que deus me livre e nos livre a todos

eu gostei muito do livro de estréia da fernanda young (vergonha dos pés). achei o livro legal, idéia boa e me diverti lendo (embora a falta de revisão tenha me irritado um pouco). ela é bem relacionada, faz aquele lance de “networking” e conhece as pessoas certas, o que já garante metade do caminho, vocês sabem; escrever bem é detalhe. eu sinceramente esperava que com o passar dos anos ela aproveitasse as sortes da vida (e ela é uma mulher de sorte, acreditem) e se empenhasse em escrever cada vez melhor, afinal, escrever é um trabalho e em geral a prática e empenho trazem resultados positivos.

vem então minha interpretação dos fatos: ela fez a fama, deitou na cama e de lá não saiu mais. lendo os demais livros (e não li todos, o último eu só li algumas páginas e deixei pra lá) concluí que ela simplesmente não lê e, pior, não exercita a escrita, ela faz livros como quem faz pipoca pra criançada, pra se livrar logo da obrigação — afinal ela é escritora, é o que ela sempre quis ser na vida, caramba! eu não sinto cuidado, empenho, estudo, emoção no que ela escreve (além do fato de ser um texto estilisticamente medíocre, mas isso pra mim não é um problema tão grave). por que, eu me pergunto, ela insiste?

eu conheci a fernanda pessoalmente, em contexto familiar, digamos assim. ela é simpática e muito engraçada — esse é o grande mérito dela, que aparece muito bem na série de tv — mas não tem conteúdo, se é que me entendem. se nos livros a falta de conteúdo incomoda, na vida real o umbiguismo sem limites torna qualquer conversa inviável, pois ela só tem um assunto: ela mesma. aliás, dois: ela e o marido (pode ser que agora as filhas também sejam assunto).

aí vejo, zapeando, aquele programa fraquíssimo (saia justa) e fico com certa raiva. mais que isso, fico constrangida e mudo de canal, rápido. é tanta grana, tanta produção, tanta imagem e palavras desperdiçadas pra nada, pois se a fernanda é fraquinha (e é), as outras duas (3?) são patéticas. não gosto de me ver (como indivídua portadora de buceta) representada por aquela amostra, juro.

e de novo: será que pedir um melhor uso da sorte e espaço que alguns recebem na vida é pedir demais? elas deviam se esforçar mais, sabe. pelo menos pra não fazer (tão) feio. é irritante ver tanta gente boa no anonimato e pouca gente artisticamente irrelevante com montes de espaço e investimento. ê mundo besta.

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  1. Olha, não posso falar nada da Fernanda Young. Não a conheço. Inclusive, do trabalho dela só conheço o que ela escreveu pra TV.

    Já as outras, o que posso falar é de como a Rita Lee tá gagá. Na verdade, ela acabou quando conheceu o Yoko Ono do marido dela.

    Depois disso, só gravou asneira. Alguém lembra do Fruto Proibido, do Entradas e Bandeiras? Agora da bosta do Lança Perfume todo mundo lembra…

    Além de ter piorado na música, só anda falando besteira. Devia se abraçar com o Caetano e ambos se jogarem embaixo de um busão.

    Ô povo chato do KCT!

  2. *HAHAHAHA*

    Realmente, eu acho que Fernanda Young é isso ai que você disse.

    Ás vezes me impressiono como você saber exatamente dizer o que quer, sem enrolar, e de uma maneira que todo mundo entenda!

    É minha irmã sabiam? É verdade, juro!

    *hehehe*

    Beijos

  3. Zel, vc não reconhece nenhuma semelhança? um pouco de senso crítico faz bem. a tal história de reconhecer certas características no espelho ou em algupem parecido e a reação … raiva ou indiferença ou crítica … basta contar quantos “eu” tem no seu blog. e nem venha dizer q é característica de todos os blogs. tem formas e formas de escrever, contar histórias. o fato é que, dependendo da sua fase, o ego fica um pouco menos inflado. seja por hormônio ou consciência.

    bah *

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