fabricando

Mulher do Padre

October 19, 2016 · Leave a Comment

(Teve mais)
O: “mamãe, sabe a mula sem cabeça?”
Eu: (vixe) “…sei…”
O: “ela já teve cabeça, sabe? Mas veio um meteoro e arrancou a cabeça dela, e ficou o foguinho no lugar”
Eu: (Hahahhahaha) “nossa, é?!”
O: “sim. Mas tudo bem, ela pode conseguir outra cabeça.”
Preferi não perguntar COMO.

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Terapia 

October 19, 2016 · Leave a Comment

Me diverti horrores hoje com o Otto na piscina na melhor hora do dia no verão: o sol já baixou o suficiente pra não me irritar e tá calor o suficiente pra nadar.
Houve vários momentos em que fui feliz e sabia que era feliz. Ser mãe de um menino grande é MUITO mais legal que ser mãe de um menino pequeno <3
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Fui colocar o maiô, quando vejo o menino tá deitado na espreguiçadeira da piscina, “relaxando”. Feito gente.
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Ele quis brincar de corrida e tava tudo lindo enquanto eu deixei ele ganhar (muitas vezes). A única vez que ele perdeu, ele chorou e ficou super frustrado. Foi ótimo, porque conversamos muito sobre isso, eu acolhi ele e disse que todo mundo fica triste quando perde, mas que ficar assim MUITO triste não é legal, que é importante lembrar que estamos nos divertindo. Que ganhar / perder é só o final da história, tem todo o meio.
Ele parou de chorar e me chamou pra fazer uma brincadeira de quem chegar por último ganha (safado). Contei pra ele que essa competição não fazia sentido, porque nunca ia acabar 😀 Aí propus uma competição colaborativa (ambos ganham ou perdem juntos) e seguimos.
Percebi a enorme importância de ter irmãos. Se ele tivesse, tenho certeza que lidaria melhor com a competição.
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Estávamos conversando e disse que tinha achado muito legal alguma coisa que ele pensou e me explicou, muito inteligente, e ele me diz em tom professoral: “sim, eu sou muito SABIENTE”.
Eu corrijo conjugação de verbo errada, mas essas coisas eu não consigo <3
(Igual a constRelação, ficará assim pra sempre)
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O: “mamãe, eu queria que a gente pudesse aprender todas as coisas em casa e não precisasse ir pra escola”
(Esse assunto não acaba)
Eu: “Você não gosta de ir pra escola? Por quê?”
O: “não. A escola é muito barulhenta, os amigos falam alto demais.”
(Ai que dó)
Eu: “eu sei. Crianças às vezes são barulhentas mesmo, mas melhora com o tempo. Avisa a sua professora que você gosta de silêncio, quem sabe ajuda”
O: “tudo bem. Mas eu já tou acostumando.”
(Eu queria esmagar ele, sabe? ❤️)
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O: “mamãe, porque a gente só pode fazer as coisas que quer nos 2 dias?”
Eu: “mas a gente pode fazer várias coisas em vários dias. Como assim?”
O: “nos 2, dos 7, ó: segunda é 1, terça é 2, quarta é 3…”
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“2 dias” = fim de semana.
E eu fiquei ali, no chuveiro sentada e matutando que merda é ter escola 5 dias por semana e trabalho 5 dias por semana, e que arbitrário e massacrante é isso e quis largar tudo e viver de brisa caçando borboletas, por uns segundos.
Passou.
Mas cada diálogo com meu filho vale por uma sessão de análise.

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