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o começo dos “porquês”

June 19, 2017 · Leave a Comment

[19-junho-2014]

 

Sábado aconteceu um episódio bem interessante com o Otto, que provavelmente só nós (os pais) vamos apreender completamente, mas acho que vale compartilhar 🙂

 

Eu estava almoçando com ele, e no final da refeição ofereci uma fruta. Ele disse que queria um sorvete. Expliquei que amanhã, Domingo, a gente almoçaria fora e poderíamos tomar sorvete, que hoje tinha fruta.

 

Ele ficou olhando pra mim bem sério, pensando (incrível como dá pra “ver” o cerebrinho funcionando), depois de alguns segundos perguntou olhando bem no meu olho:

 

“Por quê?”

 

Ele não pergunta muito os porquês, até agora. Pergunta muito mais “como”. E ele não é um menino falante, ele é bem econômico nas conversas (quando não se recusa totalmente a conversar, e pede “parem de falar!”). O silêncio é bem freqüente, ele gosta de ficar concentrado fazendo coisas ou simplesmente pensando.

 

O “por quê?” dele foi cheio de significado pra mim, porque ele realmente pensou e ponderou antes de perguntar, bem analítico, como sempre.

 

Expliquei que sorvete era uma comida especial, que a gente comia de vez em quando, e por isso amanhã, que era um dia de comer fora, diferente, poderíamos comer.

 

Ele então respondeu “tá bom!” e comeu a fruta.

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Tenha filhos, e aprenda a amar o seu oposto. <3

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wonder woman, o filme

June 19, 2017 · Leave a Comment

Fomos ver MM com o Otto (ele gosta muito dela), e embora tenha ficado entediado nos momentos de composição da história (diálogos que ele provavelmente não acompanha totalmente), foi IMPAGÁVEL a carinha dele quando começou a tocar a música tema pela 1a vez, quando ela entra feito o Hulk no prédio pra destruir os “homens maus” ❤❤❤

 

Ele vibrou com as lutas, torceu por ela e comemorou alto no final. Foi lindo.

 

Levem seus meninos pra ver Mulher Maravilha, por favor. É super importante eles verem que há mulheres heroínas, e muito do bem <3

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sobre maternidade e privacidade: um privilégio perdido

June 19, 2017 · Leave a Comment

Foi UMA AMIGA que contou, tá? Tou só recontando 😀

 

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Num passeio no shopping, a criança de 6 anos precisava ir ao banheiro, e a mamãe também. Foram juntos, a criança fez xixi e a mamãe precisava fazer tudo que tinha direito. Fez. A criança ficou ali junto, tudo rapidinho e tranquilo enquanto conversavam, mas quando a mãe levanta pra dar descarga…

 

C: “nossa, mamãe, mas foi BASTANTE né?”

 

M: 😬 “você acha? Achei normal”

 

(Já começa a dar descarga rápido pra sair correndo. Havia fila pra ir ao banheiro, uma audiência razoável para a conversa)

 

C: “é muito sim, e acho que não vai dar certo isso não…”

 

M: “como assim?!”

 

(Não tava mesmo dando certo. Ou seja, a descarga estava meio fraca, e a mãe começou a ficar nervosa)

 

C: “ih, viu? Não deu certo.”

 

M: (desesperadamente tentando de novo a descarga) “vai dar certo sim! Peraí!”

 

C: (falando mais alto, embora já não estivesse exatamente falando baixo antes) “AGORA VAI DAR CERTO!!!”

 

M: (pensando em alternativas para sair do banheiro por alguma passagem secreta evitando as testemunhas do lado de fora) “pssss, não precisa falar alto… URRUUUUUU DEU CERTO! FALEI?!”

 

(Cof-cof)

 

Saíram, ficaram mais 10 minutos tentando fazer funcionar as malditas torneiras que abrem com sensor mas que não sentem nada e não abrem, até que uma moça salvadora conseguiu, lavaram as mãos, não secaram porque o papel tinha acabado, e fim.

 

**

 

Minha amiga comentou que considera seriamente deixar o pai levar a criança ao banheiro nas próximas ocasiões.

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sobre coisas novas

June 19, 2017 · Leave a Comment

[14-abril]

 

Tivemos um episódio épico aqui hoje de #PaisDeCesárea, e faço questão de registrar 😀

 

Otto tem direito a 2h por dia de TV, (quase) sem supervisão. A gente fica de olho no que ele escolhe entre Netflix Kids e YouTube, e geralmente dá certo. Ele tá na fase Lego Addicted, e fica vendo até trailer do Batman Lego loucamente. Beleza, são as 2h dele.

 

Ver coisas novas é sempre um drama — aquele terror dos pais com os filhos pra experimentar comidas, por exemplo, nunca houve aqui. Em compensação cada filme novo é um drama mexicano. Ele nunca quer tentar nada novo, sofre muito com a tensão nos filmes (sempre quer desistir, ele acha que vai dar tudo errado), odeia os vilões de forma visceral… enfim, um processo. Depois de ver uma vez, melhora e às vezes até se apaixona, mas a 1a é punk.

 

Convidamos pra ver um filme novo, conosco — Zootopia (pegamos um que queremos ver também). Não, claro que não, e tal, mas depois de um pouco de drama, topou. Na 1a cena mais dramática da coelhinha com a raposa, já ficou tenso, quis sair. Quando ela cresce e vai embora de casa, o bicho pegou. “Por que ela não fica com os pais?” — “ela ainda é pequena!” — “eu NUNCA vou morar em uma cidade diferente de vocês!”.

 

E foi ladeira abaixo, não quis ver. Nós queríamos ver. “OK, Otto, pode ir brincar no seu quarto, desenhar, ler. Nós vamos ver.”

 

Mas a pessoa é teimosa. Determinada, vocês podem dizer também 😀

 

“Olha, mamãe, essa situação tem 3 opções, sendo que duas delas são PÉSSIMAS:

 

1) eu assisto filme com vocês

2) eu não assisto o filme com vocês

3) eu assisto só o que eu tenho vontade de assistir.

 

Viu? A 1a e a 2a são PÉSSIMAS!”

 

Foi aí que eu comecei a gargalhar, mas tudo bem, porque ele só tava meio alterado e falando muito com as mãos.

 

Expliquei que a opção 3 não era opção, já que ele tinha gasto as 2h de TV do dia. Reforcei as opções existentes.

 

“Ah, sabe o que é, então, mamãe? Eu tou com fome. Preciso jantar AGORA.”

 

(Tudo pra eu não poder ver o filme. Até comer sem fome tava valendo)

 

Expliquei que não ia parar agora pra fazer jantar, que isso se chamava MANIPULAÇÃO — ele só queria que a gente não visse (a porra do) filme. Não falei a porra do filme, mas essa é a ideia.

 

Cedi um pouco: “OK, Otto. Em meia hora então eu paro o filme e vou fazer o jantar. Até lá, você ache outra coisa pra fazer”.

 

Ah, senhores. A mente maquiavélica e sem filtro de uma criança controladora…

 

“Hmmm sabe o que é, pessoal? Eu tenho coisas MUITO IMPORTANTES pra falar pra vocês, e vai demorar mais ou menos MEIA HORA pra falar…”

 

E sentou pra falar.

 

Eu rindo de chorar, o Fernando já com soluço de tanto engolir o riso, nenhum dos dois conseguindo articular mais nada nessa altura, uma mistura de putos e achando engraçado.

 

Ele não ia desistir. Avisamos que não ia ter conversa alguma, que ele falasse depois, e ele começou a dar chilique, e a gente rindo abafado porque não tinha condições de lidar com tanto drama, olha… foi horrível. E engraçado.

 

Até que me enchi e avisei que ou parava aquilo já ou as 2h de TV do dia de amanhã também estariam canceladas.

 

“Tá bom, eu tou calmo. Eu vou pro meu quarto”.

 

Ligamos o filme, e ele foi mesmo. Fechou a porta e ficou lá chorando um pouco e depois ficou OK.

 

No tempo combinado, voltei, fui fazer o jantar, ele quis ir ajudar.

 

“Sabe, mamãe, eu fiquei aqui lendo ‘os opostos’, que eu consigo ler sozinho. Demorou um pouco pra passar o tempo.”

 

Ô, pequeno. 💔

 

Jantou panqueca de banana com melado, queijo de coalho e pitaya. Alguma compensação eu tinha que oferecer né, nem que seja do meu jeito, pelo estômago. ❤️

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1 Pais de Cesárea x Otto 0

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teens

June 19, 2017 · Leave a Comment

Estamos aqui fazendo uma jam session de lira (Otto) e ukulelê (eu), e ele quer tocar uma “música sombria”.

 

Eu tento aqui o melhor que consigo (ukulelê só tem modo FELIZ, vocês sabem), não rola muito, e levanta e me avisa:

 

“Vou tocar no meu quarto, você fica aqui.”

 

Oi?! 😀 quando foi que esse menino fez 13 anos?! Hahahhahaha 

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