o que é melhor: largar tudo pra cuidar do seu bebê, deixar com a babá, colocar na creche, deixar com parentes…?
essa pergunta só pode ser respondida depois que você responder a outras 2 perguntas:
– o que você quer?
– o que você pode?
vou esclarecer uma coisa antes de seguir, que é pra não ter dúvida: não acredito que ser cuidado exclusivamente pela mãe até os 2 anos é necessariamente melhor para o bebê. primeiro porque depende da mãe, né (se ela for uma neurótica, não tem vantagem nenhuma pra ele); segundo porque não faz sentido dentro do comportamento da espécie. as fêmeas humanas compartilham o cuidado dos bebês e das crianças com outros desde sempre, alternando as funções de cuidar dos outros, da tribo, das crianças, da comida, etc. basta voltar uns 100 anos e já dá pra identificar o que estou falando: as mulheres não ficavam cuidando dos seus filhos exclusivamente. as outras mulheres alternavam essa função e os irmãos mais velhos cuidavam dos mais novos. essa romantização da relação mãe-bebê é muito, muito recente.
em outras palavras – vamos parar de viagem errada quanto a isso, ok? importante é amamentar, pelo menos por 6 meses e se possível até os 2 anos, o que não significa largar suas demais atividades para cuidar do bebê. dito isso, sigamos.
responder a primeira pergunta é dureza. e se você não tem nenhuma dificuldade em saber o que quer, provavelmente tem alguma dificuldade em assumir. se não tem dificuldade em assumir, não está prestando atenção 🙂
respondi essa primeira pergunta com toda a dificuldade do mundo: não quero ficar em casa o dia todo cuidado do meu filho. quero trabalhar, é uma atividade muito importante pra mim. sim, mais importante que ficar com ele o dia todo. trabalhar me faz sentir útil, admirada, reconhecida, ativa intelectual e socialmente. em outras palavras, me faz feliz. cuidar do meu filho o dia todo me faz sentir cansada, isolada e atrofiada intelectualmente. as poucas horas que passo com ele a cada dia são preciosas, me dão um prazer imenso e me fazem feliz.
a segunda pergunta foi mais fácil: eu poderia ficar em casa, se quisesse (abrindo mão de alguns confortos) e poderia também trabalhar. além disso, pude escolher entre babá e creche (deixar com algum parente não era uma opção). preferi a babá, pois já tinha alguém de total confiança que, diferente de mim, adora cuidar de bebês e crianças.
aí você pode perguntar – mas e a pergunta “o que é melhor para o bebê”?! o melhor para o bebê é ser bem cuidado, receber amor e carinho e ter ao seu lado pais felizes. desde que ele esteja bem cuidado e seja cercado de pessoas de bem com a vida e felizes, ele será feliz.
ninguém vai me convencer que uma mãe neurótica e frustrada em casa o tempo todo com o bebê é melhor que algumas horas por dia com uma mãe que trabalha mas é feliz consigo mesma. mas, por outro lado, se a mãe fica mais feliz ficando em casa, tanto melhor pra ela e para o bebê!
não julgo as opções alheias, mas questiono sim as motivações. será que as mulheres fazem suas escolhas conscientemente? e as que julgam as outras, entendem o que está por trás de cada escolha?
uma das coisas que é muito bom de ser mãe nesta idade é que me conheço melhor e tenho mais maturidade pra avaliar honestamente minhas escolhas. a experiência de ser mãe tem sido rica e cheia de oportunidades de crescer e me conhecer ainda melhor. percebo claramente minhas nuances controladoras, neuróticas, minhas carências afetivas projetadas, e vou ajustando as coisas aqui e ali, para o meu bem e para o bem do meu filho.
a pergunta que me faço silenciosamente quando observo algumas mulheres que largaram tudo pra assumir o papel de mãe em tempo integral é se são os filhos que precisam delas ou elas que precisam desesperadamente dos seus filhos. há as que de fato escolheram porque gostam dessa atividade mais do que gostam de qualquer outra coisa; e há as que se embebedam na ilusão do amor incondicional, eterno e do papel insubstituível da mãe.
26 responses so far ↓
Cleunice // April 6, 2011 at 7:56 am |
Pra variar: poucas e certeiras palavras. É isso aí.
zel // April 6, 2011 at 10:06 am |
nem tão poucas assim, né? hehehehe! 😀
Mariângela // April 6, 2011 at 10:02 am |
Bom,de minha parte só posso dizer que eu nunca,jamais,em tempo algum, deixaria de viver minha vida própria que é MINHA apenas para me dedicar a criação de filhos. Acredito fortemente que filhos chegam em nossas vidas para somarem e nunca o contrário.Antes dela já tinha minha vida própria,e meu marido idem, depois da chegada de um filho e passado o turbilhão dos primeiros meses pois é inegável que teremos pela frente meses de entrega total chega o momento de organizar a vida de todos,e a do bebê está incluída nisto, para que a vida retorne ao seu fluxo mais ou menos normal.
E eu,pessoalmente,não teria jamais vocação para viver em função de filhos. Tenho meus interesses pessoais que faço questão de manter,é o que me move,não vivemos só em família não é mesmo?
Atualmente presencio uma cena deprimente em família, minha cunhada,55, nunca trabalhou e optou por cuidar das 3 filhas,agora com 29,27 e 24. As duas maiores saíram de casa,a mais nova se prepara para ir a Austrália, o marido viaja o mundo todo a trabalho,e ela, está sem rumo. Enfim, este caminho eu não escolheria mesmo, acho muito complicado para ambos os lados,mãe e filho.
zel // April 6, 2011 at 10:08 am |
Mari, eu entendo que haja mulheres que optam por se dedicar quase exclusivamente à função de mãe. Mas duas coisas me incomodam:
1) as motivações (pra não acontecer exatamente o que você está descrevendo com sua cunhada, e já vi acontecer várias vezes com familiares próximas)
2) a patrulha com mulheres como você e eu, que querem ter filhos mas não querem ser mães em tempo integral
obrigada por compartilhar 🙂
Mariângela // April 6, 2011 at 12:26 pm |
Zel,talvez eu não entenda tão bem assim o porque de algumas mulheres escolherem apenas a função de mães(falando assim, até soa como uma profissão,coisa que não é). Eu procuro enxergar a minha filha como um ser totalmente diferente de mim,e mais que tudo, procuro fazê-la ficar principalmente independente de mim e do pai dela.Porque acho que é assim que deva ser, no fim das contas,não estaremos aí eternamente,não? Talvez por isso não tenha tanta compreensão(mas aceito a escolha) de mães que decidem apenas cuidar de filhos,exercendo esta simbiose louca de “grude” asfixiante que acredito que mais atrapalha que ajuda.Mas esta sou eu e minha forma de ver a vida.
Só para te dar um exemplo: minha filha desenha divinamente,sempre foi assim, agora estamos de mudança a Barcelona e estes dias ela veio nos comunicar que já achou vários cursos de desenhos por lá,quer se matricular e tals, de nossa parte,damos a maior força e ao mesmo tempo investigamos do que se trata(pois ela tem 12 anos). Isto me faz muito feliz,ver que ela tem vida própria,que está fazendo escolhas, que está achando caminhos que não são os meus,entendes? Por isso acho complicado esta coisa de ficar atrás de filho o dia todo, certamente eles acabam tolhidos em vários pontos,nem tenha dúvidas disso.Mas esta é apenas minha opinião e a forma como a educamos.Beijo para ti!!
zel // April 6, 2011 at 1:48 pm |
Mari, eu concordo com você 100% e tenho exatamente a mesma preocupação: garantir que meu filho seja independente de mim. Deus me livre ele achar que precisa estar com o pai e a mãe pra estar seguro, ou ser ele mesmo. Detesto esse modelo de mãe-grudenta. Todas que conheço que são assim têm filhos inseguros e dependentes. O que eu puder fazer pra evitar, farei 🙂
Achei o máximo a história da sua menina, e tou aqui com muita inveja de você ir morar em Barcelona! Não tem vaga pra uma gerente de TI não? 😀
Mariângela // April 6, 2011 at 7:29 pm |
hahahaha vocês serão bem vindos em Barcelona, já te acompanhava antes mas não sou de comentar em blog nenhum,só no da Neide que é minha amiga pessoal,não tenho muita paciência(como diz o gaúcho,não passo muito cartão hahaha) ,talvez comente mais aqui porque me identifique também com suas questões de mãe e vejo muita coisa parecida(a vontade de não ter filhos,a mudança de ideia, entre outros).Mas vocês me parecem ser pessoas super legais, o tipo de gente que é um prazer conhecer. Quem sabe vocês não se animam a ir na mesma época da Neide pois já temos combinado uma viagem para buscarmos comidas diferentes,ervas,temperos no mato,alguma plantação de açafrão, enfim, esta criançada,nossos filhos, merecem fazer uma viagem gastronômica “diferenciada” né rsrsrs.Beijão!!
zel // April 7, 2011 at 8:56 am |
olha, você que não convide de novo que a gente VAI, viu? 🙂
renata // April 6, 2011 at 7:54 pm |
vou dar meu pitaco da posição de filha, já que não tenho filhos. tenho uma mãe que, não duvido, me ama muito. mas que, por escolha dela (algo que não quero questionar aqui), optou por abandonar a si mesma para se entregar à família. hoje tenho minha própria casa, meu irmão mora em outra cidade e o que sinto, com frequência, é que ela se sente perdida e sozinha (meu pai tem outro perfil totalmente diferente e sempre cuidou de seus interesses e da sua vida). de minha parte, inicialmente senti culpa por “abandoná-la”, mas estou aprendendo a lidar com isso. e sinto que tanto eu como meu irmão desenvolvemos uma dependência em relação a ela que está bem além do saudável. tivemos dificuldade de construir nossa independência e é a muito custo que me sinto segura para fazer minhas próprias escolhas. enfim, não acho que o movimento dela foi bom prá ninguém, a longo prazo. por um tempo gerou um prazer enorme (em todos nós), mas foi criando problemas difíceis de serem resolvidos na idade adulta (e só com terapia).
sei que minha experiência como filha conta muito para minha decisão de não ter filhos. acho a maternidade difícil e confesso que não tenho motivações para passar por essa experiência. o “modelo” de mãe que eu experimentei mais de perto não é, nem de longe, o que eu ambiciono repetir. juntando isso com todos os meus outros poréns (que são muitos) estou dispensando a ideia.
de qualquer forma, adoro vir aqui e encontrar na zel e nas outras comentaristas (como você, mariângela) outras maneiras de se viver a maternidade. isso reafirma aquilo em que hoje acredito com muita força: podemos construir a vida quisermos. basta esforço, coragem a reflexão.
(perdão pelo comentário enorme, zel). e um beijo às duas.
zel // April 7, 2011 at 8:59 am |
renata, obrigada pelo comentário enorme 🙂
já vi (e continuo vendo) essa história se repetindo, na minha família inclusive. essas mulheres que escolhem a “profissão mãe” muitas vezes acabam assim: deprimidas, solitárias, sem interesses próprios e dependentes dos filhos. e os filhos ficam sim dependentes, inseguros, e precisam de muito esforço pra superar isso.
muito obrigada pela pespectiva, acho que ser uma filha observadora e sensível nos prepara para sermos (ou não) mães, e poder opinar sobre o assunto com toda liberdade.
Denize // April 7, 2011 at 8:10 am |
Comigo foi diferente ó, eu engravidei quase sem querer, fui tomada pela maternidade de assalto, me encantei com a possibilidade de poder me dedicar quase integralmente ao meu filho, adorei ter feito isso, fui feliz que só nos anos que fiquei em casa apenas cuidando dele e repeteria isso se pudesse. Foi um período muito difícil financeiramente e o preço do estresse foi alto. Voltei a trabalhar porque precisava dividir as despesas da família, adoro o meu trabalho, as possibilidades que ele me traz, mas carrego uma culpa lá no fundo de não ser mais tão presente no lar. Sou a dona-de-casa que deu errado e a mãe odara que fugiu do ninho. ;o) Canceriana extremada, acho que não sirvo de parâmetro, mas acredito mesmo que saber o que se quer e ter a real consciência do que se pode fazer, possibilita escolhas mais acertivas. E cá pra nós, economiza um tanto de dinheiros com terapia e tarjas pretas. ;o)
zel // April 7, 2011 at 9:01 am |
acho que é esse o ponto, Dê: responder a primeira pergunta é essencial. Quem gosta da função e vai ser feliz com ela, que se jogue! Nada de errado com isso. Mas que a motivação seja entendida, e que não consideremos que existe só uma possibilidade “certa”.
Criou-se um mito nos últimos anos (talvez como resposta ao extremo oposto, da mulher-feminista que dá mamadeira e trabalha, e “larga” os filhos) de que mãe boa é mãe que se sacrifica ou se dedica integralmente ao filho.
Mãe boa é a mãe feliz 🙂
Rosa // April 7, 2011 at 10:06 am |
Zel, já vi umas pessoas recomendando o livro aqui e lá no otro blog, mas quería reforçar. Tive uma história na família meio punk, minha cunhada deixou meu irmão com três filhos (2, 4 e 5) pra criar e ele foi ser pai solteiro na casa de minha mãe (minha mãe deixou tudo pra cuidar da gente e criou dois filhos dependentes, inseguros e neuróticos, apesara de ter voltado a trabalhar seis anos depois). Minha dificuldade de entender como uma MÃE (era sempre maiúscula na minha cabeça) deixa seus filhos e vem ver só a cada vinte dias, um mês. Essas crianças só voltaram a dormir no mesmo teto que ela cinco anos depois. Fui me informar, ler pra entender e li O Mito do Amor Materno, que esclareceu muitas coisas e abriu minha cabeça pra outros modelos. Recomendo esse livro fortemente pra quem é mãe e pra quem não é mãe. Pra quem tem problemas com a mãe e pra quem tem problemas com o pai.
Todo mundo é diferente, né? E a gente se acostumou a esse papel de mãe que vem carregado de culpas, de dores, de sacriícios, quando na verdade fomos nós mesmos que inventamos tudo isso…
zel // April 7, 2011 at 11:39 am |
já quero comprar esse livro JÁ 🙂 obrigada pela dica e pelo comentário.
concordo 100% que inventamos essa imagem distorcida de ser mãe. deus me livre entrar nessa! quero é sair…
Raquel_NY // April 8, 2011 at 1:50 pm |
Fui procurar o livro e descobri que esta disponivel de graca aqui:
http://www.fiocruz.br/redeblh/media/livrodigital%20(pdf)%20(rev).pdf
Ja imprimi, agora e achar tempo para ler!
Suellen // April 7, 2011 at 11:12 am |
Assim como a Renata, vou dar meu pitaco como filha. Minha mãe sempre trabalhou e nos criou (eu e uma irmã que está na faculdade), como ela gosta de dizer, “para o mundo”. Não tenho problema nenhum quanto à ausência de cuidado extremado, muito pelo contrário, valorizo muito o espaço que ela nos deu. E mesmo assim, criada deste jeito, sempre tem a culpa. A culpa por agora não poder estar tão presente na vida dela (meus pais separaram e hoje ela mora sozinha, há 300 km de mim e 600 km da minha irmã). Fico imaginando o quanto isso deve ser difícil pra quem teve uma mãe odara sem a consciência do que isso pode causar numa pessoa…
Acho que a mãe que opta por esse caminho de dedicação exclusiva tem que ter bem definido em sua cabeça o porquê faz isso e se não espera nada em troca lá na frente…
zel // April 7, 2011 at 12:11 pm |
Suellen, você falou de uma coisa que pretendo comentar mais pra frente no blog: não esperar nada em troca. Uma coisa que me deixa PASSADA é mãe/pai que tem filhos e acha que está criando uma aposentadoria ou coisa parecida. como se os filhos tivessem a obrigação de cuidar dos pais, como se fossem a garantia de sustento/cuidado na velhice.
acho um HORROR, deus me livre. meu pai é um pouco assim, e já avisei que não sou plano de previdência, ele que se cuide, caramba. saudável, inteligente e capaz, é muito conveniente levar a vida na flauta sem se preocupar com nada e contar com os filhos pra época de dificuldade…
Suellen // April 7, 2011 at 1:46 pm |
E isso é um pensamento MUITO comum. Quase todas as vezes que, questionada, digo que não pretendo ter filhos, a reação é uníssona: “mas e quando você ficar velha? Como vai ser?”. Como assim? É como se filho fosse uma aplicação mensal programada, daí nos 70 você faz o saque. E depois dizem que quem não quer ter filhos é egoísta! Afê!
zel // April 7, 2011 at 1:57 pm |
=O
Raquel_NY // April 7, 2011 at 1:56 pm |
Eu, como a Suellen, tambem fui criada por uma mae cuja filosofia era criar os filhos “para o mundo” (e conseguiu ate demais, haha, suas duas filhas moram fora do Brasil). Para mim deu super certo e sempre tive a maior admiracao pela minha mae, que tinha seu proprio negocio e que por opcao nunca cozinhou, arrumou, passou, limpou, lavou, etc., e nao nos ensinou a fazer nada dessas coisas. Costumo dizer que ser criada por empregada e baba nao deve ser tao ruim assim, ja que fui criada dessa forma e sou uma pessoa relativamente normal. Eu nao pretendo parar de trabalhar fora e ter minha carreira para ficar exclusivamente com a minha filha. O periodo de licenca-maternidade foi suficiente para tirar qualquer duvida que eu tinha sobre essa possibilidade. Como a Zel, tambem me senti isolada e atrofiada intelectualmente.
Tudo isso dito, acho que e preciso se levar em conta tambem a personalidade dos filhos. Para mim a “ausencia” de uma mae em tempo integral nao foi prejudicial; ja para minha irma, que tem personalidade bem diferente da minha, isso acabou criando uma serie de problemas que ela ainda luta para resolver em terapia. Por enquanto, minha filha ainda e pequena e nao demonstra grandes sinais de precisar muito de mim, mas caso isso aconteca, estou disposta a ajustar os meus planos de forma a tentar fazer o que for melhor para nos duas.
zel // April 7, 2011 at 2:08 pm |
Que legal seu relato, Raquel 🙂 Quero ser essa mãe aí, que o filho se aventura e vai pro mundo!
Mas é isso mesmo, se precisar mudar eu também me viro aqui 🙂 Mas o Otto pelo jeito vai ser do tipo que nem liga pros pais 😀
Beijo, querida, adoro seus comments!
Raquel_NY // April 7, 2011 at 5:09 pm |
Zel, voce ja eh essa mae, ne? Otto vai ser globe-trotter, escreve ai.
Eu tambem suspeito que a minha pequena vai ser muito pouco apegada a mim… chuif… Minha esperanca eh a lua em Cancer dela, ne Denize?! Enfim, tento sempre me lembrar daquele texto do Kalil Gibran, “seus filhos nao sao seus filhos, sao filhos da vida que anseia por mais vida (…) eles vem atraves de voce mas nao para voce” (ou algo assim, estou citando de memoria).
O papo aqui esta otimo.
Beijos para voces tres!
zel // April 8, 2011 at 8:18 am |
E o Otto, com lua em Áries? Só porrada entre nós dois, oba #not.
Sabrina Bergmann // April 7, 2011 at 4:54 pm |
Oi Zel!
Eu já tinha comentado um tempo atrás justamente sobre isso, as mulheres que precisam “justificar” a sua vida através dos filhos.
Eu fiquei de licença e férias até os 8 meses dos meus gêmeos, o que foi ótimo, porque acompanhei a fase de adaptação para alimentação e eles estavam um pouco maiores quando voltei ao trabalho. Mas ouvi críticas de algumas pessoas que sabiam que eu tinha mais alguns meses “disponíveis” (licença-prêmio) para ficar em casa e escolhi retornar.
Os meus pais também criaram os filhos “para o mundo” e hoje só tenho a agradecer por ter sido assim.
Eu tenho uma amiga que vive para a filha e a criança só foi para a escola depois dos 5 anos, brincou muito pouco com outras crianças porque vivia na “cola” da mãe, que saía (sai) de casa basicamente prá fazer compras. Resultado: a menina é uma “mini-mulher”! Começou a falar super cedo, sempre como adulto, com todas as “colocações” certas, mas nunca vi suja de tinta, barro ou giz……e brincar????? Criança tem que BRINCAR!!!!!!! E brincar com os pais é uma delícia, mas precisa de referências que só outras crianças podem dar…
Adoro o blog!
Bj. Sabrina.
zel // April 7, 2011 at 10:04 pm |
outro ponto bom, sabrina… crianças que só convivem com adultos. acho péssimo! é um dos motivos de querermos adotar uma menina, pro otto ter uma irmã 🙂
e gêmeos, hein? que dureza. ave, se 1 já quase me mata de cansada… admiro.
beijo!
Sabrina Bergmann // April 18, 2011 at 10:34 am |
Oi Zel!
Realmente cuidar de gêmeos não é fácil, mas compensa duplamente…..uma rotina organizada facilita muito. Eu fico pensando em quem tem 3 ou 4, porque eu ainda tenho dois braços prá dar colo para os dois, mas e quem tem mais? hehe.
A participação do pai sempre é fundametal, claro, mas quando é um só os pais intercalam nos cuidados, colo, etc., e um pode ter uma folga; já com a dupla o pai e a mãe ficam ocupados, principalmente nos passeios, na rua…..
Mas tudo vale a pena, não é mesmo?!
Bjs. Sabrina.
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