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momzilla

August 24, 2017 · Leave a Comment

[24-ago-2014]

Há 2 anos: o Otto começava na escola pela primeira vez. Momento bonito e também muito tenso, a gente não sabia como ele ia se adaptar e tals. Tudo ia bem, até aparecer Jizanthapus (nome fictício, em homenagem a Louis CK). O menino era o horror de qualquer pai de criança pequena — mordia (Otto levou pelo menos 1 mordida grave), chutava, puxava cabelo, batia. Em todo mundo, todo dia. Estressamos a ponto de chamarem reunião geral de pais e psicóloga e o cacete. Segundo a direção da escola, o menino “passava por um momento difícil, a mãe estava grávida de novo, os pais não sabiam o que fazer” e blá blá blá. Foda-se. Se o moleque não parasse, a casa ia cair. Não conheci os pais (sorte deles), mas eles sensatamente retiraram o malévolo da escola.

 

Há 3 semanas: estou almoçando num restaurante aqui na cidade com o Otto, sozinha. Chega um casal de desconhecidos, senta e começa um tipo de tortura moderna — sou obrigada a suportar a mulher do casal brigar com o marido, tratando o moço como se ele fosse um pano de chão. Agressiva, surtada nível histeria, falando sem pausa. OK, quem nunca brigou em público, né, gente? Mas aí ela começou a falar com o garçom e eu pedi a conta antes de dar uma voadora. Grossa, paternalista (existe isso?), arrogante, daquelas que tratam garçons como imbecis.

 

Catei o Otto e saí antes de acabar minha dose de sangue de barata.

 

Hoje: mesmo restaurante da última vez, estamos quase saindo. Chega o mesmo casal, já não desconhecidos pra mim, com 2 gêmeos no carrinho e… Jizanthapus. O próprio. Tudo se encaixou na minha cabeça — o casal, o menino problemático. Quem sabe ele melhorou né?

 

Estamos saindo, tem um menino de uns 2 anos de outra mesa brincando numa rampa, com as mãozinhas segurando na parte mais alta da passagem. Jizanthapus, em cima, olha bem o menino embaixo e faz o quê? Pisa nas mãos do menino. Quando o Fernando tava prestes a tomar uma atitude os pais do menor chamaram (e malévolo disfarçou).

 

**

 

Não sei se o menino é do mal, se ficou do mal graças aos pais imbecis ou uma combinação das duas coisas. Mas sei que depois de ver esse desenrolar de coisas em 2 anos jamais vou aceitar respostas como “é coisa de criança” e “a criança não tem maldade”.

 

Se zuar meu filho, se prepara pro ataque da mãe Godzila, galera.

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