la vida loca

eu sei que pode não parecer, mas eu ando em velocidade da luz nos últimos meses. o meu santo remedinho me impede de surtar e me ajuda a priorizar, então a vida tá assim: trabalho, trabalho, trabalho e períodos de descanso muito bem aproveitados, sem telefone ou balada ou muita informação. estou curtindo o lado calmo da vida, quando decido descansar.

eu sou culpada profissional, então sempre acho que estou em falta com os amigos, com a família, com todos, enfim. estou num processo de auto-convencimento, percebendo que cada um sabe onde dói o calo e que eu não preciso estar disponível a todos o tempo todo, eu não preciso “dar manutenção” nas amizades. quando há amizade de fato, não precisa de cobrança e nem de pagamento, a gente sente, e é isso. amigo bom é aquele que quando encontramos, é bom, e não importa se não nos vemos há meses; o sentimento tá lá, sempre, mesmo que hibernando.

são trinta e dois anos sem férias emocionais, minha gente, sabe lá o que é isso? estou entrando em férias, naquele período que ainda pensamos em trabalho e obrigações e não conseguimos tomar caipirinha na beira da piscina. daqui a pouco entro em férias de fato e vou tomar sol, caminhar, descansar e voltar com aquele sorrisão de descanso.

todo mundo devia ter o direito de descansar, sem um inspetor interno com palmatória pronta pra funcionar; quero aposentar esse desinfeliz, estamos em negociação.

0 comments to “la vida loca”
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  1. Falou TUDO!

    Eu também nunca tinha tirado férias, dessas de sentar na beira da praia e não pensar em nada. Daquelas que você não tem hora: acorda quando não tem sono, dorme quando tem sono, come quando tem fome…

    Fiz isso o mês passado e percebi como é bom viver! E não precisa “de muito dinheiro…”

    É bom pra alma e o corpo agradece!

  2. é isso mesmo, a gente tem que aprender a tirar férias de tudo e até de nós mesmos, sem culpa e sem vergonha, como diria hobbes.

    porque a gente sempre se importa com os outros, até amigos amigos e nem sempre eles estão lá importando tanto assim com a gente. a gente se cobra tanto e espera tanto, muitas vezes a troco de nada.

    eu aprendi.

  3. Pois é, para cada situação, uma angustia. Resolvi descansar um pouco, não pegar todos os bons projetos e chances q aparecem para ter o mínimo de qualidade de vida. Aí fico com a sensação de que estou é perdendo o ritmo, vou ser atropelada e perder os contatos, não ser tão chamada para trabalhar junto como antes. ô vida e dúvidas. mas tenho tempo inclusive de pensar que rumo estou dando nos dias, nos anos, nas escolhas. é bom quando podemos escolher o tipo de dificuldade a enfrentar com consciencia. Boas ferias, Zel. e pessoal, feriado pela frente!

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