[nov/2023]
Da série “pais que jamais serão levados a sério”, cc Fernando.
A rotina aqui de segunda a sexta é sempre assim: levantamos 6:50, eu vou pro banho e o Fer tem a tarefa inglória de acordar e arrumar o Otto pro café da manhã. Comemos, e às 7:40 levo o Otto pra escola, depois vou pro trabalho.
Simples, se o Otto acordasse, quisesse colocar a roupa, concordasse em sentar pra comer, entrasse no carro e ficasse na escola numa boa. Alguns dias todos os passos dão certo (raro), alguns dias todos dão errado (mais frequente do que gostaríamos) e tem os outros dias todos.
Hoje o Fer foi acordar o Otto, e no meio da resistência de sempre ele simplesmente fugiu da cama, chorando, e foi pro meio da casa (e o Fer atrás) — “eu quero dormir!!!”.
Olhou em volta com carinha de perdido e perguntou pro Fer “onde eu tava dormindo?!”, “ali naquele quarto, Otto”. Resmungando, ele voltou pro quarto e se enterrou na cama, carinha escondida no travesseiro.
Foi nessa hora que o Fer foi conversar comigo no chuveiro, num misto de riso e pena, pra avisar: “ele não vai pra escola, tá? :D”
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Saí do banho e fui deitar junto com os 2 um pouco antes de sair. Eu sei que a rotina é importante, e que ele devia ir pra escola (quanto mais abrimos exceção, pior fica o esquema). Mas o sorriso dele quando eu deitei ali juntinho e ele me abraçou, aquele corpinho gordinho e gostoso…
Segunda a gente tenta de novo, vai.