A cabeça da gente é uma coisa doida, né? Há 1000 anos eu faço isso mas hoje questões me ocorreram…
Toda vez que compro cebolinha com raiz eu reaproveito — uso a parte verde e coloco a raiz na água. A cebolinha cresce de novo e continuo usando até não funcionar mais (acho que a raiz fica meio nojenta demais e eu planto no quintal).
Hoje fazendo meus ovinhos de café da manhã fui lá pegar a cebolinha do vaso e pensei:
“E se a cebolinha for senciente e o que eu estou fazendo aqui é tortura? Já pensou ela lá, crescendo, achando que sobreviveu e eu vou lá e corto ela de novo?!”
Cortei assim mesmo, mas a ideia foi meio pesada.
Aí decido compartilhar minha ideia na mesa do café, com os meninos. Fernando quando entendeu pra onde a conversa tava indo fez um sinal silencioso de PARE IMEDIATAMENTE mas era tarde.
O: “o que é senciente?”
Eu: “um ser que tem consciência”
O: “… mamãe, NÃO. Não vamos falar sobre isso nunca mais, por favor.”
Fer: (silenciosamente) “eu te disse, eu te disse”
Eu: “mas Otto, e se as folhas forem só O CABELO da cebolinha?”
O: “NÃO.”
Ok, não se pode nem filosofar mais nessa casa, afe.