de como me tornei uma viciada

pois é isso mesmo: tem gente que vicia em cocaína, chocolate, tabaco, bingo ou cachaça. eu viciei em PS2. se você não sabe o que é PS2, não clique aqui, mantenha-se afastado dessa tentação maldita, isso é uma coisa do diabo. tudo começou com um ex namorado bem mais novo que me iniciou no mundo no RPG (não é aquele troço de postura, não, ô) e do videogame. eu já tinha jogado pacman, é claro, que eu não sou tão velha assim. e tinha jogado wolfenstein e quake, até. mas aí chegou o heretic, e minha vida acabou. eu gostava de dar tirinhos e matar gentes na tela e tal, mas aquilo era outra coisa. tinha magia! (isso não é uma metáfora) aí veio o diablo, e com ele noites e noites sem dormir. mas quando experimentei o PS1 minha vida mudou: o joystick, gente! é claro que eu me senti a mais monga do mundo, afinal, não tinha familiaridade com aquela coisinha sensível… mas aos poucos fui acostumando e gostei. nunca consegui jogar resident evil muito bem, pois o medo me atrapalhava (ainda é assim com silent hill, por exemplo), mas me adaptei perfeitamente com outros jogos. eu troquei de namorado, de vida, de tudo, e no ano passado resolvi assumir a monguice: comprei um PS2.

e aí, amigos, é que a coisa ficou feia: chegou o final fantasy X. eu já tinha jogado final fantasy XVIII, acho, e eu a-ma-va aqueles cactus gigantes, eram lindos! e tinha os daemons (era isso?), maravilhosos. e na versão X eu apaixonei pela yuna, pela história, pelos eons (os mais lindos), eu chorei no fim e tudo. eram quase 100 horas de jogo e eu não queria que acabasse, mas queria saber o final (como novela). quase comecei a jogar de novo, do começo, mas aí veio o LotR e o Silent Hill III e outras coisas mais e eu esqueci… até a semana passada. eu ganhei o final fantasy X2 e voltei a me embrenhar no mundo 3D da yuna procurando seu amor desaparecido. ela e mais 2 amigas trocam de roupa, trocam de atitude e de poderes e detonam o mundo inteiro atrás do que elas querem — é um jogo TÃO mulherzinha, é a coisa mais fofa!

não é o máximo?

(ok, não precisam concordar, só balancem a cabeça com os olhos baixos, escondam esse sorriso de “coitada dela” e batam levemente nas minhas costas como quem diz “isso, isso, amigo…”)

pra completar, eu passo dias e dias relendo as sagas de dragonlance ou todos os livros de duna, his dark materials e coisas afins. acho que estou num processo degenerativo crônico, não há mais salvação pra mim.

(tudo isso com pizza, coca-cola, crunch e bis acompanhando)