pois então, há 4 anos eu não ia aos estados unidos. não que tenha feito aquela falta toda, mas vocês sabem: a grama é sempre mais verde do lado do vizinho. ah, as lojas americanas… ah os doces, ah as ruas arborizadas, ah as lojas de cds, ah…
bom, tudo começou muito bem, porque eu fui de classe executiva e meu deus, como faz diferença! a gente cabe na cadeira com muita folga, o povo do avião te chama pelo sobrenome, como se você até fosse gente. vêem essa lágrima aqui no canto do olho? aí tem também aquele potinho de castanhas quentinhas que é muito bom e um menu pra escolher a comidinha que você quer. nada daquelas bandejinhas asquerosas sendo jogadas no seu colo, estilo “salve-se quem puder”, não. e para meu absoluto espanto, a comida é MUITO BOA. comi com prazer e ainda tem queijos e frutas no fim. e champagne à vontade, claro.
DIA 1
o hotel não era essa coca-cola toda, não, mas tinha piscina aquecida e hidro, o que foi bom. tinha academia também, mas é claro que eu passei longe. fui passear em georgetown e a cidade é um espanto de bonita e pra minha surpresa, cheia de gente tão bonita quanto. aproveitei e comi no subway, que eu AMO e sumiu do brasil.
fiz um tour básico de ônibus pelos pontos turísticos (muito legal, aliás, com guia engraçadinho e muitas famílias, muitas) enquanto tentava não morrer de insolação. achei o má-xi-mo o memorial lincoln — ri feito retardada quando dei de cara com aquela estátua gigante, lembrando de planeta dos macacos (a refilmagem) — e o espelhão d’água. mas o que eu mais gostei, de longe, foi a national cathedral, com as escolas ao redor. aquele monte de adolescentes louros e saudáveis americanos, gramados perfeitos e uma igreja neo-gótica muito linda e conservada. sentei ali, rezando pro tempo mudar lá fora e chover um pouco. não choveu.
DIAS 2 a 5
curso, curso, curso. excelente, gente boa a inteligente. tive o privilégio de ficar no mesmo grupo de 2 gurus do SEI e aprender muito além do que o curso oferecia. dessas sortes que a gente às vezes tem na vida. não vi nem cara de sol e nem de nada, só estudei. completa nerd.
foi aí que começou o show de horror da TV norte-americana e o programa de ganhar dinheiro fácil, apresentado pelos incríveis anões de terno e gravata, gêmeos. chiquésimos, bizarros, umas fofuras. deviam fazer bonequinhos, ia vender que nem água. eu quase me inscrevi no curso, na esperança que eles fossem os instrutores, em esquema de jogral.
vi todos os programas trash, incluindo um chamado “trust a estranger” que é uma coisa louca. vi outro que é tipo “antes e depois” com gentes muito gordas que emagreceram mil quilos e agora mudaram de vida e são felizes. com direito a fotos constrangedoras e entrevistas lacrimosas. quase mandei uma carta, juro.
comi os sanduíches mais bizarros e uma sopa de caranguejo bem boa, só que tinha milho no meio. mania de americano de colocar milho em tudo, pelo amor de deus… as saladas muito cheias de dressings fortíssimos que devem adicionar 1200 calorias por colherada (como fazer dieta nos US, meu deus?) e copos de refrigerante que matariam a sede de um camelo. ô gente exagerada.
e uns negões lindos de doer, uma coisa. enormes, sorrisões, simpáticos e com aquele sotaque que equivale à nossa famosa malemolência brasileira. lindos.
DIA ÚLTIMO
não sei se vocês sabem mas washington é a cidade dos museus. de todo tipo, uma variedade escandalosa, e de grátis. muitos museus de arte, de gente séria e culta, muitos memoriais históricos e tal. mas eu fui ao zoológico ver o panda gigante e o dragão de comodo (presente gentil do povo da indonésia aos americanos — é isso?). vi também o tigre, mas esse é um post separado, conto depois. andei como uma demente ao sol de 35 graus, com muito bloqueador solar, que eu não sou louca. fiz piquenique e fui cantada pelo fazer-de-sanduíche (juro, ele era comível), tirei fotos-mico dos bichos e fui pro museu… de história natural.
vi os dinossauros, tirei foto do T-rex e visitei o imax, pra ver os dinossauros em 3d. fiquei lá pagando mico com a criançada (ah, que coisa boa ser turista…), visitei todas as áreas interessantes (isto é, as de animais) e depois fiquei fazendo hora lá na praçona do obelisco (ops) tentando não morrer de calor. andei de metrô, a pé, de tudo que é jeito e fui pro aeroporto e pronto. acabou, ufa.
e foi graças a deus, porque a melhor parte de viajar, definitivamente, é voltar 😀
E nóis fiquem aqui com saudade, viu?? Bom ter você de volta, linda 🙂
Beijo!
Como fazer regime nos EUA? Eu te explico: NÃO PASSAR NEM PERTO DE RESTAURANTES FAST-FOOD, PORQUE SÓ A GORDURA NO AR JÁ ENGORDA! Quando tenho que pegar algo rápido pra comer, também vou no Subway, que eu adoro, e faço questão de pedir o pão integral que tem menos carboidratos. Quando estou com a sogra e a cunhada, que são fãs do Jack-in-the-box, pego a salada. O melhor molho é o italiano, uma espécie de vinagrete. Quanto mais transparente, menos calórico o molho é. Por isso eu evito o ranch e o island. De resto, a alimentação aqui em casa é bem saudável, com bastante cereal, pão integral, carne e frango, legumes, massas leves e sopinhas. Milho? Muito, sou tarada por milho quentinho com manteiga!!! ;o) Da próxima vez, vem curtir as praias de San Diego, vem!?
Beijocas!
Quanto à televisão, tirando a TechTV (http://cadernodourado.blog-city.com/read/614937.htm), o paraíso dos nerds como eu e maridão, só assistindo filmes e seriados mesmo, né? Pelo menos você sabe que aquelas coisas esquisitas são ficção. Estou porraqui de tanto reality show!!! E jornal, então? Os locais não têm condição, chegam até a “inventar” notícia tipo direitos do consumidor e falar dos bichos que existem aqui no deserto… Só dá mesmo pra assistir o MSNBC, que tem programas ótimos de debate, apresentado por gente preparada que pega os entrevistados mentirosos com as calças curtas! ;o) Agora essa dos anões eu nunca ouvi falar mesmo! Ainda bem!!!
Curiosidade: que curso foi esse mesmo?
Abraços
Adorei seus comentários sobre sua viagem, não só pelo seu texto inteligente e interessante, mas, sobretudo, porque você fugiu do lugar-comum, daquele estilo eu-odeio-os-estados-unidos-e-tudo-o-que-tem-lá, que é o padrão hoje em dia. Você soube reconhecer os atrativos e as qualidades de Uóxinton. Aliás, todo lugar tem atrativos e qualidades, mas é preciso saber vê-las, né ?? Parabéns !!
enormes e com sorrisões e simpáticos e lindos? conte direito essa parte, por favor. :p
Você não saiu acompanhando as crianças no zoológico e no museu, pagando aquele mico que só minha queridaadoradaidolatradaSALVESALVE irmã adoooora fazer, não foi?
Você não teve coragem de contar isso aos nossos pais não é?
Olha gente, isso só é minha irmã por mera coincidência. Nem parecida a gente é!
Se passo na rua e vejo fazendo isso…. sinto muito…… mas eu ia ter que acompanhar, porque é tudo de bom!
ah, keké, e você acha que eu NÃO paguei os maiores micos?? claro que paguei! fiquei lá no imax esticando os bracinhos pra “pegar” o t-rex, tirei foto do elefante empalhado e outras coisitas mais. tudo isso além de sentar no banquinho e calmamente fazer um piquenique, como boa turista 😀
beth, era cada negão SEM NOÇÃO… lindos, enormes, com aquele sotaque … ai 😀
Ni,
Na boa.
Acho que até as criancinhas, que também eram turistas, ficaram sacaneando “aquela tiazinha” tentando pegar o t-rex!
Pena a gente não estar lá pra fotografar e depois divulgar o mico.
Bem vinda, Ni!!!
E tem um último remanescente do subway no Brasil sim! Aqui em São Paulo. lá no Centro, atrás do Fórum João Mendes na Avenida Liberdade.
pois é, menina, alguém me contou desse subway dia desses e eu não acreditei. acho que vou passar por lá pra ter certeza…
Zel, abre uma agência de turismo? Vira guia! Eu ia me divertir horrores. 😉