Otto tem a história de fala mais esquisita que eu já vi. A gente tinha uma expectativa enorme dele falar, e ele até 1 ano e 8 meses falava só papá, mamã, ága, e olhe lá.
Eis que no meio de uma viagem bem louca na Escandinávia, esperando um barco, Otto fala — “pé”. Zero bebezês, foi pé mesmo. Estranhamos, perguntamos “o que você disse, Otto?”
Otto, com cara de “nossa que gente burra!” (sério), levanta o pé e diz “PÉ!”.
Gente, ele disse PÉ ❤️
Até aí tudo bem. Só que em 2 semanas depois desse dia ele formava frases completas, com flexões verbais complexas. A pronúncia, as palavras, ainda eram de bebê, mas a construção das frases não era só perfeita, era sofisticada mesmo.
Pouco tempo depois ele começou a contar, e falar as letras todas, e quando entrou na escola Waldorf com 2 anos foi um drama, levamos bronca porque ele era “muito acordado”, segundo a psicóloga.
Belzebu-menino (como chamávamos) ou espírito velho (como diz minha Mami Vera), você escolhe. O que eu sei é que é uma figura, e quando chega o mês de agosto eu lembro das histórias de cada ano.
O menino faz 10 anos, não consigo acreditar.
❤️