Chegou de novo Agosto, aquele mês que nunca significou nada pra mim (nem sorte nem azar, até porque não acredito em nenhum deles), até 2010.
Em 2010 Agosto se tornou o mês mais importante do ano, um mês de ruptura física e emocional, marco eterno que redefiniu em mim o significado de antes/depois.
Tempo das jabuticabeiras cheias, dos dias nem frios nem quentes, mas às vezes ambos no mesmo dia; mês de despedida do meu amado inverno, com sentimentos controversos porque afinal quem não ama a primavera?; mês de espera e ansiedade, de uma calma e pausa que nunca fizeram parte de mim.
Eu morri um pouco naquele 27 de agosto. Uma parte de mim, importante, morreu, se foi, sublimou feito fênix e nasceu outra. Não foi um nascimento bonito, orgânico, a-dor-dá-criação, não. Foi sangue, medo, pavor, horror, pânico, ansiedade. Agosto foi composto de 26 dias de amorosa espera e 5 intermináveis dias de medo.
Mas chegou Setembro, como sempre chega, e com ele uma nova vida — literal e figurativa. Esperança e medo, tudo junto, é o que sinto todo mês de Agosto. Medo do desconhecido, do que não queremos nomear; esperança que não sei de onde vem, mas brota feito nascente teimosa, e escorre.
Todo dia 1o é lindo, é mágico, mas 1o de Agosto pra mim é uma celebração pessoal do horror e magia da vida.
Que nosso mês seja suave.
O primeiro dia do resto…
August 1, 2016 · Leave a Comment
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