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Entries from August 2017

TV

August 11, 2017 · Leave a Comment

[10-ago-2013]

Tentamos mostrar “a era do gelo” pro Otto mas não rolou. Ele fica chateado com o Manny porque ele “é muito bravo” e chorou quando o esquilo foi esmagado 🙁 Tadinho, lida super mal com violência, mesmo que seja no contexto de desenho.

Tou impressionada com o tanto que ele se incomodou com o esquilo do desenho sendo pisoteado pelo elefante. Ele perguntou mil vezes, quer saber o que aconteceu com o esquilo, por que o elefante pisou (“ele era mau?!”), se ele ia ficar bem…

 

Em Lilo & Stitch ele chora quando as irmãs brigam e choram, a gente tem que consolar e mostrar que elas ficam bem.

 

Que dó 🙁 Pra gente ficar atento com o que ele vê.

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Cocoricó, por outro lado, ele ama tudo. Ou seja — tá certo quando recomendam que evitemos TV e afins pra crianças pequenas. Talvez algumas não liguem, mas acho que certas coisas não são mesmo pra idade dele.

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zap-zap

August 11, 2017 · Leave a Comment

Ontem eu não estava em casa na hora que o Otto foi dormir, o Fernando me mandou uma mensagem antes de levar ele pra cama, e ele quis mandar mensagem pra mim também <3

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vinho e namorada

August 11, 2017 · Leave a Comment

[11-ago-2015]

Otto, que completa 5 anos no final de Agosto, hoje com o Fernando no supermercado:

 

O: “papai, eu quero tomar um vinho!”

F: (!!!) “onde você viu isso, Otto?”

O: “no filme do Batman!”

O: “papai, eu quero uma namorada!”

F: (!!!) “onde você viu isso, Otto?”

O: “no homem-aranha!”

F: “e o que é uma namorada?”

O: “é uma mulher!”

Maria entra no nosso quarto, onde ele assiste desenho, pra levar um lanche. Ela para e fica vendo o que ele escolheu (*) assistir, e:

O: “eu prefiro que você saia, Maria!”

 

O_o

**

Quando foi que esse menino ficou adolescente, vocês me digam?! <o>

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(*) ele agora tá amando assistir vídeos de jogos (pessoas jogando jogos que ele gosta), e a gente tenta evitar, dizendo que é melhor ele ver filmes / desenhos. Então quando ele quer ver esses vídeos ele sutilmente nos convida a deixá-lo sozinho 😀

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adolescência aos 6

August 9, 2017 · Leave a Comment

é puxado mas a gente se diverte 🙂

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F: “Otto, o que você já comeu?”

O: “Linguiça, batata… Agora vou comer arroz e feijão. … De pensar no arroz e no feijão me dá um soooono”

Prego: “O Otto disse que quer morar sozinho!”

F: “É mesmo, Otto? Por que você quer morar sozinho?”

O: “Para não ter regras!”

 

5 minutos depois…

O: “A única regra vai ser ‘não correr na escada'”

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sobre maternidade, filhos e casamento

August 9, 2017 · Leave a Comment

Tive uma epifania louca aqui agora enquanto dirigia, sozinha, à noite, depois de ouvir diversas mulheres falando sobre ações para diminuir a desigualdade de gêneros:

Eu sempre achei que não queria ter filhos. E talvez até não quisesse mesmo, mas o fato é que eu não queria SER MÃE.

Não querer ter filhos e não querer ser mãe são coisas completamente diferentes.

Criar filhos (da sua barriga ou não) é uma coisa muito foda de incrível. É um processo de dissecar a própria humanidade, contemplar toda a complexidade do que é ser humano, começando pelas funções básicas de sobrevivência até a criação de laços intelectuais e afetivos, passando pela descoberta da linguagem. É louco, e é muito interessante.

Já ser mãe, vejamos, significa: flutuar entre a condição de puta (deu: engravidou!) e santa (pura, casta, intocável); criar seu filho sozinha ou quase pra maior parte de nós; ir trabalhar e sofrer porque não sabe como está seu filho; ficar em casa cuidando do filho e sofrer porque não tem independência financeira; ter sua sexualidade toda bagunçada porque ser mãe e gostar de sexo são coisas que parecem excludentes; engolir sapo no trabalho, ou em casa, porque não pode sustentar o filho sozinha; acumular função em cima de função para que o dia a dia meramente funcione; lidar com a frustração de ser o tambor da disciplina que bate na orelha do filho pra que ele consiga sobreviver no mundo; e finalmente, ouvir que sofre porque a culpa é sua, quem mandou ser puta e dar?

Quem em sã consciência e estando atento ao que é ser mãe na nossa sociedade quer ser mãe?!

Aí tem o pai que concilia escalar o Himalaia e cultivar plantas; enquanto isso, volte 1 parágrafo e pense na mãe.

O mais cruel é que já não tem mais a ver com classe social, ou raça, embora seja ainda mais cruel com as pobres e pretas — em que momento inventamos de criar filhos sozinhas? Que modelo estragado é esse de “núcleo familiar” papai-mamãe-e-filhinhos?

Acho que encontrei meu gatilho pra essa elucubração toda: uma das mulheres falando sobre ações sociais mencionou que “não temos mais valores familiares”, que “as famílias estão fragmentadas”.

Ela quis dizer: os pais não são casados. “70% das crianças não vivem com o pai e a mãe”.

O casamento estilo noivado, compra casa, casa, tem bebê — essa instituição hipócrita e podre, e podemos falar mais sobre isso — nos fodeu. Os homens tratam o casamento como se fosse uma prisão, e por algum motivo maluco as mulheres não perceberam que elas é que são prisioneiras.

Precisamos viver mais em grupo, em coletivos, não precisamos de mais papais-e-mamães casados. Precisamos de ajuda, de colaboração, para sermos pais e mães melhores.

Os valores não têm nada a ver com o “núcleo familiar”. Valores sustentáveis só poder vir com mais cidadania, colaboração, conviver coletivamente. Aprender a ajudar e ser ajudado.

DIVIDIR TAREFAS. Respeitar a colaboração do outro.

Não é que eu não queria ter filhos, exatamente; é que eu tinha um medo desgraçado de ser mãe.

Ainda tenho. E não é que eu seja sozinha nessa tarefa, como tantas de fato são — o Fer tá na área, e não consigo pensar em pai mais presente. Mas uma tribo de dois é simplesmente impossível. Não é uma tribo.

Precisamos voltar a ter tribos mais numerosas. Somos bilhões de micro tribos sofrendo pelo mundo, deputados por muros.

**

Acho que meu cérebro deu tilt.

 

**

Estão com paciência pra mais elucubrações?

 

Tem aqui aquela história do Otto não querer ir pra cama sozinho, e nem dormir sozinho. Ele acha que não tem sentido os pais dormirem acompanhados e ele dormir sozinho.

 

Não consigo não dar razão a ele. Por que devemos privá-lo do prazer físico de dormir com seus pais, juntos? Nós viemos todos preparados de fábrica pra buscar conexão física, emocional, aconchego, prazer.

 

Dito isso, e voltando ao tema tribo x casamento e núcleo familiar, vou mais além:

 

Será que as pessoas se casariam (no modelo papai-e-mamãe-numa-casinha) se vivêssemos numa sociedade em que o aconchego, o carinho, o dormir junto não fossem vinculados à necessidade do compromisso?

 

“Quando você casar, pode dormir com sua mulher! A mamãe é namorada do papai e dorme com ele!”

 

Todos queremos aconchego e prazer da conexão física e emocional. Se a forma de obter isso é casar… vambora né?!

 

Será que as pessoas casariam se vivêssemos em uma sociedade em que o sexo fosse simplesmente uma expressão de afeto, prazer, uma forma de conexão com qualquer pessoa, sem necessidade de “aliança”?

 

Bah, mas sexo é MUITO legal. Se o jeito de conseguir sexo frequente e de boas é casando… vambora.

 

O que deu na nossa cabeça pra inventar regras de compromisso para poder estar fisicamente juntos e próximos, com ou sem sexo?

 

Ah, você vai dizer que casar é mais que sexo. Claro que é. Mas esse “a mais” não precisa do casamento para existir. Acordos, pactos, desejos mútuos, tudo continua válido.

 

Por que o modelo noivar – casar – mudar – ter filhos, tudo super restrito ao tal núcleo familiar? “Agora somos UMA FAMÍLIA”.

 

Queria a tribo.

 

E a sociedade alternativa.

 

**

 

Mas e o silêncio, a privacidade, como ficam?

Pois. Quem dera as coisas fossem simples 🙂

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monstrinho do papai

August 9, 2017 · Leave a Comment

[8-ago-2014]

O Fernando está criando um monstro.

 

Eu gosto de trazer coisinhas pro Otto de vez em quando, quando chego da rua. Às vezes é um adesivo, um brinquedinho, um papel, um giz, algo de comer. E ele adora, claro, então vira e mexe, quando eu chego, ele além de me dar o melhor sorriso e abraço do mundo (nada se compara à carinha de feliz do filho quando a gente chega <3), ele quer saber se “eu trouxe alguma coisinha”. Às vezes tem, às vezes não, e tudo bem.

 

Hoje tinha — comprei um monte de frutas lindas que tem perto do meu trabalho, e em especial um saquinho de cerejas pra ele.

 

Cheguei, abracei, beijei, ele pergunta: “tem alguma coisinha?” e lembrei que tinha.

 

Eu, mega empolgada: “Tem! Trouxe cereja!!”

Otto, desapontadíssimo: “oba.”

(Assim, com minúscula mesmo)

Eu, -fuén-: “O que você queria?”

Otto: “M&M, tem????”

 

 

Fer: “Tem, o papai trouxe!”

 

OLHA, TECONTAR! 😛

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léxico

August 8, 2017 · Leave a Comment

[8-ago-2016]

Entender o modo de funcionamento do Otto é um desafio pra mim. É meio como encontrar um alienígena, ou alguém de alguma cultura muito louca que eu desconheço.

 

Ele pensa pra falar, e escolhe cuidadosamente o que quer dizer, o que me deixa ansiosa e exasperada às vezes — ele começa as frases e demora a terminar, ajusta palavras. Imagina você ler um livro enquanto o autor edita? É meio isso. Difícil pra mim e, imagino, pra todo mundo. Tento então mostrar pra ele que esse método não funciona, as pessoas não vão acompanhar e achar OK esse processo.

 

Hoje tivemos um momento desses. Ele me contando sobre a aula de educação física:

 

O: “… Eu saltei e pulei, e o Mr. Du nem teve que… usar as mesmas palavras… falar…”

 

Eu: “Otto, pensa primeiro o que você quer dizer, e aí diga a frase toda!”

 

(…)

 

O: “o Mr. Du nem teve que INSISTIR, mamãe, repetir várias vezes. Era o que eu queria dizer”

 

Eu: “Que bom, amor, que legal! Bom que deu certo e você se divertiu!”

 

A precisão, a palavra exata pra expressar as coisas é muito importante pra ele. Só me espanto, e penso como fazer pra ajudar esse menino a trafegar por esse mundo que pode ser tão raso, rápido, insensível às sutilezas que ele tão bem percebe.

 

❤️💔

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cochicho

August 8, 2017 · Leave a Comment

[8-ago-2014]

Lendo (e amando) pela milésima vez Morris Lessmore pro Otto, e ele nos vem com essa:

 

“… ouvia o cochichar de mil histórias diferentes…”

 

Otto: “eu não gosto que eles COCHECHICHEM!” (segundo o Fer é COCHICHUCHEM)

 

Hahahhahahahahha <3 Vou apertar ele até destruir!

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Trator não!

August 8, 2017 · Leave a Comment

[8-ago-2013]

Tá fácil o negócio aqui, vejam bem:

 

Otto: “olha mamãe, eu vim aqui ver o buraco na terra!”

(ele foi ver a construção de uma casa aqui na rua, ele AMA tratores)

Eu: “Ah é, você veio ver o trator, né?”

Otto: (indignado) “Não, mamãe! É uma RETROESCAVADEIRA, não é um trator que tira a terra!”

 

(Juro por deus. Assim, direitinho, e em letras maiúsculas, provavelmente virando os olhos, que eu não vi porque tava dirigindo)

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baby whisperer

August 7, 2017 · Leave a Comment

O bebê começa a chorar, como é normal de todos os bebês, e a Paula tentando ver o que ele tá precisando, quando Otto oferece um sábio conselho do alto dos seus 6 anos:

“Tia Paula, faz alguma coisa que ele gosta!”

😂❤️

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