fabricando

família

August 14, 2017 · Leave a Comment

[14-ago-2015]

Pessoal, senta aí que é o seguinte:

 

O: “mamãe, quem é nossa família?”

 

Eu: “quem você acha que é?”

 

O: “eu, você e o papai!”

 

Eu: “tem mais — as vovós, os vovôs, as tias, tios e os primos…”

 

O: “me conta dos meus primos! Os pequenos e os grandes!”

 

(Contei)

 

O: “mas mamãe: e minhas irmãs?”

 

Eu: “você não tem irmãos, meu amor!”

 

O: “eu quero um irmão, mamãe! Pra eu não brincar sozinho!”

 

(!!!!! </3)

 

Eu: “irmão ou irmã? Maior ou menor?”

 

O: “irmão. Maior! Pra brincar comigo”

 

**

 

Ô gente, ele lê desejo do meu coração, agora? <3

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cérebros fresquinhos

August 14, 2017 · Leave a Comment

[14-ago-2015]

Comprei um livro de montar o corpo humano pro Otto, que vem com a explicação sobre cada sistema. Ele AMA o cérebro. “Mamãe, lê a história do cérebro?”

 

Hoje ele me vem com “mamãe, eu queria ver meu cérebro!” (Credo, deusmelivre) “não dá amor. Você pode ver outros cérebros, se for médico!”

 

“Eu quero ser médico e ver cérebros!”

 

HALP, Tati! Hahahahahaha

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pais

August 14, 2017 · Leave a Comment

[14-ago-2016]

Otto fez na escola uma lembrancinha de dia dos pais (que conste: sou contra. Dos pais, das mães, sou contra. A data é puramente comercial, há outras formas de pensar e celebrar a família, enfim, pula), e achou que o dia dos pais era sexta. Não discutimos, ele quis dar a lembrança pro pai, e deu, bonitinho e tals.

 

No mesmo dia, mais tarde, ele corre pra mim e fala “mamãe, eu quero te dar um abraço de dia dos pais!” e me abraça mil vezes, bem forte.

 

Eu ri, mas deixei, porque achei tão bonito ele não entender a lógica do “dia dos pais” e comemorar com a mãe também!

 

Sei lá o que passa na cabeça da criança, mas minha interpretação é que ele não vê diferença entre os papéis, somos só pessoas diferentes fazendo a mesma coisa.

 

E não é assim que devia ser? Sei que há mães que se sentirão indignadas com isso (oh, o arquétipo), mas… é a mesma coisa.

 

(A propósito, aconteceu várias vezes dele chamar eu ou o Fer de “Maria”, e vice versa. Acho que ele coloca nós 3 todos no mesmo balaio: as pessoas que cuidam e amam <3)

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propulsores

August 14, 2017 · Leave a Comment

[14-ago-2016]

Otto tá lá entretido nos legos, veio me mostrar o que tava fazendo:

 

Otto: “tou fazendo um monstro pra ajudar a SHIELD a derrotar a HYDRA”

 

(Hahahhahha)

 

Eu: “coloca os braços do Dr Octopus nele!”

 

Otto: “não, vou colocar essas flores aqui, porque ele precisa voar!”

 

Eu: “uia, as flores fazem ele voar? Que lindo!” (Eu e minha interpretação humanas)

 

Otto: “não, mamãe, vou fazer de conta que as flores são PROPULSORES DE VÔO!”

 

HAHHAHAHAHHAHAHA!!!

 

(Toma, mãe de humanas!)

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agostos

August 14, 2017 · Leave a Comment

Agosto, dizem aqui na região, é mês de vento. Adoro esse ventão no cabelo, e sento na varanda só pra sentir o cabelo balançar.

 

Nunca foi um mês que me trouxesse qualquer lembrança, até 7 anos atrás, quando cheguei ao final da espera do Otto. Foi um mês de apreensão, curiosidade, desaceleração. As jabuticabas chegaram junto com ele, e ao mesmo tempo cheguei eu, em outra versão.

 

Venta mesmo, Agosto, tira tudo do lugar, bagunça e despenteia, que a gente precisa reencontrar o prumo.

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picadinhos

August 14, 2017 · Leave a Comment

[13-ago-2016]

Pense numa criança que gosta de detalhes:

 

Eu: “o que você almoçou hoje, amor?”

 

Otto: “arroz, feijão, macarrão, salada de alface e tomate picadinhos, e um ovo cortado no meio”

 

AMO! Hahahhahahahha

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sansão

August 14, 2017 · Leave a Comment

[12-ago-2016]

Sei que tá cheio de gentes que amam crianças pequenas de cabelos compridos, por inúmeros motivos que não cabe a mim julgar (embora silenciosamente eu julgue e tenha cá minhas teorias), mas eu-enquanto-mãe-e-cuidadora sou contra, e defenderei sempre o cabelo não-longo para crianças.

 

Porque quem lava e cuida sou eu/pai; criança não lava nem penteia nem cuida de cabelo (quem não sabe limpar a bunda não sabe cuidar de cabelo, vamos combinar?); criança não devia estar preocupada em cuidar de cabelo, que sendo comprido dá muito trabalho, devia estar fazendo coisas de criança; cabelo pode ter um componente enorme de vaidade, que eu prefiro neutralizar e não incentivar (ou seja: se puder NÃO comentar sobre aparência da criança, eu prefiro).

 

Acho que cabelo de criança tem que ser prático, funcional, e não objeto de vaidade. Mas enfim, essa é a minha forma de enxergar esse assunto, e ATÉ O MOMENTO sempre cortei o cabelo do Otto curto, até porque ele é super calorento, é ótimo.

 

Mas apareceu o Thor, e as coisas se complicaram, porque o Otto cismou que quer ter o cabelo igual ao do herói. Compriiiiiiiido.

 

“OK, ” eu disse. “Mas então você vai aprender a cuidar do seu cabelo sem reclamar — ter cabelo comprido é trabalhoso, e você precisa aprender a cuidar.”

 

Otto: OK! Eu cuido.

 

E cuida mesmo. Do jeito dele (lava que nem o nariz, penteia pior), mas faz.

 

Tá comprido, e essa semana percebi que tava incomodando ele (caindo no olho, coçando), tentei jogar um H:

 

Eu: “ô Otto, vamos cortar o cabelo?”

 

Otto: “não! Eu quero o cabelo igual ao do Thor, comprido!”

 

Eu: “Mas tá caindo no olho, incomodando…”

 

Otto: “o Thor não se incomoda!”

 

(Ou seja: ele jamais vai admitir que incomoda)

 

Tou lascada, ele vai virar a Maria Bethânia e vou pagar meus pecados.

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