do mundo e suas pessoas estranhas

eu adoro teletubbies, de coração. rio de chorar com aquela coisa surreal, repetitiva e extremamente divertida (que aqui entre nós, é mais ou menos o mundo das crianças bem pequenas). o problema é quando nego quer extrapolar aquele mundinho bonitinho e cuti-cuti pra vida real. já andei ouvindo falar de “imenso oceano de amor” ou coisa parecida (isso pra mim é música do fagner) e não posso evitar reações cínicas. isso acontece, é claro (dirão eles) porque eu ainda não descobri a elevação espiritual ou não bebi do lindo lago do amor. esse tipo me irrita e eu chuto pra longe, geralmente não me afetam, pois eu não deixo (menos por competência e mais por falta de paciência).

mas no outro extremo, há aqueles que em tudo vêem a desgraça e a decadência, para os quais o mundo é o inferno e nada aplaca a dor de viver, ó meu deus! como tudo é difícil e como as pessoas todas são más e não entendem nada. tudo conspira contra e — coisa incrível — a culpa das mazelas todas da vida é sempre dos OUTROS. os outros são canalhas, bobos, feios, insensíveis, aproveitadores. essas pessoas são as vítimas do mundo e sempre se dão mal porque são “sinceras demais”, “boas demais”. esse tipo às vezes me pega de jeito, no meu lado “madre tereza” e eu dou corda, tento trazer os fulanos para a luz. nunca obtive sucesso; na verdade, só me ferrei. bem, acho que aprendi.

mas o pior tipinho de todos é aquele que evoca o lindo lago do amor quando quer se convencer que sua vidinha é ou está muito boa e evoca o limbo quando quer posar de vítima. a realidade é que esse tipo nunca foi feliz no laguinho e nem soube aprender com os revezes. na verdade, esse tipo não vive, sonha (ou tem pesadelos, depende da época); acredita no que sua imaginação inventa pra poder sobreviver, cria realidades paralelas bem coloridas, com muito BEM e MAL, escrito em letras grandes, pra ficar mais fácil pras suas cabecinhas absorverem os fatos bem mais complexos da vida. esses enganam a gente com facilidade, porque fingem muito bem que vivem, a gente só percebe depois que já se envolveu. é um perigo!

pessoas assim são muito tristes. são aquelas que quando chegam aos 50 anos não têm mais nada na vida, pois os filhos gerados por pura solidão cresceram e foram proutro lugar mais saudável; os companheiros procuraram paragens mais arejadas e da vida restou só lembrança dos sonhos (e vinganças) que não se realizaram.

eu aprendi não só a reconhecer esse tipo mas a não me irritar mais: sabe aquela historinha de cavar a própria cova? foi escrita pra eles. pra quem gosta de humor negro, é sentar e esperar o desfecho. fins degradantes garantidos no fim da história.

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ah, sim: e tem as pessoas que vivem! com erros e acertos, dias sim e dias não. a maioria de nós, vocês sabem como é…

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