como vocês devem imaginar, nós ansiávamos muito pela chegada dele em casa, depois de 8 dias de UTI. o desejo de pegar o bebê no colo e fazer carinho nele, dar banho, essas coisas simples era enorme. mal pudemos acreditar quando ele foi liberado!
foi incrível poder pegá-lo no colo, sentir o calor do seu corpinho, conhecer melhor sua personalidade, o que ele gosta e não gosta.
o otto foi um anjo na primeira semana (segunda semana de vida dele), só deu um pouco de trabalho pra dormir, porque é muito agitado. mas pegamos o jeito, e conseguimos fazer ele dormir numa boa usando as dicas do livro que comentei aqui. sozinhos, no fim de semana, demos banho nele e trocamos a fralda pela primeira vez na nossa vida (nem eu nem o fer tínhamos sequer pego um recém-nascido no colo até então!), conseguimos cuidar dele e fazê-lo ficar confortável.
nas semanas seguintes as coisas ficariam menos simples — ele começou a ter chilique numa determinada hora do dia, dor de barriga de vez em quando, e muita dificuldade pra dormir. mas a felicidade por ele estar bem e em casa superou as dificuldades, a falta de sono e o stress.
mesmo antes dele nascer, decidimos mantê-lo dormindo na nossa cama (num bercinho de recém-nascido), pra facilitar a função da madrugada. tenho muito sono das 22h-7h e seria sofrido ter que levantar pra amamentar. além disso, teríamos que lidar com a pretinha andando no meio dos nossos pés no meio da noite. morro de medo de pisar nela sem querer, então ficar dentro do quarto é o mais prático até que ele complete 3 meses.
por mais que seja uma situação completamente nova e às vezes difícil (adivinhar ou aprender o que o bebê quer/precisa não é simples!), a sensação de conseguir é maravilhosa. estamos nos conhecendo, aos poucos, e nos apaixonando cada vez mais pelo pequeno. cada pequena coisa que ele aprende e faz nos deixa babando. cada sorrisinho, carinha diferente e barulhinho que ele faz é como um prêmio pra nós. ver o bebê diferente a cada semana, às vezes até a cada dia, dá uma satisfação enorme.
o bebê é uma nova pessoa na vida da gente, alguém que estamos aprendendo a conhecer e a amar, a cada dia. mas por mais que seja apaixonante e lindo e fofo, não é moleza não. tem todo o lado B que é preciso conhecer e se preparar pra enfrentar…
3 responses so far ↓
Raquel Marques // October 25, 2010 at 9:07 am |
Filho é muito muito muito bom.
Porque se não fosse, como você disse, abandonaríamos às feras. Porque dá trabalho demais. E por tempo demais.
Mario Prata tem uma frase que eu amo:
Filho é bom mas dura muito.
O fato é que depois sempre dá saudades. Humanos, estes eternos insatisfeitos.
bjs
Guga // October 25, 2010 at 7:43 pm |
Ah, o amor… =)
#coisalinda
::Fer:: // October 26, 2010 at 8:24 am |
Eu lembro exatamente da sensação estranha de “como posso não conhecer essa pessoa que passou nove meses grudada comigo?”. E do estranhamento de perceber como eles realmente nascem com seu próprio jeito, manias, quereres.
Hoje, quase 10 anos depois, ainda me pego surpresa (e orgulhosa!) com as mudanças da filha de um dia pro outro. Aventura sem volta.
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