rio
podia ser o verbo também, mas na verdade é a cidade. gosto sempre de ir pra lá, mesmo que seja pra passar poucas horas, como ontem. encontrei calor e um dia lindo de quase-verão. um dia atípico sem computadores, só gente e conversas de todo o tipo. saudades de amiga, café na livraria da travessa, táxis baratos, a praia de botafogo sempre estonteante. aquele prédio de trabalho mas com vista de férias, a urca. um anel de borboleta encontrado perdido, agora é meu. serviu como se fosse feito pra mim, e eu carrego a borboleta pra todo lado. feliz. telefonemas com sotaque, felicidade não sei de onde. solidão feliz pelas ruas da cidade, velhinhos doces no avião, um soninho gostoso antes mesmo da decolagem. peruas e mulheres lindas, lindas. revistas, livros, táxi e minha cidade de volta. um frio de outono, e estamos na primavera. passeio à noite, caminhada segura pela rua que conheço tanto, música cantada baixinho, comida boa, pessoas, pessoas, pessoas. resto de filme maluco, debaixo do edredon, e um sono delicioso e profundo.
e a música que me persegue, aquela que me faz lembrar tanta coisa. será que um dia vai deixar de doer?