fabricando

hulk

August 24, 2017 · Leave a Comment

Geralmente o Fernando leva o Otto pra escola, e eu busco. Na saída ele tá que é só alegria, parece o Morgan Freeman saindo de Shawshank, uma euforia só.

Aí hoje eu fui levar, e o menino é a imagem do desgosto. Não brigou nem nada, mas quase dá pra ver ele arrastando corrente pra entrar.

 

Eu: “quer que eu ajude a levar a mochila? Tá difícil né?”

O: “é que eu quero me atrasar, mamãe.”

Eu: “ô amor, faz isso não, atrasar deixa a gente ansioso.”

O: (…) “tchau, mamãe, daqui eu vou sozinho.”

Eu: “ah, é? Tá bom, beijo, se cuida meu amor”

 

E ele vai num passinho desolado, sem olhar pra trás, cabisbaixo, e entra.

Na minha cabeça tocou essa trilha sonora.

😪

 

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early teens

August 24, 2017 · Leave a Comment

[24-ago-2015]

Ontem Otto deu demonstrações de adolescência precoce:

Eu: “ô Otto, se eu não tou enganada, falamos que você não vai ver desenho porque não foi legal hoje mais cedo!”

O: “mamãe, eu acho que você ESTÁ enganada.”

**

F: “Otto, pra descer a escada precisa colocar a mão no corrimão!”

O: “ô papai, FICA FRIO!”

**

OLHA.

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os outros (tipo o filme de terror)

August 24, 2017 · Leave a Comment

[24-ago-2015]

F: “você tá feliz na escola, Otto?”

O: “tou. Eu gosto muito do parque de areia!”

(…)

O: “mas eu não gosto quando o Fulano fala palavras feias pra mim”

**

Não conseguimos descobrir o que o fulano fala. Mas já quero aniquilar o Fulano e todas as gerações da sua família, e ensinar o Otto a lutar karatê pra socar a boca do fulano.

**

ARGH, como lidar?! <o>

**

Mas na prática vou pedir à professora pra ensinar o Otto a se defender e se manifestar quando acontecer. Ele afinal vai ter que lidar com muita gente sem noção no mundo.

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PESSOA-AL!

August 24, 2017 · Leave a Comment

[24-ago-2014]

Otto acaba de acordar, depois de falar dormindo, bem agitado, chama na maior calma, mas firme:

 

— “PAPAAAAAI! PESSOA-ALLL”

 

Não agüento, hahahahahaha <3

 

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momzilla

August 24, 2017 · Leave a Comment

[24-ago-2014]

Há 2 anos: o Otto começava na escola pela primeira vez. Momento bonito e também muito tenso, a gente não sabia como ele ia se adaptar e tals. Tudo ia bem, até aparecer Jizanthapus (nome fictício, em homenagem a Louis CK). O menino era o horror de qualquer pai de criança pequena — mordia (Otto levou pelo menos 1 mordida grave), chutava, puxava cabelo, batia. Em todo mundo, todo dia. Estressamos a ponto de chamarem reunião geral de pais e psicóloga e o cacete. Segundo a direção da escola, o menino “passava por um momento difícil, a mãe estava grávida de novo, os pais não sabiam o que fazer” e blá blá blá. Foda-se. Se o moleque não parasse, a casa ia cair. Não conheci os pais (sorte deles), mas eles sensatamente retiraram o malévolo da escola.

 

Há 3 semanas: estou almoçando num restaurante aqui na cidade com o Otto, sozinha. Chega um casal de desconhecidos, senta e começa um tipo de tortura moderna — sou obrigada a suportar a mulher do casal brigar com o marido, tratando o moço como se ele fosse um pano de chão. Agressiva, surtada nível histeria, falando sem pausa. OK, quem nunca brigou em público, né, gente? Mas aí ela começou a falar com o garçom e eu pedi a conta antes de dar uma voadora. Grossa, paternalista (existe isso?), arrogante, daquelas que tratam garçons como imbecis.

 

Catei o Otto e saí antes de acabar minha dose de sangue de barata.

 

Hoje: mesmo restaurante da última vez, estamos quase saindo. Chega o mesmo casal, já não desconhecidos pra mim, com 2 gêmeos no carrinho e… Jizanthapus. O próprio. Tudo se encaixou na minha cabeça — o casal, o menino problemático. Quem sabe ele melhorou né?

 

Estamos saindo, tem um menino de uns 2 anos de outra mesa brincando numa rampa, com as mãozinhas segurando na parte mais alta da passagem. Jizanthapus, em cima, olha bem o menino embaixo e faz o quê? Pisa nas mãos do menino. Quando o Fernando tava prestes a tomar uma atitude os pais do menor chamaram (e malévolo disfarçou).

 

**

 

Não sei se o menino é do mal, se ficou do mal graças aos pais imbecis ou uma combinação das duas coisas. Mas sei que depois de ver esse desenrolar de coisas em 2 anos jamais vou aceitar respostas como “é coisa de criança” e “a criança não tem maldade”.

 

Se zuar meu filho, se prepara pro ataque da mãe Godzila, galera.

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