eu sou do tipo de pessoa que odeia festa infantil. bexiga (ou balão, como queiram)? detesto. sempre tem um espírito de porco que estoura as bexigas e as crianças choram (e eu também). bolo cheio de cobertura e recheio? odeio. familiares indesejados e seus agregados? sem comentários. crianças gritando, derrubando comida e mexendo nas suas coisas? argh. música de festa infantil? meus tampões, please. festa em buffet? cafona, comida gordurenta, impessoal, abomino.
sou seja: coitado do otto, ou coitada de mim. um de nós sofrerá muito nos próximos anos, a menos que encontre alternativas pra esse inferno na terra que são as festas infantis.
desconfio que enquanto ele for pequeno e não puder escolher as coisas estarão OK pra mim, e ele vai se divertir. mas morro de medo de quando ele crescer e eu tiver que convidar pais potencialmente chatos e ceder pra que ele seja feliz na festa, afinal, a festa é dele e não minha.
mas enquanto esse dia não chega, farei a festa do meu jeito, até porque pelo menos neste primeiro ano a festa é definitivamente para os pais e não para o bebê, que não está entendendo nada.
por isso mesmo não gosto da idéia de festa infantil de 1 ano, já que pra fazê-lo feliz tudo o que temos que fazer é não mudar a rotina dele. já que mudaremos a rotina, quero que o grupo de convidados seja mínimo, com o mínimo de bagunça na vidinha dele.
farei então um almoço só pros muito chegados, um bolo divertido e brigadeiros le chef gatô (que nós merecemos :D).
demos sorte, e o aniversário do otto cai num sábado, então farei uma bela feijoada! resolvi fazer um bolo arco-íris, que achei lindo, e é só. chamarei as avós pra me ajudar na preparação, pois minha mãe já quer fazer o bolo, é claro 😀 e as pessoas mais próximas de nós e do otto. vamos tirar fotos e filmar, pra mostrar pra ele quando for maior.
não farei decoração de festa nenhuma, mas não sou contra: sei que a tia paula e tia denize vão querer aprontar alguma coisa, e tá tudo bem. e vou pedir toda parcimônia do mundo pras pessoas convidadas, pra evitar presentes demais e coisas caras. e vou aproveitar a ocasião pra já começar uma prática que considero essencial: fazer uma reciclagem dos brinquedos dele. tudo aquilo que ele não usa ou não liga, vou doar.
e quando ele crescer, vou fazer como minha mãe fazia: pedir que ele próprio me ajude a escolher os brinquedos que serão doados pra outras crianças, e levá-lo a uma creche para doá-los. quero que ele possa sentir, como eu senti, a satisfação de ver outras crianças felizes com os brinquedos que eu não usava mais.
em outras palavras: não quero aniversário-mega-evento. não quero que ele acostume com esse tipo de festa, quero que ele valorize mais a companhia das pessoas que vêm dar os parabéns do que o evento em si. porque afinal, é isso que importa na vida: os amigos, a família que vêm nos dar um abraço e lembram de nós, e não a festa ou os presentes.
19 responses so far ↓
Clara Machado // August 1, 2011 at 5:04 pm |
Ai Zel,
Não tenho filhos, só sobrinhos adolescentes e agora um que está para nascer…
Super torço para que a minha cunhada tenha 1/10 do seu discernimento para que meu sobrinho saiba dar valor as coisas que valham a pena.
Espero que ela leia o seu blog e tire bons aprendizados das suas palavras.
Beijos e parabéns pelo primeiro aniversário do Otto.
Clara
zel // August 2, 2011 at 2:22 pm |
obrigada, clara 🙂 eu também queria que todos dessem valor às coisas, insisto muito nisso, porque hoje em dia quase todo mundo pode comprar tudo, né? muito foco em TER e não em SER. não gosto.
beijo!
criss // August 2, 2011 at 11:59 pm |
Puxa faz tempo que não comento, mas tenho seguido 🙂
Eu nunca dei festa em buffet, apesar de ir ido a várias, e sei que custam uns 3000 reais se for pouca gente, imagine muitas, fora as famigeradas lembrancinhas que em muitos casos constragem os pais que fazem o cálculo de quanto gastaram no presente dado ao aniversariante e depois veem o filho receber algo caro.
E ai sobra a casa. Eu fiz aniversário pra Clara em casa com 1, 5 e 6 anos, o último foi numa lanchonete. Para a Anna eu sempre aproveitei a hora do lanche da escola, levei o bolo, as tias enchem bexigas, canta-se parabéns e só. Em casa eu ponho outro bolo pros avós e nós cantarmos e comermos em paz.
É muito dinheiro. Muita preocupação da minha parte em agradar, muita ansiedade, eu passo a bola pros experts, eu não sou.
Seja como for a festa do Otto vai ser um grande sucesso pois ele vai estar rodeado de quem o ama, não precisa ter castelo de isopor, arco de bexigas, música alta, só vocês.
zel // August 4, 2011 at 9:05 am |
pois é, criss, tem cabimento gastar esse $$ numa festa de criança? não entendo. bom, mas também não entendo gastar rios de dinheiro em casamento, então…
a idéia é fazer como sempre faço: reunir os mais próximos, oferecer uma comida legal, papo bom, música que a gente gosta, e ser feliz juntos. beijos!
Nuna // August 3, 2011 at 10:26 pm |
Eu também abomino festa em buffet, passo mal…mas a verdade é que as crianças se divertem, então quando tem dos amiguinhos eu faço um esforço e levo.Eu fazia festão na casa da minha sogra, mas agora não dá mais. Faço em casa pros amigos mais chegados e parentes, e faço na escola, mando bolo, suco e lembrancinha que eu mesma elaboro.
Neste ano levei a Marina e 4 amigas numa casa de chá, no ano passado 3 dormiram aqui, viram DVD e no dia seguinte fomos tomar café da manhã no Velhão. A cada ano eu apresento algumas opções e ela e as amiguinhas acham super divertido.
A Marina já está esperta, eu pergunto vc prefere uma festa de 4 horas ou um final de semana na praia, e ela nem pensa, já sabe dos gastos e do que vale mais a pena.
O Theo a gente só faz almoço família, bolinho, docinhos e parabéns e ele adoooora!
Tenho certeza que o Otto vai adorar o que vcs fizerem, pois será sempre uma demonstração de carinho cheia de alegria!
Ah algumas das únicas músicas de criança que eu acho interessante é do grupo Palavra Cantada, já ouviu?
http://www.youtube.com/watch?v=ltrFN0bnncE&feature=related
e as mais legais são “Ciranda”, “Fome Come” e a da “Sopa” que é a dos nenês…
Quanto aos brinquedos eles já estão acostumados à separar todo ano o que não brincam mais e dar no Natal para crianças carentes.
Me desculpe escrever tanto, mas é que adoro “conversar” com vc 🙂
zel // August 4, 2011 at 9:07 am |
não tenho nada do palavra cantada, mas preciso comprar, afinal ele vai curtir logo logo 🙂 por enquanto, ele ouve a música que a gente ouve!
acho muito legal doar brinquedos que não são mais usados, parabéns! minha mãe fazia isso quando éramos crianças, e eu achava super legal. dava muito prazer ver outras crianças felizes 🙂
pode falar quanto quiser, a casa é sua! beijão.
Êmili // August 4, 2011 at 8:14 am |
Putz, concordo em gênero, número e grau. ODEIO festa de criança, e a briga aqui em casa tá grande por causa desse tema. Tava inclinada a fazer um bolinho aqui em casa e cantar parabéns (e só), mas acho que até isso já to desistindo. To pensando mesmo em pegar o menino do dia do aniversário e descer pra praia..kkk
Bj
zel // August 4, 2011 at 9:08 am |
é uma ótima idéia! só não vou fazer isso porque viajar com o otto ainda é super-chato. quando ele for maior com certeza faremos aniversários-viagem.
por outro lado, eu gosto de receber os amigos pro meu aniversário, adoro a energia boa que recebo com os abraços, telefonemas, beijos, etc. quero poder proporcionar isso pra ele também 🙂
Dani // August 6, 2011 at 3:55 am |
Por aqui temos visto as festinhas em casa ou em lugares abertos (piquenique no parque é gostoso pra quem não tem um quintal de casa) fazerem sucesso e serem consideradas “muito originais” pelos convidados/pais de convidados. O simples anda tão esquecido que encanta, vê só.
Elas não são imunes às pressões pelo aniversário-padrão-“temas”-bufês, óbvio, e temos que ter paciência e lábia pra mostrar o outro lado sempre (como temos que ter com todo o resto, nós os pais fora do mainstream), mas no final dá certo.
beijo enorme e saudade enorme (do menino que pelas fotos está enorme inclusive 😉
zel // August 8, 2011 at 2:43 pm |
fico imaginando que desgosto os filhos começarem a imitar os gostos estragados da galera desse mundo 😀 mas com sorte a gente convence eles que simples é sempre melhor, mais gostoso.
tamos com saudade aqui também, e o menino tá um meninão 🙂
Mariangela // August 6, 2011 at 7:52 am |
Zel,quando ele for a escolinha nem se preocupe em ter que convidar os pais dos coleguinhas para as festinhas onde quer que seja porque isto não rola mais. Os convites são sempre direcionados as crianças e a função dos pais é levar e buscar os filhos depois da festa,e deu prá bola.Ao menos no sul é assim que acontece,e não é falta de educação,todos fazem assim.Não faz sentido chamar pais e mães com quem não compartilhamos nada.Os adultos presentes geralmente são os da família,ou amigos nossos,etc,mas a turma da criança são apenas os amigos da escola.Beijo prá ti!!
zel // August 8, 2011 at 2:44 pm |
já me animou… festa na escola eu acho legal, a criança comemora com os amiguinhos que vê todo dia, faz mais sentido. e nos livra de conviver com pais nada a ver 😀
Cristine // August 7, 2011 at 4:43 pm |
Concordo totalmente com você, Zel; aqui sempre fizemos festinhas simples para as meninas, em casa e com pouca gente, só a família mesmo. Eu mesma fazia o bolo, docinhos e enfeitinhos da festa. Como elas adoravam os personagens da Disney, eu desenhava e pintava cartazes, bonecos de cartolina para enfeitar a mesa, e elas brincavam com os bonecos depois. Aliás, gostavam também de acompanhar todo o processo, e mais tarde adoravam ajudar a enrolar brigadeiros.
Como disse a Dani aí em cima, o simples anda tão esquecido que encanta.
Beijos, e uma ótima comemoração do aniversário do Otto, com quem realmente importa!
zel // August 8, 2011 at 2:45 pm |
eu acho tão mais legal… não vejo a hora dele entender mais, pra poder participar da elaboração da festa com família e amigos, como parte da comemoração. eu adorava quando era criança!
beijo.
Cristiane Yumi Suzuki // August 8, 2011 at 8:28 pm |
Como passa rápido, Zel! Um aninho!!!
Eu não sou mãe e detesto ficar dando pitaco em assunto maternidade, mas queria muito que as mães tivessem um cadinho só da sua sensatez e sabedoria…
Beijinhos, Cris Yumi
zel // August 9, 2011 at 8:59 am |
ô querida, obrigada. quisera eu me sentir assim tão sábia! hahahahaha. tenho cá minhas crenças, vou fazer o melhor que puder, e no fim é só o que podemos fazer né 🙂
beijo.
Carolina // September 2, 2011 at 4:28 pm |
Seu post veio como água no meu deserto! Tenho uma princesinha que esta com 11 meses e um monte de cobranças dos amigos e famíliares sobre a festinha de 1 ano dela!!! Mas que gente que gosta de cobrar dos outros não é?! Minha resposta é sempre a mesma: “Se for pra fazer uma festança, será pros outros e não pra ela, porque é novinha e não entende!!! Vou fazer um bolinho pra família, e “só”‘. E depois disso, olhares discriminatórios. Mas parece que sou uma lutadora solitária!!! Ufaa … eu não sou a única que nado na contramão! rsrsrsrs …
Abçs!
zel // September 2, 2011 at 4:32 pm |
hehehehehe! não é mesmo. eu acho que na medida do possível tem que privilegiar o que é melhor pro bebê. e convenhamos, barulho e gentarada não tem bebê dessa idade que curta né?
e aboli as MALDITAS BEXIGAS 😀
beijo e parabéns pra pequenina.
Priscilla Bezerra // November 26, 2012 at 3:42 pm |
Amei!!! Me identifiquei totalmente com este texto. Desde o início da gestação eu tenho escutado da minha mãe, cunhada e algumas amigas sobre a festa de 1 ano da minha Joana que, a saber, ainda nem nasceu, estamos de 41 semanas. Devido às “cobranças” ou fantasias destes anteriormente citados, já deixei claro para meu companheiro que não quero nada dessas coisas de festa de criança e, se por acaso, resolvermos organizar uma comemoração, nada mais justo que esta seja para nós os pais. Não pensei em feijoada pq minha filha nascerá ao final de nov. ou início de dez. e faz muito calor nesta época, mas, um almoço não será nada mal. Concordo que festas infantis são chatas, ficamos numa tensão o tempo todo, elas correm, caem, brigam, disputam em brincadeiras chatas oferecidas pelos buffets, fora que esse negócio de festa contratada, além de impessoal ainda tem hora marcada para começar e terminar, odeio isso!. Então, o que fazemos de mais íntimo e simples para comemorar a vida é a melhor opção. Adotarei esta postura também.
Abraços.
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