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Entries from August 2017

passando de fase

August 21, 2017 · Leave a Comment

[18-ago-2014]

inclusive me dei conta do seguinte (em assunto relacionado): o otto apresentou sinais claros de “passar de fase” em todas as viagens mais longas que fizemos. alguma coisa acontece nas viagens que de alguma forma promove novidades tão significativas quanto começar a falar, por exemplo (aconteceu no meio da viagem na escandinávia, enquanto esperávamos pra entrar em um navio).

 

pode ser coincidência, mas eu acho que não é. o estímulo, ou mesmo o desafio que é estar fora da sua zona de conforto, nos modifica. para cérebros ainda em intenso desenvolvimento, deve ser ainda mais desafiador e importante.

 

que sirva de exemplo também pra mim — não acomodar, movimentar, sair do lugar-comum.

 

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um casaquinho

August 21, 2017 · Leave a Comment

[19-ago-2016]

Otto nunca quer acordar no horário de ir pra escola. Quando acorda, é um drama pra se vestir. Quando se veste é um drama pra comer numa velocidade humanamente suportável (e que permita sair no horário. Nesse horário ele come na velocidade de um caramujo). Quando acabou de comer, sai correndo como se a vida dele dependesse daquilo, parece que nem lembra que até ali foi uma jornada hercúlea.

 

Divertido. (Não)

 

Todos estressados, Fernando sai com ele pra escola e daqui a pouco volta. A blusa de frio ficou. Mas nem tá tão frio…

 

“Preciso de um casaco caso faça frio!”

 

Prestes a fazer 6 anos, meu filho tem 100. Espero que rejuvenesça com os anos, senão…

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labirinto

August 21, 2017 · Leave a Comment

[20-ago-2016]

 

“Olha, mamãe: o cérebro parece um labirinto!”

Mal sabe ele o quanto 🙂

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o 1o amigo <3

August 21, 2017 · Leave a Comment

[20-ago-2015]

Ainda no modo fofura (e nós encantados com a fase nova):

O: “papai, eu quero ligar pro Pedro!” (o 1o amigo dele! É muito amor <3)

Fernando: “vou tentar falar no telefone do papai dele. O que você vai falar pro Pedro?”

O: “que eu gosto MUITO dele!”

**

Como não esmagar de amor?

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assistente

August 21, 2017 · Leave a Comment

[20-ago-2015]

Essas últimas 4 semanas tem sido foda. Trabalho além do que eu acho razoável, mas infelizmente inevitável, assim é minha profissão. Tenho saído cedo, chegado tarde e nem sempre tou aqui no fim de semana. Vai melhorar — semana que vem tou de férias \o/ Mas essa semana cheguei tarde e o Fernando explicou pro Otto que a mamãe tava ainda no trabalho resolvendo problemas; num dos sábados que trabalhei, ele foi almoçar comigo (e não queria me deixar voltar).

 

Até acabar o projeto, tou lidando com isso, me abracem:

 

O: “mamãe, hoje eu não vou pra escola. Eu preciso ir pro trabalho com você pra ajudar a resolver os seus problemas!”

**

AHHHHHHHH <o>

**

“Ô meu amor, que lindo! Mas pode ir pra escola, a mamãe ia adorar sua ajuda mas tem mais gente pra ajudar. Logo o problema acaba, viu? Te amo.”

**

Como lidar, gente?

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crescido

August 21, 2017 · Leave a Comment

[20-ago-2016]

 

Mami Vera fez um bolo de chocolate pro Otto e ofereceu a vasilha pra ele lamber:

O: “eu só fazia isso quando eu era MINÚSCULO, vovó. Agora eu sou um menino crescido!”

Toda minha torcida pra que esse menino se liberte quando crescer mais, ô bichinho que se autorregula 💔

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périplo diário

August 18, 2017 · Leave a Comment

Otto resolveu(**) fazer o resto da lição de ontem hoje de manhã, e na volta da escola fez a lição quase sem percalços.

 

Várias almas saíram do purgatório, amém.

 

**

 

(**) a realidade é que houve ameaças, barganhas, drama, suor e lágrimas. Então “resolveu” tá mais pra “FAZ ESSA LIÇÃO OU HAVERÁ GRAVES CONSEQUÊNCIAS” e ele cedeu.

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a complicada questão de gênero

August 17, 2017 · Leave a Comment

[16-ago-2013]

Hoje uma senhora viu o tênis do Otto (preto com cadarços de tudo que é cor) e meias roxas e perguntou: “é menina?”

 

Nenhuma ofensa, mas gente — as pessoas realmente não OLHAM pras crianças, pras pessoas, o importante é rotular de acordo com as “regras”.

 

Enxergar o mundo pra além do nosso filtro é um exercício importante. Esse tipo de experiência me lembra disso, que bom.

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O drama da escola (que ainda não acabou em 2017…)

August 17, 2017 · Leave a Comment

[16-ago-2015]

Prestes a completar 5 anos, o Otto finalmente começou a gostar da escola a ponto de ficar desapontado no sábado quando descobriu que não ia! <3

 

Ainda é uma criança introvertida e diferente das demais (e não tenho nada contra; espero poder ajudá-lo a saber que ser diferente não é errado), mas já se integrou com as crianças, está mais solto em geral, se importa menos com barulho e bagunça, sabe se colocar e impor no meio das demais crianças e está ficando uma praguinha! Parece até que já tem seu primeiro amigo escolhido por ele mesmo (ele tem vários amigos filhos de pessoas queridas, mas que ele acolheu através de nós e não exatamente escolheu).

 

Foram 3 anos difíceis pra nós, desde que ele começou a ir à escola. Talvez mais pra mim — sou extrovertida, era daquelas crianças arroz de festa, relacionamentos sociais pra mim são muito fáceis. Foi muito difícil observar meu filho sendo tão fechado, resistente ao contato social. Só consigo pensar “ele vai sofrer!”, e ninguém quer nem pensar em ver o filho sofrer.

 

Procuramos ajuda, mudamos algumas pequenas coisas e subitamente ele começou a mudar. O que me deixa mais pasma é que a mudança foi sutil mas essencial: começamos a mostrar pra ele (através de feedback constante) que somos pessoas como ele, que têm vontades, desejos, frustrações; convidamos o menino a olhar pro outro, através de nós, e perceber a ação / reação, causa e conseqüência.

 

Minha interpretação é que nossa forma de lidar com ele até então foi de respeito, mas no fundo com condescendência — ele é criança, deixa ele, quando crescer ele aprende – entende. Esperávamos dele uma postura de adulto e ao mesmo tempo tratando como “café com leite”. Ele se expressa como adulto, mas com maturidade emocional de bebê, já que a gente não dava o retorno real, amenizava as conseqüências das pequenas atitudes. As “grandes coisas” a gente ensinou com regras claras, mas todas as pequenas coisas, do dia a dia, ficaram pra lá.

 

Quando começamos a ficar atentos e mostrar, nas pequenas coisas, como nos sentíamos, ele aprendeu rapidinho. Começamos a mostrar que esperávamos dele um comportamento de empatia conosco, que não íamos mais aceitar menos só porque ele é criança. Obrigado, por favor, com licença, ajudar em pequenas tarefas, esperar para ser ouvido, lidar com a frustração, compartilhar coisas / momentos / tarefas, terminar o que começou. São coisas simples, mas que fundamentam as regras de convívio sutilmente e nos fazem perceber que O OUTRO existe, e é importante. Que não somos isolados, que dependemos dos outros. Que é uma troca.

 

Por excesso de respeito e amor, por esquecer que antes de ser criança ele é uma pessoa neste mundo, independente de nós, potencializamos a introversão do menino.

 

Mas ele mudou, e rápido. Humanos são adaptáveis, extraordinários, não é à toa que dominamos esse mundo.

 

Também mudei. Ele, sem querer, me ensinou a observar mais, respeitar a capacidade do outro, apreciar o fato de que posso aprender com qualquer um, em especial com ele.

 

**

 

Resolvi ser mãe pela experiência antropológica, lembram? Deseje, e receba 😀

Categories: educação · escola

Desde 2010

August 17, 2017 · Leave a Comment

Dia 16 de Agosto era o dia “D”, há 6 anos. O famoso DPP (data prevista do parto, se não me engano), que não serve pra quase nada, já que a data do parto é a que o bebê está pronto, e pode ser antes ou depois.

 

Mas ficou marcada pra mim. As semanas que vieram a seguir foram lentas e quentes, ansiosas.

 

Há 7 anos lavava roupas minúsculas é colocava no varal, sem saber o que significava aquela mudança que mais se parece com um mergulho num universo paralelo — tá tudo lá, mas é tudo tão diferente.

 

Agosto, você é um mês de reminiscências pra mim.

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