eu tenho umas amigas porretas, viu. recebi alguns comentários aqui falando sobre parto normal como se isso fosse incomum, complexo ou caro, e honestamente me espantei. quase todas as mulheres que eu conheço (de todas as classes sociais) tiveram seus filhos de parto normal. todas recomendam e ficaram felizes com suas escolhas.
tem a minha assistente (SUS), a prima rica (einstein, teve os 2 bebês no próprio quarto), a amiga hippie 🙂 (dani, em casa), a amiga alternativa (denize, SUS), amiga exportada (alemanha, casa de parto), amiga de faculdade (fá, no hospital do convênio, parto normalíssimo), minha mãe (3 filhos, todos normais) e eu poderia ficar aqui listando por muito tempo. tem uma ou outra que fez cirurgia, e em todas as histórias sempre tem o médico no meio botando medo nas pobres grávidas. “você pode morrer, o bebê pode morrer”. nenhuma delas estava em risco, e nem o bebê.
minha modesta opinião? médicos gostam de grana e de conveniência mais do que gostam das suas profissões. nem todos médicos têm respeito pelo ser humano e principalmente pelo processo da gravidez e parto. médicos gostam de controle, e ficam inconformados com o fato (FATO) de que a maior parte dos partos simplesmente dispensa a ajuda deles.
mas enfim. cada um faz o que quer, essa é só minha opinião. não quero impor meu ponto de vista sobre o de ninguém, mas acho importante dizer o que eu penso e o porquê.
e tem essa minha amiga americana, que é uma fofa, e vem trocando emails comigo sobre gravidez e parto. segue a lista de dicas dela a quem interessar (a mim interessaram :)), que eu achei o máximo.
1. I presume you will go to birthing training including Lamaze. That’s a big help. The most important thing is that you know what you want and have a program in place with your doctor, and that Fenando knows and will be the guardian of your wishes. Weird things happen, not scary things, but communication things. Did you see Knocked Up? It’s like that. It really is important that everyone is on the same page with what you want for you baby. It’s a birthing team.
2.I’m glad you’re into Ioga. I found it made a HUGE difference. For me the experience was intense muscle contraction (whole body not just uterus) so to be able to connect with what was happening made a difference in the way I registered pain. It was not painful but I think if you aren’t in touch with your body it might be perceived as pain. [grifo meu]
3. Diet, exercise, lots of water, you know the drill.
4. Your hormones will be totally out of control. Try to remember that women have been having babies for thousands of years, most of them in small huts. I found great strength in the idea that I was not alone but part of the whole human cycle of life. It’s perfectly natural so don’t let the hospital tell you any different. We used a birthing center and it was still pretty stiff. [grifo meu]
5. Around 7-8 months your hormones will stabilize and you will be filled with a great sense of peace. You will have a sense of calm and connectedness to all things. You will see the entire universe in a different way and things will never be the same again.
eu não tenho medo algum de parto. adorei o que ela disse na dica 2: dor é apenas uma sensação como qualquer outra. dentro do contexto do parto, ela é compreensível e necessária. quero passar por ela e experimentar tudo o que a natureza me reservou.
espero com fervor que minha gravidez seja normal e sem riscos para que eu possa apreciar a experiência. no que depende de mim – procurar médicos e instituições que entendam isso – tudo vai ser feito da melhor forma.
7 responses so far ↓
Rosa // February 5, 2010 at 3:25 pm |
Zel, li agora no blog que vc tá grávida. Benzadeus, parabéns, que lindo, etc, etc.
Adorei esse post.
Eu não tenho filhos ainda (apesar da histeria coletiva porque já tenho 35) mas também quero parto normal quando chegar a hora. A do rei muito esse grifo sobre a dor. Em muitos momentos (dor de cabeça, cólica, mão doendo) quando as pessoas ficam querendo que eu tome analgésicos punks pra não sentir dor eu sempre, sempre, me lembro de minha mãe dizendo que dor é um sintoma e mais importante que tratar a dor é saber por que ela está ali. Algumas dores servem pra te dizer que tá acontecendo alguma coisa.
Fico feliz que você queira sentir uma dor normal, sabendo porque e deixando a natureza seguir seu rumo. Sem sofrer mas sem agonia pra passar a dor a qualquer custo.
Muita saúde e felicidade pra você messe mundo novo que te espera. E um beijo.
Andreia // February 5, 2010 at 3:30 pm |
Eu não entendo essa mulherada que marca parto. Para mim é preguiça ou foi homem em outra vida e tem medo.
Minha amiga da Noruega teve dois na raça 🙂
Bjs
dani, a amiga hippie ;) // February 6, 2010 at 12:05 pm |
Adorei a citação, hohoho
Olha, pode sublinhar três vezes tudo o que ela disse no número 1, que é importantésimo.
Todos são bem bacanas, aliás. Muito sensata essa sua amiga.
beijo em você e no piolho e no pai do piolho.
Tati // February 6, 2010 at 5:22 pm |
queridona,
Isso mesmo! O piolho virá de parto normal!! ;o)
Bem, com o Pedroca a história foi triste, né? Cê sabe… A AnaCris do Gama me indicou o médico (+ de 80% dos partos normais) e eu estava confiante. Então chegou o final da 42ºsemana, bebê lá no alto, com quase 5kg, zero contração, zero vontade de nascer (safaaaado!) e zero dilatação. O jeito foi forçar o PN… Mas nem assim deu! Que pena!!
Tentei, né? Não dava pra deixar ele lá comendo mecônio… Mas até hoje tenho uma sensação de frustação total.
:O(
Ké // February 8, 2010 at 12:53 pm |
Olha, meu sonho na gravidez era parto normal. Sonhava com dores, contrações e tudo isso parecia que era parte da minha vida toda. Tudo bem natural. Diferente da cesarea que foi visto como ‘o parto da minhoca seca’. O horror dos horrores.
Mas Juca pito resolveu sentar aos 7 meses e meu sonho foi barriga abaixo…
Acho que o pânico foi tanto que o parto foi simples e a recuperação mais ainda. No dia seguinte estava pra cima e pra baixo, subindo e descendo escadas como se nada tivesse acontecido.
Não era exatamente como eu havia sonhado, mas sofrer por antecedência não foi bom. Se eu engravidasse hoje teria mais preocupação com outras coisas, pois de alguma forma a criança vai nascer e será feliz e bem vinda de qualquer jeito.
zel // February 8, 2010 at 1:38 pm |
keké, é como te falei por email: conhecendo um pouco do seu médico (que pra mim é o exemplo do médico que se acha DEUS), ele deve ter influenciado muito o processo.
por isso mesmo acho que é importante pedir opiniões, não confiar em opinião de 1 só. a médica com a qual comecei a fazer pré-natal ficou horrorizada de eu querer fazer parto normal, por exemplo. já começou a colocar empecilho. cortei na hora, é claro, e disse que ia procurar minhas opções.
aliás, acho que devíamos questionar médicos em todas as instâncias, e não somente em relação a parto! tá cheio de médico pangaré por aí, é assustador.
Glau // February 10, 2010 at 6:49 pm |
Curti a sua amiga, Zel!
Eu tive a nossa primeira de parto natural e a segunda por meio de cesárea necessária, aqui na Suiça. Por aqui a cultura é do parto normal sem ser por opção. Quem faz parto é enfermeira obstetrícia (pelo convênio, a que estiver de plantão) e o obstetra só aparece na hora H,se precisar. Ainda existe fórceps e vácuo. Tem parto na água, tem mil e uma posições na sala de parto. Bom, tem tanta coisa, se quiser a gente troca figurinhas :O)
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