fabricando

O primeiro dia do resto…

August 1, 2016 · Leave a Comment

Chegou de novo Agosto, aquele mês que nunca significou nada pra mim (nem sorte nem azar, até porque não acredito em nenhum deles), até 2010.
Em 2010 Agosto se tornou o mês mais importante do ano, um mês de ruptura física e emocional, marco eterno que redefiniu em mim o significado de antes/depois.
Tempo das jabuticabeiras cheias, dos dias nem frios nem quentes, mas às vezes ambos no mesmo dia; mês de despedida do meu amado inverno, com sentimentos controversos porque afinal quem não ama a primavera?; mês de espera e ansiedade, de uma calma e pausa que nunca fizeram parte de mim.
Eu morri um pouco naquele 27 de agosto. Uma parte de mim, importante, morreu, se foi, sublimou feito fênix e nasceu outra. Não foi um nascimento bonito, orgânico, a-dor-dá-criação, não. Foi sangue, medo, pavor, horror, pânico, ansiedade. Agosto foi composto de 26 dias de amorosa espera e 5 intermináveis dias de medo.
Mas chegou Setembro, como sempre chega, e com ele uma nova vida — literal e figurativa. Esperança e medo, tudo junto, é o que sinto todo mês de Agosto. Medo do desconhecido, do que não queremos nomear; esperança que não sei de onde vem, mas brota feito nascente teimosa, e escorre.
Todo dia 1o é lindo, é mágico, mas 1o de Agosto pra mim é uma celebração pessoal do horror e magia da vida.
Que nosso mês seja suave.

Categories: Uncategorized