Hahahhahahhaha a modéstia não é o forte dele…
Nayla: “e de onde você tirou essa ideia?”
Otto: “foi uma ideia brilhante do meu cérebro!”
Hahahhahahhaha a modéstia não é o forte dele…
Nayla: “e de onde você tirou essa ideia?”
Otto: “foi uma ideia brilhante do meu cérebro!”
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Começando a segunda-feira filosoficamente:
Saio do banho pelada, agorinha, pra me vestir, e o Otto está na minha cama vendo TV. Vou lá dá um beijo e abraço, ele me abraça, beija e faz carinho no meu peito.
Vou lá vestir a roupa, ele pergunta:
O: “Mamãe, é gostoso ter peito grande?”
Eu: (vixe) “Olha, Otto… é muito pesado. Eu preferia ter peito menor, viu?”
O: “mas mamãe — você está feliz; se você está feliz é porque é gostoso.”
Não serei eu a discordar de tamanha sabedoria.
Boa semana 😘
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Todo dia uma liçãozinha discreta.
Otto no banheiro, me chama: “Mamãe, só restou esse pedacinho aqui, ó!” — e me mostra um pedaço pequeno de papel.
(É, eu sei, o vocabulário, as construções. Ele é uma alma velha, dizem)
Abro a gaveta onde costumo colocar papel pra repor, não acho, fico puta e vou pro outro banheiro pegar mais, reclamando.
“Mas mamãe, olha naquela gaveta ali…”
Eu interrompo — “Otto, eu sei onde fica o papel! Escuta sua mãe, vai!”
Pego papel, reponho, resolvo, ele entra no banho.
Mas fiquei meio assim; que jeito de falar com a criança, né? Antes de sair (e deixar ele criar o castelo da Elsa) eu fui olhar a gaveta que ele indicou.
Uma nota, maestro Zezinho.
Tava lá.
“Otto, escuta: você tinha razão. O papel estava exatamente onde você disse e eu não te ouvi. Me desculpa, viu?”
— “Tudo bem, mamãe!”
Foi aí que eu achei que era OK deixar ele tomar banho sozinho (leia post anterior).
Foi vingança, será?!
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Aí você acha que 7 anos já dá pra criança grande tomar banho sozinha com POUCAS instruções e sem desastres, e deixa no banho depois de ver que o cabelo foi lavado minimamente.
Aí você volta 10min depois e a criança pegou todo shampoo + a esponja de banho e o box parece o castelo da Elsa.
E o shampoo (aquele que deve ser feito de saliva de unicórnio, de tão caro) acabou.
LET IT GOOO!!!!!
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Olha, muita terapia pra eu lidar com meu filho que odeia escola. Não só porque é uma frustração sem fim pra mim (EU AMAVA ESCOLA. Amava.) mas principalmente porque acontecem debates que me balançam — nunca é birra pura e simples. É DR com toques de filosofia profunda.
(Meu filho poderia ser filósofo das antigas, daqueles que amavam lógica e eram meio de humanas)
“Mamãe, por que você trabalha o dia todo e a semana toda?”
“Mamãe, por que a gente tem que estudar e trabalhar 5 dias e fazer coisas que a gente mais gosta só 2 dias?”
“Mamãe, por que eu preciso aprender na escola?”
E aí vamos.
Eu falo que gosto de trabalhar, e gosto mesmo. Gosto muito. Mas seria legal sim trabalhar menos. Seria ótimo. E acho que seria inclusive mais produtiva.
A semana “útil” não precisava ser de 5 dias. O tempo de trabalho podia ser mais curto e mais proveitoso.
A escola podia ser diferente, mais divertida, mais aberta pra diferentes estilos de aprendizado. Crianças são curiosas e aprendem fácil. Como conseguimos estragar esse interesse logo nos primeiros anos?!
Enfim. Muita terapia, pessoal.
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[nov-2016]
Otto e suas perguntas lindas:
“Mamãe, por que as palavras são escritas daqui [esquerda] pra lá [direita]?”
Disse que não sabia, mas que no nosso idioma é assim, mas outros como o japonês e árabe eram ao contrário.
Aqui um pouco sobre o assunto, pra quem tiver curiosidade <3
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[nov-2016]
Estávamos em silêncio comendo, e ele começa:
O: “Papai, o que é o seu trabalho?”
Fernando: “nossa que pergunta legal, Otto! Eu entrevisto pessoas sobre alguns assuntos e faço um resumo pra outras pessoas sobre o que elas pensam.”
O: “eu não quero trabalhar. Trabalhar é chato!”
(Tão novo, tão acordado)
Eu: “por que você acha chato? Você já trabalhou?”
O: “eu fiz um trabalho na escola e não gostei, achei chato”
(Só porque você está atento, meu querido. I feel your pain)
Eu: “que parte foi chata? Conta mais?”
O: “sabe, eu só brinco com os amigos pra você ficar feliz Papai, porque eu não gosto de brincar com eles”
(Podiam ter arrancado meu coração batendo nessa hora e tava OK, ia doer menos)
Eu: “ô meu amor, a gente é feliz com você de qualquer forma. Você não precisa tentar fazer a gente feliz tá?
Mas me diz qual é o problema com os amigos — por que você não gostou de brincar e fazer o trabalho?”
O: “eu não gosto do LF. Ele não ouve a prof, não faz as coisas que precisa fazer e faz bagunça”
(Meu filho, bem vindo ao mundo. Lamento que você tenha vindo pra organizar e não pra bagunçar. Sua vida será difícil)
Eu: “ele é uma criança, meu amor. Ele tá aprendendo — ele vai aprender a seguir as regras e fazer as coisas junto. É questão de tempo, tem que ter paciência”
(Ou não, né. Tá aí um monte de mané que só faz merda, mas o menino já tá desanimado o suficiente e não precisa de mais realidade na vida)
**
Não lembro como a conversa terminou. Sei que morri um pouco com a seriedade e clareza dele sobre o que incomoda. Eu me senti assim várias vezes em relação às pessoas de forma geral (em especial na escola, já na pós graduação), mas eu tinha 30 fucking anos. O menino tem SEIS.
Me dá uma tristeza enorme ele observar o mundo desde ângulo, e não se encaixar.
Uma professora Waldorf, quando ele estava com 2 anos, nos falou “esse menino é muito pequeno pra ser tão ‘acordado’,” como eles falam. Acordado = entendendo o mundo como ele é, sem a lente da infância. Ele não sente / se comporta como uma criança pequena que é.
Espero de coração que ele encontre sua criança interna com os anos 💔
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[nov-2015]
Esse dia chegou e me pegou despreparada (mas não mudaria a resposta). Otto começou a negociar presentes de Natal, falei que ele podia fazer uma lista e a gente ia ver como ficava.
Otto: “mamãe, eu vou pedir os mecanimais pro Papai Noel! Será que ele traz?”
Eu: “acho que sim, amor, quer fazer uma cartinha e a mamãe manda?”
Otto: “quero. Mas, mamãe: o Papai Noel existe DE VERDADE?”
(!!!! PQP, e agora?!)
Eu: “não, Otto, ele é um personagem.”
Otto: (… pensou uns segundos) “tá bom; eu vou fazer a lista do que eu quero e a gente manda!”
**
Nunca mentimos pra ele sobre a existência de seres imaginários, não ia começar agora. Super incentivo a imaginação e brincamos com saci, curupira, superman, coelho da Páscoa e, bem, Papai Noel. Ele parece lidar bem com a existência fictícia de todos eles, se diverte e entra no jogo.
Mas me impressionou a especificidade da pergunta: ele existe de verdade? É diferente de “existe papai noel”. Acho que de alguma forma ele já sabia que ele existe, mas não como uma pessoa, é uma ideia, uma fantasia.
Esse menino é bem louco.
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[nov-2013]
Eu: “Otto, quer comer uma coisinha antes de ir pra casa?”
Otto: “Ahhhh… Eu gosto de comer uma coisinha, sim!”
Hahhahahhahaha <3
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[nov-2016]
Numa conversa comigo hoje sobre o tempo (minutos, horas, dias), Otto mencionou que ia demorar “1000 anos” pra fazer alguma coisa, e…
Eu: “Ih, a gente não vive tanto tempo! Só os jequitibás e outras árvores vivem tanto”
O: “mas então o que acontece com a gente?”
(Ops)
Eu: “a gente morre, vira outra coisa. Tipo constelação, lembra dos pais do Homem da Lua?”
O: “ah, eu vou ficar pra sempre! Eu e meus ajudantes!”
(Hahhahahaha, fodam-se os pais e todos os demais)
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