[jan 2017]
Otto ficou com muito medo do sirizão malvado de Moana, e muito tenso no inimigo final, mas de resto achei que lidou bem. Houve uma morte, mas foi bem poética. Ele sacou que ia acontecer, falou “ih, morreu!”, e ficou por isso mesmo.
Ele quis saber “por que existem monstros?” e expliquei que as histórias que têm mocinhos sempre têm vilões. Não existe herói sem vilão (oi, Unbreakable!). “Mas eu preferia essa história sem vilões.”
Agora à noite antes de dormir (como sempre…) ele retomou as coisas do dia e começou a fazer perguntas. Sobre vilões, e sobre a morte. Ele não se conforma que vai morrer, e chorou, chorou.
Já explicamos que demora, que tudo se transforma (preciso trabalhar mais nessa ideia com ele), mas estou com o coração minúsculo dele sofrer com isso.
Em algum momento da vida a gente deixa escondida no canto a ideia da própria morte, suponho. E ela volta com toda força quando nos tornamos pais (é um medo descomunal. Depois a gente coloca no canto de novo).
Vou lá deitar com ele e abraçar bem muito, pra ele saber que mesmo com a morte ali à espreita tem um monte de amor, e tem a vida. Aiai.