aberto

eu, que sempre fui avessa à idéia de dar esmolas, esse ano dei a maior esmola da minha vida. na verdade, esmola é modo de dizer, foi mais um assalto mesmo, como aquelas abordagens nos cruzamentos: não havendo escolha, é assalto, certo? errado. na verdade, sempre há escolha, das duas partes. eu poderia ser tão escrota quanto foram comigo, poderia apelar para a violência também. como aqueles motoristas que carregam armas consigo: o ladrão ameaçou com a faca? tira um 38 e bum, bum. bau bau. quem pode mais chora menos. gosto de pensar que não fui escrota, que poderia ter sido e não fui. não paguei na mesma moeda, fiz as coisas como são certas. não me rebaixei, apesar da tentação ter sido muito grande. o dinheiro foi, mas minha dignidade continua aqui, mais forte que nunca.

sinto-me forte e vitoriosa por não ter entrado no jogo de quem dá o golpe mais baixo. é um alívio saber que tenho caráter, principalmente depois de ver o quanto as pessoas podem se degradar. fiquem com os trocados, minha vida vale muito mais que isso.

abriu o farol. tchau!

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