Delícias Cremosas

Ah, as mulheres...

Domingo, Abril 4

Como eu tenho medo de "eu te amo".
São as sete letras mais esperadas no início de uma relação. E as mais rejeitadas, no fim dela.
Como são pesadas. Com elas, saem da boca tantas expectativas, promessas, idéias, sonhos. Muito que bem se o objeto do amor as corresponde, muito que mal se não.
Pior é o "eu te amo" banalizado. Aquele que é dito sem ser sentido, apenas como formalidade, para conseguir sexo, por hábito, por convenção, porque-é-a-coisa-a-se-dizer-naquele-momento.
Porque depois que se solta o "eu te amo", não tem como voltar, desfazer, dizer que não é bem assim. Em tese, não, mas a verdade é que o amor acaba, sim. As pessoas o confundem com desejo, com posse, com atração, com tanta coisa. E quando a gente acredita nas malditas sete letrinhas, é dolorido demais vê-las desfeitas.
Não diga que me ama, por favor. Apenas me ame, com seus olhos, suas ações, seus carinhos, suas palavras que não a tal vocês-sabem-qual frase. Seremos tão mais felizes assim.