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amamentação: depois de 2 meses…

May 6, 2011 · 6 Comments

… muitas coisas mudaram.

mantive a rotina de ordenha/amamentação como programado, mas o leite da ordenha diminuiu gradativamente, até chegar a 40ml por tirada 🙁 (no início eu tirava 150ml por vez).

acho que um fator importante para a diminuição do leite foi o fato do otto demandar menos leite mesmo, quando estava mamando, pois é mais interessado na comida sólida que no leite. até o suco ele tem gostado cada vez menos, preferindo as frutas inteiras. outro fator acho que foi a eliminação da mamada da madrugada, diminuindo a frequência de demanda (que pode também reduzir a quantidade).

uma das coisas que poderia ter feito quando percebi que o leite estava diminuindo é aumentar a frequência de ordenha e das mamadas do otto, pra estimular e produzir mais. mas sinceramente, seria um sacrifício (acordar de novo a madrugada toda, fazer mais pausas ainda no trabalho) que eu não estava disposta a fazer. até porque ele já está com 8 meses, e mamou só leite materno até agora. tá bom, né?

junto com essa diminuição começou a ficar cada vez mais horrível o período da noite: ele nunca dormiu a noite toda, acorda várias vezes desde que nasceu (normalmente pra mamar, mas pra pedir colo também). até o sétimo mês mantive a rotina de mamar de madrugada, mas resolvi parar, pelo bem da minha sanidade no dia seguinte no trabalho. e como ele mamava cada vez menos a cada mamada no peito, a noite estava um inferno de choradeira…

e durante o dia, tudo uma beleza (mesmo com menos leite), pois ele come MUITO bem e não tem fome. esse menino sem fome é um anjo. depois de conversarmos com o pediatra, ele sugeriu dar NAN (ou equivalente) na mamada da noite, 210ml, pra testar, e continuar dando o peito nas demais mamadas quando possível.

ele adorou o NAN, tomou tudo e passou a dormir muito melhor, felizmente. ainda acorda pedindo colo, mas agora sabemos que não é fome (e ele volta a dormir sem muito choro).

mantive então 2 mamadas por dia (7h e 19h) no peito, e 2 mamadas na mamadeira (15h e 23h/meia-noite). ele ainda tem os benefícios do leite materno, mas sem que eu precise me matar de dar o peito.

pude então parar com a ordenha, que apesar de ser tranquila demanda bom planejamento e 2 intervalos por dia no trabalho. ainda que tenho sorte de poder fazer esses 2 intervalos, e ter onde armazenar, etc.

resumindo, estou feliz por ter podido alimentá-lo exclusivamente com leite materno até os 8 meses, e por continuar amamentando parcialmente a partir de agora. continuo contando como está sendo a rotina, até que ele pare de mamar quando quiser ou até quando eu não aguentar mais 🙂 (seja por saco cheio, seja por causa das mordidas do mocinho com 7 dentes)

Categories: amamentação

sobre elogios aos filhos

May 6, 2011 · Leave a Comment

recebi por email e achei tão legal que resolvi publicar!

ELOGIE DO JEITO CERTO

 Por Marcos Meier (*)

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas.

Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo.
Em seguida, foram divididas em dois grupos.

O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. Uau, como você é inteligente!, Que esperta que você é!, Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial! e outros elogios à capacidade de cada criança. 

O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!, Menino, que legal ter visto seu esforço!, Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem! e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças.   Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.

As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa.  As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. 

O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças inteligentes não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente. 

As esforçadas não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens médios obterem a vitória.

Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.

No entanto, isso não é tudo.

Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um.

É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.

Nossos filhos precisam ouvir frases como: Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração, parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo, você é ético, filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram, você é solidária, isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal, você é um bom amigo.

Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é tática paterna, é incentivo real.

Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual.

Que linda você é, amor, acho você muito esperto meu filho, Como você é charmoso, que cabelo lindo, seus olhos são tão bonitos. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos.

Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e charminhos. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.

Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.

Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.


*Marcos Meier é mestre em Educação, psicólogo, professor de Matemática e especialista na teoria da Mediação da Aprendizagem em Jerusalém, Israel.

Categories: educação