voltei essa semana ao trabalho, depois de longos 8 meses: tirei 15 dias de licença médica, pois não conseguia dirigir mais, a licença maternidade, 1 mês de férias vencidas e mais 10 dias de férias normais. desse tempo, passei 6 meses e meio com o otto em casa, com ajuda do fer e da maria (a babá dele).
diferente do que muitas mães relataram, minha volta foi tranquilíssima. cheguei ao trabalho com quase 3000 parados na minha caixa postal (já mandei pro arquivo morto – nem sei quando e se vou voltar a lê-los), mas tive uma recepção muito calorosa dos meus funcionários e colegas, falei bastante sobre estes meses e sobre o otto. mostrei fotos, corujei bastante o menino e tals. aos poucos vou me ambientando novamente e pegando pé das coisas.
não fiquei pensando no otto a ponto de me distrair no trabalho e não fiquei nada preocupada com ele. voltei 100% tranquila de que estamos numa situação ótima: saio às 7:30h e volto às 17:30, a maria cuida dele neste período e o fer está em casa com frequência pra dar atenção de pai. a rotina dele está bem estabelecida, e estamos mantendo “o diário do otto” em papel, num caderninho. (falo mais disso no próximo post sobre a rotina de alimentação que estamos seguindo)
todo mundo me pergunta se eu não morro de saudade, oh meu deus, e a resposta é não. nada diferente da saudade que tenho quando ele está dormindo, por exemplo 🙂 lembro dele, da carinha, das gracinhas, dá vontade de apertar, mas não é algo que “doa”, ou que me incomode. ele é alguém que eu amo, e quer estar junto, mas não precisa ser o tempo todo. no horário de trabalho, estou trabalhando e pensando em outras coisas, sem precisar fazer esforço algum.
o melhor de ter voltado a trabalhar é que tenho outras atividades, convivo com outras pessoas e não estou 100% observando e convivendo com o bebê. além de amenizar meu lado controlador, isso também serve para que eu aprecie mais e melhor as poucas horas que tenho com ele. fico com ele 30min de manhã (além dos minutos de mamar) e 2,5h à tarde (ele dorme pontualmente às 20h), e essas horas têm sido preciosas.
estou adorando ficar com ele, e isso nem sempre era verdade quando eu TINHA que ficar com ele o dia todo. eu ficava de saco cheio várias vezes ao dia, querendo descansar ou fazer outra coisa (ler, tomar banho, fazer nada!). agora eu curto muito essas horas com ele, e é óbvio que isso vale pra nós 2. ele abre os bracinhos quando eu chego, e dá um sorrisão que me derrete toda 🙂 lindo demais, cheio de dengo, brincalhão. mesmo quando ele fica com sono ou fome e começa a resmungar, fica mais chatinho, eu não ligo. tenho mais paciência, e dou mais atenção a ele.
em suma: melhorou pra nós 2! o pai tem observado o comportamento dele de dia, pra ver se ele sente minha falta, e a verdade é que não sente. ele tem pessoas legais cuidando dele, brincando e conversando. ele não precisa de mim o tempo todo, e eu percebi que também não preciso estar com ele o tempo todo.
foi bom voltar a trabalhar e perceber que ser mãe não precisa necessariamente ser refém do bebê, e que ele se vira muito bem sem minha presença. meu menino ficando independente! <3
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