em primeiro lugar, pra mim funcionou assim: eu não “me apaixonei” pelo bebê ainda na barriga. enquanto ele esteve do lado de dentro, era só uma idéia e eu não fantasiava muito a respeito. talvez isso tenha a ver com o medo de não dar certo até ter dado certo, sabe? mecanismo de defesa, eu acho.
até que ele nasceu, na circunstância mais desfavorável, e fui ver sua carinha através das paredes da encubadora. e aquela magia que descrevem quando vemos a cara do bebê pela primeira vez (que não esquece mais, e tal) não aconteceu comigo. é claro que eu achei ele lindo e fofo, e despertou em mim um desejo incontrolável de protegê-lo, mas estaria mentindo se dissesse que senti um amor imediato e absoluto.
fui aos poucos conhecendo e amando aquele serzinho, conforme fui conhecendo quem ele era, suas carinhas e manias. é incrível como eles já nascem com personalidade e a gente se apaixona por cada detalhe deles. mas pra mim foi aos poucos, como todo relacionamento. com a diferença que por enquanto só melhora 🙂
quase 2 meses depois do nascimento do otto, é realmente impossível pensar no mundo sem ele. vejo a carinha gorducha dele e me encho de uma sensação de felicidade e paixão, dá vontade de apertar e mantê-lo o mais perto de mim quanto possível. entendo agora quem diz que tem saudade dessa época: apesar das dificuldades dos 3 primeiros meses, eles são pequeninos e dá pra ficar grudado várias horas por dia, como se fôssemos ainda um só.
acho que amor incondicional não é a expressão correta pra descrever esse amor que sentimos pelos filhos; é um amor de proteção e preservação, sabiamente desenhado pela natureza. faríamos qualquer coisa pra manter essas criaturinhas vivas e felizes. a carinha delas quando estão tranquilas e felizes dá a melhor sensação do mundo, é alívio misturado com felicidade e “missão cumprida”.
fato é que em 2 meses me apaixonei perdidamente pelo meu menino, e ver sua carinha feliz é a coisa que mais me faz feliz na vida. acho que faria qualquer coisa pra fazer esse mocinho feliz!
4 responses so far ↓
ana b. // October 24, 2010 at 12:25 pm |
ah, é verdade, a gente vai se apaixonando, apaixonando, apaixonando… qdo percebe, está completamente envolvida!! rs
mas acho que esse “amor” acontece mais rápido na mãe do que no pai. ainda q vc diga que durante a gravidez tenha rolado algum mecanismo de defesa, eu acho que pra mulher o filho é mais real (justamente por estar na barriga, numa simbiose maluca e quase impossível de descrever, só sentindo mesmo pra saber) do que pro pai, que vai construir essa relação mais concretamente depois que o bebê nasce…
mas posso insistir num outro ponto, referente ao post anterior? se com 14 meses o sist. imunológico está totalmente formado, isso quer dizer, pro seu pediatra bam-bam-bam, que após esse tempo, a amamentação é dispensável, é isso?
bjs no bebê-fofoleto, eu vi as fotos no flicker, ele é lindo!!
a.
dani // October 24, 2010 at 2:57 pm |
olha, eu sinceramente acho que isso de “se apaixonar instantaneamente” é romantização pura e faz parte dos “mitos da maternidade cor-de-rosa”. pelo menos comigo também foi muito assim, chegando gradualmente…
Zel // October 24, 2010 at 3:34 pm |
Ana, vou perguntar pra ele o que acha, mas ele me explicou isso num contexto fora da amamentação, ele falava sobre contato com bichos – a recomendação dele é que de permita contato direto com bichos só depois dos 18 meses.
Eu acho excesso de zelo! 🙂
dani // October 24, 2010 at 4:15 pm |
o duro é explicar essa tese aí do contato direto pros próprios bichos e pra um bebê engatinhante de 10 meses… na prática acho bem difícil. 😉
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