[set-2015]
Hahahahahaha!
Otto: “papai, precisa desligar o ar-condicionado ou eu vou ficar com um REFRESCO”
<3
[set-2015]
Hahahahahaha!
Otto: “papai, precisa desligar o ar-condicionado ou eu vou ficar com um REFRESCO”
<3
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[set-2016]
Otto é uma criança filosófica antes de dormir e quando acorda, e hoje foi dia de questionar seres humanos x animais.
O: “Mamãe, nós NÃO somos animais”.
Eu: “Somos. Um tipo de animal, como todos os demais animais”
O: “mas não PODEMOS ser animais!”
(De onde esse menino tirou essa visão tão cristã de que humanos não são da mesma categoria que os animais, sendo que temos mais em comum que diferenças? Fui nessa linha)
Eu: “por que não? Olha como como somos parecidos: a gente come, bebe, faz cocô e xixi, temos filhotes… Só que humanos falam!”
(Não quis entrar no mérito de outros animais se comunicarem…)
O: “NÃO SOMOS IGUAIS NÃO!”
(Cacilda, ele se irritou com a ideia… Vou ter que voltar ao assunto com estratégia na próxima)
Não é louco que ele naturalmente se sinta diferente, superior, especial relação aos demais seres vivos? Não é à toa que destruímos o mundo. Somos uma espécie arrogante de nascença.
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[15-set-2013]
Otto acorda às 2 da manhã, febril, senta na cama e se segue este diálogo:
— Quero ir pra casa da tia Léa, mamãe. Posso ir?
— Agora não dá, mas eu pergunto pra ela quando podemos ir, tá?
— Ela vai gostar se eu for na casa dela?
— Vai sim, tenho certeza.
— E a tia Léa gosta de mim, mamãe?
— Ah, ela gosta MUITO. Semana que vem a gente vai encontrar com ela na tia Clecienne e você pergunta pra ela, tá?
Quase esmaguei ele de tanta fofura, Léa <3
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Pra quem não entende (ou não quer entender né? Pior tipo de burro) a importância da arte na educação das crianças e que o papel do educador não é de censor ou mero curador, mas de espelho.
Só nesta viagem, que começou há 5 dias, Otto foi exposto a:
– várias versões de Jesus torturado e sangrando
– são Sebastião crivado de flechas
– órgãos genitais variados em poses malucas (Brennand)
– mulheres e homens nus em diversos quadros
– cenas de guerra e morte variadas
– monstros variados, de diversas culturas
– peitos de todos os tipos e formatos
– uma infinidade de armas
– representação de morte e doença
– favelas, palafitas, barracos, sujeira e lixo pra todo lado
– pedintes de todas as idades e tipos
– animais abandonados e mortos na estrada
Ele faz perguntas sobre várias dessas coisas, tem pensamentos próprios a respeito, inquietações, dúvidas.
Meu papel como educadora é ajudá-lo a ver, enxergar, questionar, pensar. Ajudá-lo a passar pela experiência de sentir várias coisas que é inevitável sentir (medo, nojo, raiva, confusão, tédio, etc.), e construir sua própria experiência.
As pessoas expõem seus filhos a novelas com toda ordem de teor sexual e comportamentos humanos horríveis, programas de TV completamente inapropriados, filmes com alto grau de violência, piadas impróprias, conversas de adulto que crianças não têm maturidade pra entender, e não se preocupam em falar de forma construtiva sobre isso.
A arte é incômoda, mas ela demanda atenção e interação, o que é construtivo. A arte nos faz ficar atentos e ativos, diferente de tudo que as crianças e adolescentes consomem por osmose, sem filtro, sem apoio de interpretação.
Todos esses pais indignados com a exposição (ou qualquer tipo de arte) dialogam com seus filhos sobre os estímulos aos quais eles são sujeitos diariamente? Minha aposta é que a enorme maioria está nos extremos: ou não fala nada e deixa rolar (criando ignorantezinhos) ou filtra tudo, criando outros tipos de ignorante, mais intolerantes.
Me recuso a ficar nos extremos pra tornar minha vida mais cômoda. Educar nossos filhos também passa por lidar com a NOSSA frustração de não conseguir explicar tudo, de não saber como reponder perguntas difíceis, de nos confrontarmos com nossos limites e nossa ignorância.
Aprendo muito quando tento ensinar e sou grata por cada oportunidade que aparece de fazê-lo.
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Otto se deparou pela 1a vez com um sotaque MUITO diferente do dele, e deu tilt.
A moça falava com ele, e se via no rosto a confusão, o incômodo. Respondeu o nome, e a idade, mas disse: “eu não entendo a sua língua!”
Hahhahahahhaa!
Todo mundo rindo, porque ele não só entendeu como respondeu. Explicamos que estamos num lugar diferente e que isso é o que chamamos de sotaque. Que ela tem o sotaque deste estado (Alagoas) e ele tem o sotaque do interior do estado de SP. Pedi pra ele falar pra ela “verde”, e ele puxa bem os RR, diferente de mim por exemplo, que tenho o R mais fraco dos paulistanos.
Ele ainda não entendeu direito que sotaque diferente não significa outro idioma necessariamente, mas 2 coisas me chamaram a atenção nesse evento:
A moça disse que achava lindo o sotaque dele, e achei graça. Eu associo o sotaque do interior de SP com coisas ruins, mas suponho que pra outros lugares do Brasil o interior de SP significa outras coisas. Curioso 🙂
Meio que é outra língua, não? Mesmo que seja tudo português, é outro português, às vezes. Tem horas que é incompreensível sim.
Observar crianças aprendendo as coisas pela primeira vez é maravilhoso. Aprendo e descubro junto <3
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[10-set-2013]
“Eu quero aquela história do que passa DESPERCEBIDO, mamãe!” — Otto, 3 anos.
WHAT?!
**
Otto sendo chamado pra jantar hoje — sai correndo pra cozinha gritando “AI QUE DELÍCIA!”
hahahhahahaha <3
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Otto viu um moço pescando na praia e quis ir lá conversar, puxou papo, fez muitas perguntas sobre pescaria e falou o nome dele, que queria pescar também, e por que pescar à noite? uma infinidade de questões.
Na hora de ir embora, deu tchau, e soltou “olha, foi muito legal conhecer vocês!”
O moço riu, e falou “nossa, como ele é comunicativo, né?!”
Eu ri, meio de nervoso meio de feliz, porque ele é comunicativo sim, mas MUITO SELETIVO né.
Agora ele quer pescar, segura essa, meodeos.
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