fabricando

Essa história é do ano novo de 2013, quando Otto achava que os fogos eram pra ele ❤️

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Otto desmaiou cedo, depois do dia na piscina. Mas meia-noite não teve jeito: acordou com rojões, o Fer foi lá acalmar, mas ele quis ir ver os fogos, e foi, achou bonito até que o barulho ficou demais e quis voltar pro quarto.

Deitei com ele, e os rojões continuaram. Expliquei “é o ano novo. Que barulhão né?”. Ele pensou um pouco, levantou as mãozinhas pro alto, espalmadas, e gritou: “oba! E vai ter bolo pra mim?”

Claro que vai, meu amor. Se depender de mim, você faz aniversário todo dia, com bolo e parabéns. <3

Que em 2014 a gente também ache que todos os fogos de artifício são pra nós, com direito a bolo!

[dez 2014]

Hoje à tarde o Otto estava insuportável, e pra resumir cortamos o desenho (que ele adora), até amanhã, pra ele repensar o comportamento.

Depois do jantar, o diálogo:

Otto: “vem assistir desenho comigo?”
Nós: “Otto, não mais tem desenho hoje, lembra? Você não foi legal, então por hoje não tem mais”
Otto: “eu sei, mas vamos assistir o desenho que eu vou desenhar!”

Foi lá comigo, pegou papel e caneta, e começou a desenhar uma história. Não sugerimos nada, foi a 1a vez que isso aconteceu. Ele achou lá na cabecinha dele uma alternativa ao desenho do iPad e executou por conta própria. Achei lindo <3

[dez 2013]

sei que tem quem curta muito bebês (não é meu caso), e talvez ache estranho o que vou dizer, mas quanto mais o otto cresce mais legal fica e mais eu amo esse ogrinho.

já disse uma vez que o amor não-verbal dos nossos filhos, o contato físico, é uma das coisas mais lindas e intensas que já senti. mas confesso, analítica que sou, que o domínio da fala pela criança é um marco excepcional, que muito me toca e faz feliz.

hoje, por exemplo, eu disse pra ele “te amo, gatão!” e ele respondeu “e você é uma mamãe muito especial pra mim!”.

tem como não derreter numa poça de purpurina e morrer de amor?

<3