[9-jun-2015]
Otto tá abusadíssimo ultimamente. Foge da gente, diz que não vai fazer o que a gente pede (ou que a gente combina, convence, chantageia…), anda até arriscando uns empurrões e socos (de leve, meio testando, mas tá ousado!)
A gente não dá mole, fala duro, explica, corta uns privilégios, enfim, faz o que pode pra tentar mostrar que não dá pra ser insuportável sem consequências.
Mas é difícil dar limites quando a gente vê uma coisinha desse tamanho enfrentando adultos com tanta confiança. Dá uma mistura de vontade de rir com orgulho (YOU GO, BOY!), e é preciso se controlar muito pra não rir 🙂
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Tomando café comigo na segunda de manhã, pós feriado, 7am:
Otto: “mamãe… Eu queria ficar aqui NO MEU MUNDINHO” (botou o indicador no meio da palma da mão aberta, mostrando) “aqui na nossa casa. Eu não queria ir pra escola”
Eu: “eu sei que é difícil sair de casa de manhã, mas a gente sempre volta. Mamãe vai pro trabalho e volta, papai sai e volta, você vai pra escola e volta também”
Mas lá no fundo, olhando o quintal e a luz linda do sol da manhã, pensei e senti que entendo demais esse menino. E me impressiona a clareza com que ele percebe coisas tão difíceis de admitir pra quem vive há tantos anos nesse mundo que foi feito muito mais pra viver do lado de fora que do lado de dentro.
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No mais, não sei de onde saiu esse “meu mundinho”, nunca falamos isso pra ele. Vou ter que investigar 😀