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diário do otto: 1 ano e 8 meses

May 10, 2012 · 3 Comments

otto,

você completou 20 meses imediatamente após a volta da sua primeira viagem internacional, e foram muitas novidades em pouco tempo. viajamos de avião por 15h (com intervalo em frankfurt), andamos de trem, ônibus, metrô, barco, a pé, dormimos em 8 hotéis diferentes, comemos em vários restaurantes, você experimentou um monte de comidas novas e se adaptou muito melhor do que eu esperava.

passamos praticamente este mês todo viajando, conhecendo lugares e pessoas novas, e você se mostrou quase sempre simpático e bem humorado. em compensação, quando o humor azedava… aiaiai. suponho que o temperamento “fácil” do papai e da mamãe foram transmitidos pra você também, não? 🙂 não tivemos problema com fuso horário e nem com seu sono. em compensação, você gripou (eu também!) e ficamos os dois cansados e reclamões. o papai, felizmente, não adoeceu e nos aturou neste período.

você começou a ficar mais mandão e cheio de vontades, quer fazer tudo do seu jeito. o que é compreensível, afinal está na idade de entender que você e as demais pessoas são distintos, que você é um ser único, um indivíduo, e tem suas próprias vontades e desejos. é difícil às vezes lidar com seu desejo de independência (não quer que troque fralda, que dê banho, que coloque/tire roupa e sapato, que dê comida ou água…) já que você ainda não aprendeu a fazer tudo sozinho. mas por outro lado, é tão bonito ver você tomando as rédeas das pequenas coisas da sua vida, como colocar sapatos e comer sozinho! acho uma graça você concentrado segurando os talheres, brincando com o iPad ou tentando colocar sapatos.

no meio da viagem você comeu sua primeira refeição completamente sozinho. pedimos um prato de macarrão à bolonhesa, você pegou seu garfo e se recusou a comer se a gente oferecesse. foi pra cima do prato e comeu, com gosto, um MONTE de macarrão. ficou imundo, derrubou um monte, mas ficou super feliz, e nós deixamos você dar seu primeiro passinho de independência, cheios de orgulho (ou no caso do seu pai, nojo da meleca! hahahahaha).

também foi neste mês, faltando 1 semana para completar 20 meses, que você falou sua primeira palavra “completa”, com intenção e significado: . meu filho, saiba que uma das coisas mais difíceis de ser pai/mãe é não comparar, não criar expectativas e respeitar sua individualidade. a mamãe falou muito cedo (10 meses) e o papai a gente não sabe, mas também foi bem antes de 2 anos. ficamos apreensivos porque você não começava a falar, porque os pais sempre acham que tem alguma coisa errada quando os filhos não se desenvolvem como “os outros” ou eles mesmos quando bebês.

sabemos que isso é bobagem, e que cada pessoa é única, tem seu tempo e personalidade própria, mas sempre queremos que nosso filho seja o melhor, o mais rápido, mais inteligente, mais tudo. quando, de verdade e lá no fundo, pra nós você é e sempre vai ser o mais lindo, inteligente, esperto e divertido dos bebês, independente de qualquer coisa que você faça. nunca duvide disso!

dizem que “palavra” na sua idade é qualquer expressão verbal que represente alguma coisa, mas eu e seu pai não contamos assim; se fosse assim, sua comunicação por vogais tônicas já contaria como um vocabulário bastante impressionante desde muito cedo! atualmente você fala: pé (é pé mesmo e ipad também), mão (seu ã é super engraçado!), chão (muito frequente, quando quer que a gente deixe você solto andando), có (colo), tetê (chupeta), pão, papai, tia, pau (paula), aía (maria), qué, não, roXão (rojão), dirigí (você adora sentar no banco do motorista no colo do papai quando estacionamos na frente de casa!), xixi, cocô, pum, pepé (papel), iX (lixo), papá, fofô (vovô). e nada de mamãe, seu sem-vergonha!

seu sono melhorou MUITO. você simplesmente não deu trabalho a viagem toda com sono (só nos dias de nariz entupido, claro), e agora dorme muito bem das 19:30-20:00 até 7:00 mais ou menos. às vezes não acorda nenhuma vez, às vezes acorda para mamar somente por volta de meia-noite. seu pai e eu nem conseguimos acreditar, parece milagre! depois de 1 ano e 8 meses, seu sono finalmente estabilizou à noite. agora a única coisa que dá trabalho é a hora de dormir, pois você tenta se manter acordado (apesar de cair de sono), e tem demorado até 1h para pegar no sono. mas teremos paciência, e ficaremos ali do seu lado, até você aprender a dormir e (com sorte) apreciar a delícia de descansar 🙂

bem, você continua comendo feito um ogro, apesar de ter dado trabalho para comer na viagem (sem apetite algum, super seletivo e querendo comer sozinho somente). em casa, tudo vai muito bem e você come tudo e de tudo. continua super fã de brócoli e cenoura, e está numa paixão incrível com quiabo (come 2 bandejas por semana, sozinho!). nas frutas, continua fã de melancia, morango, pera e agora adora abacaxi também. além das outras todas, tem aqueles que pega direto do pé, que você come na pracinha (pitanga, amora, goiaba).

seus passeios estão muito divertidos, você caminha bastante sozinho (mas às vezes pede colo, e está PESAAAADOOO), começou a se interessar por brincar com outras crianças, interage mais e adora areia, carrinhos, pazinha, etc. tem sido interessante observar seu interesse pelas outras pessoas aumentar, suas tentativas de socialização. aliás, na viagem, você foi muito simpático e aprendeu a piscar para todo mundo, sorrindo, como quem flerta. essa gracinha fez MUITO sucesso e arrancou risadas das pessoas mais sérias. você foi total sucesso em todo lugar, e batemos muito papo pela rua graças a você e sua simpatia! muitas pessoas elogiaram seu cabelo (que é lindo mesmo, e bem dourado), seu sorriso, enfim, sua lindeza. nós somos suspeitos, afinal pra nós você sempre vai ser o bebê mais lindo do mundo. e agora, que manda beijo então? (com a mãozinha e com barulho) de morrer de fofura.

meu amor, este mês foi incrível. foram 3 semanas intensas, 24/7 com você e apesar do cansaço de ter alguém pra cuidar o tempo inteiro, foi muito gostoso também. você está cada dia mais divertido, esperto e comunicativo, e temos brincado muito juntos. tenho certeza que cada ano que passar será mais e mais legal!

ah, esqueci de contar: eu faço uma brincadeira com sua tia kelly desde pequena, a gente imita ogro (imitando dentões fora da boca), e descobri que você acha O MÁXIMO a cara de ogro. morre de rir, e imita (tenta, por enquanto), fechando a boquinha. e fala OGR (opa, mais uma palavra!)

um beijo e abraço daqueles bem apertados da mamãe, cada dia mais apaixonada por você.

PS: veja as suas fotos neste mês!

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conhecendo a escandinávia… com um bebê!

May 4, 2012 · 10 Comments

para saber detalhes do roteiro, leia este post. por aqui vou complementar com informações sobre a viagem com o bebê, as dificuldades e dicas.

vou separar esse post por assunto, já que o roteiro está coberto no outro post.

a bagagem

sou bastante econômica com bagagem, minhas malas são sempre pequenas, mas não é tão simples fazer malas pequenas para um bebê de 1 ano e 7 meses. sempre há o risco de necessidade de troca de roupa mais de 1 vez por dia graças a fralda que vaza, comida que derrama na roupa ou acidentes na hora de trocar (aconteceu na viagem na chegada em frankfurt, e eu não estava preparada, não tinha todas as peças para repor!).

se a viagem for para algum lugar frio, como no nosso caso, complica mais. eu levei bodys de manga longa (6), camisetas de manga longa (4), moletons com capuz (2), casacos de frio (3), calças de malha fina (4), moletons (2) e jeans (2), meias (4), gorros (2), par de luvas (1), 1 tênis e 1 bota. levei peças suficientes para 10 dias no máximo (caso sujasse 1 “kit” por dia), então planejamos lavar roupas no meio da viagem. fizemos o mesmo com as nossas roupas, e conseguimos lavar o que estava sujo no meio da viagem. não faltou nada, e as camisetas de manga comprida do otto sobraram todas. na verdade, faltou sim: tive de comprar camisetas de manga curta pra ele, que é muito calorento e passou calor em alguns lugares fechados.

comprei também pro otto algumas coisas que não precisava mas foram úteis e queria levar de volta: 1 macacão impermeável (muito útil para os dias de chuva e neve), 1 casaco impermeável mais pesado (o que eu levei era mais leve, e não usei), 1 touca e algumas blusas/macacões.

é muito importante levar sacos plásticos para guardar roupas sujas, especialmente do bebê, pois pode acontecer de vazar fralda, e aí fica impossível guardar a roupa suja até a próxima possibilidade de lavar sem sujar o restante. sugiro levar pelo menos 3 sacolinhas plásticas, pra mim foi suficiente. não levei toalhas, usamos as do hotel mesmo. mas levei 2 babadores (e comprei mais 2 na viagem, mais porque achei bonitos do que por necessidade :))

na necessária dele levei shampoo, sabonete, bepantol, creme hidratante, cotonetes, tylenol baby (febre/dor), hixizine (antialérgico) e soro fisiológico de spray (pro nariz).

além disso, levei 2 fraldas de pano (foram úteis) e 1 saquinho com fraldas (10) / lencinhos / bepantol. compramos fraldas descartáveis no decorrer da viagem.

viajamos assim: 1 mochila grande (60L) com o fer, 1 mochila média comigo (40L), 1 mochila pequena (tipo notebook) com o fer e 1 mochila pequenina comigo. voltamos com essas malas + 1 carrinho dobrável + 1 mala média de rodinha que compramos para acomodar as coisas adicionais que compramos na viagem.

o vôo

começo dizendo que viajar de classe executiva foi a melhor decisão que tomamos. eu sei que nem todo mundo tem possibilidade de pagar por esse luxo, mas faz MUITA diferença.

até os 2 anos a criança não paga, então o custo fica um pouco menor. para vôos longos, há a opção de usar o berço que se acopla à parede do avião, na frente do assento dos pais. o problema é que o berço é para bebês até 2 anos, mas o otto simplesmente não coube (nem de longe) no berço, os 2 pés ficaram pra fora, ele parecia que estava numa caixa de sapatos.

dou aqui a dica que a companhia aérea me deu (e pra nós funcionou muito bem): reserve 2 lugares na fileira de 3 cadeiras, um em cada ponta (meio livre), e peça na reserva para marcar que o casal está com um bebê. o bebê não tem assento marcado (se o vôo estiver lotado, ele vai no colo o tempo todo), mas caso o vôo não esteja cheio, a chance de alguém querer sentar no meio de 2 pessoas com um bebê é mínima 🙂 sendo assim, o assento do meio fica livre e o bebê pode ir no meio.

no caso da executiva, fica perfeito porque o banco reclina completamente. quando o bebê dorme, basta colocá-lo no assento do meio dormindo e pronto. além, é claro, do espaço enorme para levantar e até sentar no chão com o bebê (como eu fiz, para desgosto dos comissários alemães :D). o otto dormiu a viagem toda de ida e de volta, depois do jantar quando apagam as luzes. na ida ele acordou assustado 2x, chorou 3 segundos e depois dormiu de novo. nós conseguimos dormir também, pelo menos parte da viagem. dormimos o suficiente pra acordar com ele chorando NO CHÃO 🙂 (não sabemos se ele desceu sozinho ou se escorregou. pelo chorinho reclamão sem grande drama, suponho que tenha descido sozinho).

a comida no vôo foi ótima, e o otto comeu junto com a gente, de tudo um pouco. levei lanchinhos também, mas o que serviram nas refeições foi suficiente pra nós 3. só na volta precisei pedir mais uma porção de sobremesa porque o otto adorou as frutas e quis mais (morango, uva, kiwi).

levei livros pra ele, brinquedos e o iPad, mas de verdade não foi necessário. as novidades dentro do próprio avião e as pessoas ao redor foram distração suficiente 🙂

uma coisa que sempre fiz por ouvir recomendações a respeito é dar a chupeta pra ele no pouso e decolagem. ele já viajou de avião algumas vezes e nunca reclamou de dor de ouvido, então suponho que funciona mesmo! pra quem não usa chupeta, imagino que dar o peito ou a mamadeira faz o mesmo efeito (só que esse período de pressão no ouvido dura um pouco, precisa segurar no peito/mamadeira por um tempinho…)

o que levar na mochila de mão

levamos no decorrer da viagem (pra ele, além das nossas coisinhas) o iPad, 2 livros, 1 brinquedo, biscoito, uvas, queijo (aquele da vaquinha. ele não comeu nenhum :D), água, mamadeira, chupeta (2), 2 mudas de roupa (inclusive luvas/touca), 1 fralda de pano, 1 kit de talheres de plástico, 1 babador, o saquinho de troca de fralda.

eu e fer dividimos as coisas dele e as nossas em 2 mochilas: uma grande ele e 1 pequena minha.

não senti falta de nada na rua, o que levamos foi mais que suficiente. o chato era carregar o casaco impermeável que tira/põe quando entra e sai dos lugares. nos dias de chuva/frio levamos também o macacão impermeável dele (e usamos).

além das mochilas de mão, compramos por lá um carrinho (dobrável, super leve) porque não conseguimos alugar (muita encheção de saco, reserva, recomendações…). no carrinho deixávamos os casacos e uma mantinha que compramos por lá para cobrir o otto quando ele dormia no carrinho.

no hotel

eu e o fer usamos shampoo e sabonete do hotel, então nem levamos na necessária. todos nós usamos somente toalhas dos hotéis, então economizamos espaço na mala com isso também.

eu dei banho nele no chuveiro ou banheira, quando tinha. ele tomou banho junto comigo todos os dias. eu sentava no chão, com o chuveirinho, e ficava brincando com ele e dando banho, ele adorou! algumas noites ele me puxava pela mão pra dar banho nele <3 foi muito gostosa essa parte, que normalmente é diferente em casa (ele toma banho antes de dormir sempre, mas na banheira dele). a gente tomava banho, o fer pegava ele, trocava, colocava pijama e fazíamos a rotina de dormir.

em todos os hotéis que ficamos (com exceção de 1 pousada, cujo berço era muito pequeno para o otto) pudemos contar com berços portáteis. ele dormiu muito bem nos berços todas as noites — eu contava história, fazia dormir no colo ou na nossa cama e depois colocava no berço. ele dormiu bem quase todas as noites, até porque dormia muito mais tarde do que o normal (entre 21h e 22h, quando o normal dele é 19:30h). só deu trabalho realmente nas noites com nariz entupido, pois gripou no meio da viagem.

o problema de dormir em hotel com bebê é que a noite acaba na hora em que ele dorme. mas, honestamente, estávamos tão cansados no final do dia que às 22h já queríamos os 2 dormir também, ficamos no máximo mais 1h acordados depois dele…

jantamos algumas noites no hotel, pra não precisar sair pra jantar. pedimos comida (no hotel ou delivery) e algumas vezes compramos lanches. o otto comeu muito bem alguns dias (pizza e macarrão eram sempre bem-vindos. na viagem ele comeu pizza pela primeira vez e AMOU) e muito mal em outros. procuramos pedir pratos que ele talvez gostasse, mas só o macarrão é certeza absoluta, o restante depende do dia. alguns dias ele comeu pepino em conserva e recusou purê de batata; em outros, comeu carneiro e recusou legumes. aliás, a maior dificuldade pra nós foi conseguir legumes e frutas pra ele, já que são as comidas preferidas. ele via brócoli e só faltava IMPLORAR. até pimentão e cenoura crua o menino comeu, na falta do restante.

café da manhã no hotel foi sempre ótimo, mas tivemos que estabelecer uma rotina de dar a mamadeira para o otto ANTES de ir para o restaurante, pois quando ele via a comida não queria mais mamar (ogro). então dávamos o leite dele ainda no quarto e depois íamos comer. ele comeu muito mal a viagem quase toda, e ficamos preocupados. felizmente ele come muito bem normalmente, acabamos deixando ele comer o que queria (pouco), já que sabíamos que ele ia recuperar o tempo e peso perdido na volta. mas olha — que chato quando a criança não come! tive uma amostra do quanto é estressante estar com um bebê que não quer comer nada. não invejo mães que têm filhos que não comem bastante.

comendo fora o tempo todo

essa é uma questão que depende muito da criança, obviamente. o otto é uma criança que come muito e de tudo. ele não está habituado com sanduíches, lanches e snacks (bolacha, etc.), o que é um problema em viagens desse tipo. ele come normalmente arroz, feijão, carne, legumes e verdura, sopa ou macarrão. e muitas frutas, todos os dias. por mais que essa alimentação seja ótima e saudável, não é muito simples servir esse tipo de comida todos os dias em todas as refeições durante uma viagem.

os restaurantes que ele comeu melhor foram chineses e japoneses (arroz, carne, legumes — check!) e italianos (macarrão e carne — check!). comidas que associam com crianças, tipo almôndegas e purê de batata, por exemplo, ele não gosta. para nossa sorte, ele AMA batata frita, que se acha em todo lugar. na emergência, apelamos para batata frita. até NUGGET tentamos dar pra ele no mcdonald’s, vejam bem… ele recusou os nuggets, mas comeu a batata e a cenoura CRUA.

para completar a mudança total de alimentação (rotina e oferta) ele ainda ficou gripado, e o apetite desapareceu, ele não queria comer NADA. ah, sim, e como cereja em cima do bolo, o pouco que comia ele só aceitava comer sozinho. ele está na fase de querer fazer tudo sozinho, e eu acho super legal e incentivo, mas convenhamos que no meio de uma viagem, com roupas limitadas, frio, e querendo passear, gastar 2h para almoçar e sujar a roupa toda não era exatamente uma boa opção. tentei balancear, deixei ele comer sozinho enquanto não estava muito demorado e nem muito bagunçado.

as frutas foram um problema à parte — ele come uma variedade muito grande todos os dias, mas na viagem não é simples dar todo tipo de fruta. procurei as mais fáceis, e fiquei com elas: banana, uva e blueberries. ele comeu relativamente bem todas essas, que são fáceis de comprar e levar. pelo menos isso!

ele começou a comer com frequência algumas coisas que não comia normalmente, foi interessante: pepino, tomate e ovo cozido/quente. todos no café da manhã, como um legítimo viking!

e o comportamento em lugares públicos? brigamos muito em vários restaurantes e locais fechados, pois ele estava nos enfrentando bastante. batia os talheres, chutava a mesa, jogava a comida no chão, recusava a comida e fazia manha (nhééééé…), dava gritinhos re protesto, etc. suponho que o comportamento diferente do normal (ele não é tão chato normalmente) seja uma mistura de saco cheio, mudança de rotina, gripe, e a idade (terrible twos approaching fast…). não foi fácil pra nós, pois DETESTAMOS criança fazendo manha e tendo chilique em locais públicos. demos bronca, como sempre fazemos, e tentamos aproveitar a oportunidade para educá-lo, mas várias vezes também acabamos cedendo para evitar constrangimento maior. esse balanceamento é difícil, e nos causou bastante stress.

se fôssemos o tipo de pais que não se importa de incomodar os outros ou que não se importa em não educar na hora que é necessário, provavelmente não nos incomodaríamos. mas pra nós essas 2 questões são muito importantes, e não é fácil ceder para evitar uma crise no meio da viagem.

de certa forma, a viagem foi educativa também pra nós, como pais. entendemos que por mais que queiramos controlar tudo e fazer tudo “certo”, às vezes é preciso aceitar situações não ideais, e recomeçar numa próxima oportunidade.

trocando as fraldas

é um incômodo, já vou avisando. pelo menos pra nós, porque o otto não para quieto pra trocar, protesta sempre. as fraldas de xixi dá pra segurar bastante a troca, mas de cocô a gente trocava imediatamente (não dá pra ficar PERTO do menino nesse estado, hahahhahaa). pela escandinávia toda tem “baby rooms” (unissex, não é dentro do banheiro feminino como por aqui) para trocar fraldas, tudo muito espaçoso e boa infra.

no entanto, o bebê pode fazer cocô nas horas mais inconvenientes, como dentro do avião (trocar bebê no avião, do tamanho do otto e sob protestos… not funny) ou 3 minutos antes de entrar no passeio de ferry, como aconteceu conosco. o ferry não tinha baby room, somente banheiros minúsculos que mal cabiam 1 pessoa. eu e fer tivemos que trocar a fralda do menino em pé num banheiro minúsculo… e ninguém mais pode entrar no banheiro, graças à fralda atômica 😀

aliás, recomendo fortemente levar saquinhos de guardar fraldas sujas de forma que seja possível fechar completamente o saco, caso precise levar as fraldas consigo. as fraldas de cocô do otto são PODEROSAS, não dá pra viver com elas no mesmo ambiente sem isolar, hahahahaha!

as sonecas

o otto ainda dorme de dia, normalmente 1 vez, às vezes 2 (manhã e tarde). a rotina dele é de dormir no quarto, com musiquinha e tals. imaginem esse menino cansado, na rua, sem rotina, sem quarto, sem nada que ele está acostumado.

o que aconteceu é que ficamos atentos ao comportamento dele (cansaço, sinais de sono, etc.) e tentamos promover um ambiente melhor pra ele dormir. andar no carrinho, bem agasalhado, sem muitas intervenções, ajudou. ele dormiu algumas vezes no carrinho, sem problema (e aí descemos o carrinho e ele ficou por lá por até 2h). outras vezes pegamos no colo para dormir (avião, ônibus, trem, barco, etc.), e ficamos lá de castigo com ele no colo.

no geral as sonecas não deram trabalho, bastou prestar atenção ao cansaço dele e dar um jeito de deixá-lo confortável para dormir seu soninho do dia.

os passeios

primeiro: o carrinho é uma necessidade. ponto. se soubéssemos que não ia ser possível alugar, teríamos levado. faz muita diferença, principalmente nessa idade em que ainda é possível usar carrinhos e eles estão pesados pra gente carregar, seja para passeios ou para dormir. na escandinávia toda é fácil andar de carrinho em todos os lugares (ônibus, trem, rua, museus, etc.), dá pra usar sem problema nenhum.

passear pela rua e parques, pelo menos com o otto, é ótimo. ele gosta de ver gente e paisagens, seja no carrinho ou andando. é importante arranjar uma forma de poder “soltar” a criança de vez em quando, deixar andar e explorar. não dá pra manter no colo ou no carrinho por muito tempo, eles ficam entediados (e é chato mesmo né?). procuramos encontrar oportunidades de deixá-lo andar, explorar e brincar solto. ele adorava cada oportunidade de correr e explorar, ver pessoas e interagir. fez muitos “amigos” pela viagem, uma graça. fazia charme pra todo mundo, e as pessoas em geral foram muito simpáticas com ele e conosco carregando um bebê. aliás, viajar com bebê tem isso de diferente: as pessoas sorriem o tempo todo, perguntam e fazem graça (o que é incomum na europa, sem bebê :D).

o mais chato de fazer com bebê é comprar. entrar em lojas e supermercados é uma tortura, ele quer andar e fazer bagunça nas lojas e, óbvio, não dá. então temos que ficar lidando com a criança surtada querendo explorar corredores estreitos, com monte de gente e produtos que ele não pode pegar. MUITO CHATO. ou seja: com bebês que não ficam quietinhos no carrinho, melhor evitar compras.

museus, parques, rua, trem, barco funcionaram muito bem com ele. ele se distrai com paisagens e bichos, quadros, pessoas, é bem fácil de lidar. nos acompanhou muito bem! só não pode ficar parado muito tempo, que ele reclama. keep moving.

ah, e o abençoado iPad: nos passeios de barco/trem/ônibus ele salvou nossas vidas. entre galinha pintadinha, toca boca e joguinhos de memória ele se divertiu e distraiu em situações que seriam difíceis sem o brinquedo. obrigada, apple!

a maldita mamadeira

o otto mama só na mamadeira desde os 9 meses, quando recusou o peito em definitivo. por um lado é uma libertação pra mim (a teta), por outro é um incômodo, pois a mamadeira precisa ser preparada (diferente do peito, que está sempre ali). precisa comprar o leite e esquentar, 3 vezes por dia, uma delas no meio da noite.

comprar o leite é OK (mas é um desperdício, pois de cada 1L conseguimos aproveitar no máximo 500ml a cada dia já que ele mama 250ml por vez, o resto temos que deixar no hotel), mas esquentar não foi tão OK. ele não toma leite em pó nem a pau (parou faz uns 3 meses, não aceita de jeito nenhum) e só toma leite quente/morno. descobrimos que diferente do brasil, os hotéis não têm microondas nas cozinhas. quando era possível esquentar, tinha que ser no fogão. imagine que a cada dia ele mama 3 vezes: 1 vez de manhã (ainda no hotel), 1 vez à tarde (na rua!) e 1 vez à por volta de meia-noite (no hotel). por incrível que pareça, na rua era mais fácil dar mamadeira do que no hotel (comprávamos o leite já quente em cafés, normalmente era simples, mas nem todos os dias conseguimos).

se seu bebê mama no peito ou aceita leite em pó é moleza. água quente tem em todo canto, e amamentar é tranquilo em todo lugar. comprar leite e esquentar, por outro lado… foi um saco. alguns dias simplesmente desistimos de dar a mamadeira do meio do dia, para evitar a peregrinação do leite.

ou seja — nesta viagem a rotina de alimentação dele ficou toda estragada, e ele comeu MUITO menos do que o normal. tenho certeza que perdeu peso, mas como ele normalmente come super bem, já está recuperando as calorias perdidas 🙂

ah, a lavagem da mamadeira: nós não esterilizamos nada desde que ele fez 3 meses. e quando uso água quente nem detergente eu uso. pra nós foi tranquilo lavar a mamadeira nos hotéis, pois sempre tem água quentíssima na torneira. água quente + sabão resolveram muito bem, sem stress.

vestindo o bebê

para a temperatura de 0-12C que pegamos (com eventual chuva, neve e sempre muito vento), vestia ele com 1 body de manga comprida + moleton de capuz + casaco impermeável (em locais fechados, deixava só o body) e dependendo da temperatura 1 ou 2 calças + meia + bota. quase não usei o tênis que levei pra ele.

o mais chato foi tirar/colocar roupa a cada vez que entra/sai dos lugares. a diferença da temperatura do lado de dentro e de fora é MUITO grande, e vestir/tirar casaco de um bebê pequeno com frequência é MUITO chato. pra não falar de colocar luvas… mas depois de 2 ou 3 dias já tinha acostumado, e ele também (até ajudava a colocar e tirar as roupas :))

os vírus estrangeiros

eu nunca fico doente. aliás, não me lembro a última vez que fiquei gripada, faz muitos anos. o otto resfriou 2x, mas bem de leve, nunca teve uma gripe de verdade. pois que no 4o dia de viagem ele resfriou. e o resfriado evoluiu para uma gripe daquelas poderosas, com tosse, febre e tudo o mais. e eu, 2 dias depois dele, adoeci também.

e foi daquelas gripes do mal mesmo, de vírus que a gente não conhecia, sabe? dor no corpo, febre, tosse, catarro, espirro, falta de apetite. além então de toda a mudança de rotina e dos empecilhos de viajar com o bebê, ele ficou doente e eu também.

fiquei mal a ponto de marcar uma consulta no meio da viagem, para olhar nossa garganta e ouvidos, que a coisa tava feia. fizemos até exame de sangue (tudo muito profissional e eficiente — e pago!), conclusão: infecção viral em ambos, eu estava pior que o otto, mas pelo menos podia tomar xarope (e tomei, ufa), mas ele não. com ele, somente paciência e um abençoado remédio de nariz especial para bebês que salvou nossas noites.

usei o tylenol bebê 1 noite, que ele estava com bastante febre, o soro de nariz com frequência, e o meu xarope amigo comprado lá. e fomos melhorando, aos poucos, e aproveitando a viagem como deu nestes dias piores.

conclusão

é difícil viajar com bebês, mas é possível; e não vou enganar ninguém: é mais divertido viajar SEM bebês, é claro. mas como pra nós deixá-lo em casa e viajar sozinhos não é uma possibilidade (nada contra quem faz isso, é que NÓS não queremos), procuramos tirar o máximo do que é possível numa viagem com o bebê. suponho que viajar junto com ele vá se tornando mais legal conforme ele cresça e se torne de fato companheiro de viagem. nessa idade ele é um viajante involuntário, às vezes protestando contra o fato inclusive 🙂

e acho que forçamos a barra com ele várias vezes, que ele passou por situações que não são ideais (atraso de refeição, atraso de hora de dormir, desconforto pra tirar sonecas, etc.). mas ao mesmo tempo também acho que sair da zona de conforto é importante, mesmo para bebês. quero poder expor o otto a situações diferentes (e às vezes desconfortáveis, faz parte) para que ele aprenda também a se adaptar.

para minha surpresa, ele se adaptou muito bem a situações que eu achava que seriam muito difíceis. o fuso, por exemplo, de 5h+ ele tirou de letra, nem sentiu. dormiu muito melhor na rua do que eu imaginava. a alimentação, por outro lado, que não me preocupava, foi terrível. ele dormiu bem nos hotéis, adorou tomar banho comigo, e se divertiu na rua e conhecendo pessoas novas.

foi uma viagem completamente diferente do que costumávamos fazer, e nos sentimos frustrados e cansados em vários momentos. mas ao mesmo tempo é incrível poder viajar (com todas as restrições, foi uma experiência maravilhosa e única), tirar fotos e criar histórias e memórias que fazem parte da nossa vida e da vida dele. vou fazer um álbum (impresso) pra ele, com a história da viagem, com fotos dele para contar como foi. como ele não vai lembrar, vou criar um diário para que de alguma forma ele reviva a experiência. comprei também lembranças no decorrer da viagem, para que daqui a 10 anos ele possa olhar e saber que ele esteve lá, na terra dos vikings. e quem sabe decida ir por conta própria no futuro revisitar os lugares que conheceu e só lembra pelos meus olhos.

e, mais importante que tudo isso, é SABER que é possível viajar com ele. que nossa vida de viajantes, que prezamos tanto, não acabou. que tudo é questão de se adaptar e aceitar que às vezes as coisas dão errado — o bebê faz cocô no barco, um vírus nos ataca, não tem melancia pra vender no mercado.

já não tenho mais medo de nada, de nenhuma viagem, depois dessa experiência. mentira — eu continuo não querendo ir pra índia nem pra china nem de 1a classe 😉

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diário do otto: 1 ano e 3 meses

December 1, 2011 · Leave a Comment

otto,

como pode tanta coisa acontecer em tão pouco tempo? somente 1 mês e você saiu de férias pela primeira vez, nasceram 4 (!) molares e você está andando sozinho muito bem \o/

além disso, apareceram “palavras” novas, como “ó” pra vovó e “ô” pra vovô, e a mais fofa “á-bô” (com gesto de acabou com as mãozinhas) quando acaba a comida, fechamos o chuveiro, acaba a música…

neste mês tivemos muitas primeiras vezes: primeiras férias, primeira viagem de avião, primeiro hotel, primeiro passeio de bugue, primeiro sorvete (de tangerina, depois de coco, depois de chocolate…), primeira noitada, primeiro PF de boteco, primeira bruschetta (você AMOU). você está ficando um mocinho muito querido, e se comportando cada vez melhor. agora sim tenho a sensação de que as coisas vão ficando mais fáceis, conforme você cresce e entende melhor o mundo.

o seu sono continua variando, e você passou o mês todo acordando pelo menos 2x por noite, chorando, como é de praxe. mas desta vez estamos certos que seu sono foi muito atrapalhado pelos seus 4 molares nascendo, porque também durante o dia você ficava chatinho, mordendo tudo que via pela frente (inclusive suas mãozinhas. fez 2 reloginhos de mordida no próprio pulso) e com febre baixa às vezes. você agora tem 12 dentes, bebê!

agora você não só levanta e anda sozinho, como aprendeu a descer/subir degraus muito bem, sabe desacelerar (e obecede direitinho nossas ordens de “devagar!”, é muito fofo) e cai com as mãos espalmadas no chão, amortecendo a queda. em compensação, você acha o máximo ficar rodando em torno de você mesmo até ficar tonto e cair 😀 sorte que a fralda amortece a queda de bunda.

seu entendimento das coisas melhora a cada dia, é impressionante como você entende TUDO que a gente fala, e interage mesmo sem falar. estamos nos esforçando pra não atender as coisas que você pede fazendo gestos e falando “AHHHH”, pra ver se incentiva você a pronunciar as palavras. então, quando aponta a água e pede Á, a gente repete várias vezes ÁGUA, quer ÁGUA? antes de dar. é meio ridículo, mas achamos que ajuda. embora sua cara de sem-vergonha nos diga que você só vai falar mesmo quando quiser.

nestas últimas semanas você tem praticado gritos muito altos, parece uma harpia louca. o que nos deixa preocupados, porque ODIAMOS criança que grita em público. felizmente você é muito mais comportado em público que em casa. e estamos procurando sair com você mais frequentemente pra acostumar com ambientes cheios, barulho, etc.

ficar com você de férias por 1 semana foi cansativo mas também uma delícia pra acompanhar você mais de perto. essa fase em que você está é muito mais divertida que os primeiros meses, e a interação é mais fácil. em resumo: a mamãe está apaixonada por você <3

e há 3 noites (vou até falar mais baixo… shhhhh) você dorme sem acordar NENHUMA VEZ. depois de 15 meses! esperamos que a bonança dure, pelo menos até o próximo dente ou resfriado 😀

você está um grude com a mamãe, só quer ficar no colo, e apesar das dores nas costas eu aproveito o máximo que posso, porque sei que dura pouco. daqui a pouco você vai estar um meninão correndo da mãe, e sei que vou ter saudade.

por enquanto, meu menino lindo, continue esse carrapatinho lindo.

um beijo com amor, da mamãe.

(aqui as fotos deste mês cheio de aventuras!)

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das coisas todas

August 23, 2011 · 3 Comments

mais 4 dias e meu bebezinho faz 1 ano! mal consigo acreditar. em alguns momentos parece que os dias não passam, e tudo é cansativo e difícil, mas chega esse momento em que parece que voou (provavelmente porque as coisas ruins e difíceis ficam esquecidas, como convém à perpetuação da espécie :))

já são quase 6 meses de volta ao trabalho, o menino tá quase andando sozinho, creio que em breve vai começar a falar também, come feito um dragão e é constantemente feliz, sorridente e capeta. ou seja: tudo nos eixos. não fosse o desmame precoce e auto-imposto do menino e as doencinhas da estação, teria sido tudo perfeito.

a partir do primeiro aniversário vamos começar a alimentar o otto com a nossa comida, e pra isso eliminaremos o sal e reduziremos a quantidade de tempero. o sal cada um coloca no próprio prato (o que aqui entre nós eu achei bom, pois as meninas que trabalham aqui em casa carregam mais no sal e tempero do que eu gostaria). a vantagem é que nossa alimentação é bem balanceada e toda preparada em casa, sempre com legumes e verduras, carne, arroz e feijão, muitas frutas. comida simples e caseira, que é o melhor tipo.

bem, açúcar ele nunca comeu, e vamos continuar evitando. não quero ser absolutamente radical, porque acho que comida não é só combustível, é também ritual. não quero que o otto se sinta excluído quando todos estiverem comendo o bolo de aniversário dele, por exemplo, e ele não. vou evitar ao máximo o açúcar no dia a dia, mas quando o doce em questão for parte importante da refeição, se ele quiser vou deixar provar. refrigerante, só quando ele for bem maior, e ainda assim como exceção também. e se possível quero evitar que doces se tornem prêmio. odeio a idéia de comida como recompensa, ou associada com chantagem emocional (ai, meu filho, fiz esse pudim com tanto amor e você neeeeem ligou… eca!).

nossa rotina diária é muito bem estabelecida, e funciona bem: saio de segunda a sexta entre 7:30h e 8h, quando a babá chega, e volto às 17:30h, horário que ela vai embora. nos fins de semana costumo pedir ajuda à minha cunhada ou minha mãe, pra que eu tenha tempo de dormir umas horas a mais ou ir à manicure. mas no fim de semana, aproveito o máximo de tempo que tenho com o otto, e tem sido cada vez melhor. às vezes uma amiga ou minha mãe ficam com ele à noite pra gente poder jantar fora ou resolver algum assunto na rua, e ele fica super bem. o otto nunca chora quando eu ou o pai saímos, adora a babá, as avós e avôs, as tias. a partir dos 9 meses ele começou a estranhar pessoas que não conhece e ambientes estranhos e muito lotados (aí ele chora de dar pena, e se agarra na gente, tadinho). mas basta passar o tempo e acostumar, e ele volta a ser o bebê sorridente e sem vergonha de sempre, rindo pra todo mundo e brincando.

acho que o fato de termos sempre deixado ele ir pro colo de todo mundo ajudou a torná-lo sociável e amigável, mesmo sendo tão desconfiado como ele é (observa MUITO tudo ao redor, as pessoas, a comida, a roupa, os brinquedos. não pega nem come nada antes de olhar muito bem). estamos felizes em observar como ele é feliz e gosta de conhecer pessoas novas (mas não gosta, definitivamente, de gritos e bagunça).

o sono dele melhorou bastante, mas ainda está longe de ser uma maravilha. já não preciso mais ir pra bola de pilates niná-lo pra dormir, basta sentar no sofá com ele no colo e balançar de leve. ele costuma dormir sem muito drama em 10-20min. ainda não conseguimos fazê-lo dormir sozinho, mas confesso que não tentei a sério 🙂 tenho gostado de fazer ele dormir no colo, aproveitar pra mimá-lo e mantê-lo bem perto enquanto ele ainda cabe no colo e é bebê. sei que vou sentir falta disso no futuro, e aproveito ao máximo. ele acorda 2x para mamar depois de dormir (por volta de 19h), e chora 3 a 4 vezes (o fer vai lá, consola ele no berço mesmo, e ele dorme de novo). e nos últimos tempos, depois das 5h trazemos ele pra nossa cama, que assim ele dorme mais tempo (até umas 7h, às vezes).

ele ficou resfriado 2 vezes até hoje (nariz entupido), e teve otite/amidalite/conjuntivite neste último mês. os resfriados são chatos, porque o nariz entope e ele dorme muito mal, mas basta lavagem nasal com soro e paciência pra passar. as -ites foram realmente muito chatas, e decidimos tratar com antibiótico e colírio, porque 3 infecções simultâneas pra um adulto já são incômodas; pra um bebê, seria cruel demais esperar passar no dobro do tempo. mas se por um lado o remédio faz a infecção desaparecer rapidamente, por outro tem o custo no corpinho novo do bebê – o otto teve alergia ao veículo do remédio, empipocou todo. então além de -ites, ele teve reação ao remédio. mas foi 1 semana somente (que pareceu durar uma vida), e passou. o primeiro ataque de vírus e bactéria que o corpinho dele sofreu, que dó!

e mesmo doente o menino sorria, brincava e até comia (nos dias ruins só mamava e comia pedaços de fruta). e deu seus 2 primeiros passos no meio da crise de -ites!

enfim, ainda vou escrever o post de diário do otto no fim de semana que vem, mas queria registrar aqui pras amigas mães ou futuras mães que há esperança. é difícil no começo, a gente fica exausta e desesperada, parece que nunca vai melhorar, mas melhora e fica cada vez mais divertido e gostoso.

respirem, se acalmem e relaxem, que no fim tudo dá certo 🙂

(sempre procurando rir dos obstáculos, inevitáveis. bom humor é essencial)

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rotina do bebê: evoluindo e observando

March 19, 2011 · Leave a Comment

iniciamos a rotina de alimentação do otto (além do leite do peito) aos 5 meses. a decisão foi tomada em conjunto com o pediatra, por dois motivos:

1. eu queria voltar a trabalhar com a rotina 100% estabelecida e ajustada por mim. como a volta estava programada pra quando ele estivesse com 6 meses e meio, preferi começar antes;

2. ele estava “regredindo” no intervalo entre as mamadas (pedindo pra mamar mais frequentemente, especialmente durante a noite). segundo o pediatra, baseado no crescimento dele (que foi maior que o esperado e acima do ganho de peso), é normal que ele mame mais porque precisa mais. a sugestão para aliviar um pouco pra mim (não ter que dar tanto o peito) foi iniciar com suco e frutas. (e funcionou!)

ele aceitou muito bem tudo o que oferecemos, depois de passada a estranheza inicial. caso você não saiba, como eu não sabia, todos os bebês estranham o sabor dos alimentos oferecidos na primeira (segunda, terceira…) vez. é preciso insistir, pra que ele se acostume. a diretriz do pediatra foi dar a mesma fruta por 1 semana antes de oferecer outra, e assim fizemos.

depois de 2 semanas de frutas e sucos, ele já estava gostando de quase tudo, e iniciamos a papinha de legumes. ele aceitou muito bem também, e depois de 2 semanas incluímos carne na papinha (tudo batido no liquificador). a diferença que sentimos, obviamente, foi no cocô: ficou pastoso e passou a fazer 1 ou 2 vezes por dia somente. até o início de outros alimentos, ele fazia cocô a cada 3h (até o terceiro mês) e depois de 4-6 horas.

a rotina dele ficou assim:

entre 6:00 e 7:00: acorda e mama no peito. brinca com a mamãe até as 7:30h 🙂

por volta das 09:00: suco de fruta (começamos com 1 laranja lima; hoje ele toma 2 laranjas mais um pouco de mamão. quando está com o intestino mais preso, colocamos ameixa preta junto batida)

por volta das 11:00: leite do peito no copinho, cerca de 100ml

por volta de 12:30: almoço (começamos com 4 colheres de sopa de papinha, hoje ele come 7. aumentamos progressivamente, conforme ele reclamava que acabou)

por volta de 15:30: leite do peito no copinho, cerca de 100ml

por volta de 17:00: fruta (começamos com 1/2 fruta, hoje ele come uma mistura de 3 frutas, 1/2 de cada, ou seja, 1 fruta e 1/2. também aumentamos conforme ele reclamava que queria mais)

costumamos dar 2 banhos curtos nele durante o dia, um de manhã e outro no início da tarde, pois ele é calorento e sua muito (e adora banho!). a maria passeia com ele a pé pelo menos 2 vezes por dia, ele adora e distrai. ele tira pelo menos 3 sonecas durante o dia, uma de manhã, outra na hora do almoço e outra à tarde, cada uma de 30min-1h. às vezes ele dorme mais, mas não é frequente.

chego do trabalho às 17:30h, brincamos, passeamos os 3 no condomínio a pé por 30-40min, e entre 19:00 e 19:30 ele toma o banho final do dia. a essa hora ele já está morrendo de sono (bocejando, coçando os olhinhos) e às 20:30h normalmente está dormindo.

o otto não dorme sozinho, nunca dormiu. precisamos niná-lo até dormir, ou ele chora, boceja, coça o olho e não dorme (e vai piorando, piorando… uma chatice). há os que defendam que devemos deixá-lo chorar no berço até “aprender” a dormir sozinho (nosso pediatra é dessa linha), mas nós não gostamos da idéia. achamos que ele é ainda muito bebê, e não é um problema ainda fazê-lo dormir no colo. decidimos fazer assim até que possamos conversar com ele e entender, ou que ele comece a dormir sozinho por conta própria, quando estiver pronto. por enquanto, quando ele chora à noite a gente pega do berço, nina de novo, e volta. isso acontece às vezes 1, 2 vezes por noite. às vezes ele acorda a cada 2h (quando os dentinhos começaram a nascer, por exemplo…)

até essa semana ele mamava durante a noite e madrugada: por volta de meia-noite, às 4:00 e depois o dia começava de novo. há 2 dias eliminamos a mamada da madrugada, ele mama por volta da meia-noite e depois só a partir das 6 da manhã. funcionou bem, e ontem foi o primeiro dia que ele dormiu direto até de manhã sem acordar (aleluia!). continuaremos insistindo!

truques que fomos adotando pra manter a rotina

– felizmente nunca precisamos fazer nada pra que ele dormisse às 20h, esse horário foi imposição dele mesmo, apenas respeitamos. o que fizemos foi sempre fazê-lo dormir de novo quando ele eventualmente acordasse entre 20h e 6h (em oposição a deixá-lo brincar, conversar com ele ou coisa assim). ou seja: a partir da hora que ele dorme, é noite e devemos dormir, nada de brincadeira nem conversa.

– não temos deixado ele dormir mais de 1,5h durante o dia. quando ele quer dormir mais, abrimos a janela, fazemos barulho de leve até acordar, ou simplesmente pegamos no colo e gentilmente acordamos.

– procuramos manter um intervalo de 2-2,5h entre as refeições, mas peço que a babá sempre tente manter o último leite do dia por volta de 15:30h, para que eu regule o horário da mamada-antes-de-dormir pra perto de 19:30h, que relaxa bastante o bebê e ajuda a dormir mais fácil (é incomum o otto dormir mamando, acreditem se quiser…)

– ele costuma dormir de chupeta, mas tiramos depois que ele dorme profundamente. a chupeta acalma bastante, e com os dentinhos nascendo então, é a salvação. mas tiramos sempre depois de um tempo, senão ele tira sem querer e acorda BRAVO.

update: esqueci do mais importante! quando ele completou 6 meses, comecei a anotar toda a rotina dele num caderninho, diariamente. a babá, eu e o pai mantemos os seguintes dados lá – hora que acordou/dormiu, mamou, comeu, fez cocô e dormiu (e por quanto tempo). essas anotações nos ajudaram a entender o ritmo dele, e também servem pra que eu saiba o que aconteceu com ele durante o dia quando chego do trabalho. considero essencial!

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o fim da banguela

February 23, 2011 · 8 Comments

tou triste, confesso. o menino tá com dentinho desde a semana passada (5 meses e meio), e tou sofrendo já com saudade do banguelão. fala a verdade, não tem coisa mais fofa que sorrisão banguela! é tão limpinho, inocente, fofo… os dentes me lembram que mordemos, trituramos, rasgamos, somos bichos onívoros. a banguelinha é tudo de mais doce e inocente, ah, meu deus.

meu menino começou a crescer.

e tá um pitbull, que conste. morde até pensamento. inclusive minha bochecha, queixo, nariz, dedos e joelho. e o que mais vier pela frente, é claro. parece o godzilla neném, com direito a grunhidos: GRAAAA, GRRRR, ARRRRRGGG, etc.

coincidência ou não, a alimentação sólida dele começou quase junto com o primeiro dentinho. alimentação que ele aceitou muito bem, diga-se. apesar da cara de nojo (provavelmente por causa da consistência das papinhas), ele abre a boquinha e come, com gosto. cospe, tem dificuldade de engolir, mas já ensaia mastigar e demonstra prazer com algumas coisas (como pera, por exemplo, minha fruta predileta. orgulho da mamãe :D). e engordou, só nessas 2 semanas de papinha de legumes, impressionante.

por mais que as radicais de plantão defendam o aleitamento exclusivo até o sexto mês, acho que acertamos em iniciar no quinto mês, ele continua mamando e está comendo muito bem, o que pra mim significa que ele estava pronto. não precisamos forçar nada.

e o mais fofo: meu onivorinho está querendo pegar a NOSSA comida. não pode ver ninguém comendo que estende as mãozinhas 🙂 coisa fofa.

a quem interessar possa, como fizemos a iniciação aos alimentos:

semanas 1 e 2

– por volta de 9h da manhã, suco de 1/2 laranja lima coado (descascamos a laranja antes de espremer, pois ela é muito ácida), dado na chuquinha (mas pode ser no copinho também)

– por volta de 15h, 1/2 fruta amassada e peneirada (algumas você pode cozinhar pra ajudar na consistência, eu cozinhei a maçã e pera, e vou cozinhar a banana na próxima vez, ele pareceu gostar mais da consistência)

dica: dê a mesma fruta por 1 semana, para o bebê acostumar com o sabor e consistência. como é tudo novo pra ele, e novidades são sempre difíceis de assimilar, eles precisam de um tempo pra “fixar” aquele gosto e consistência. alguns lugares falam de tentar 3 dias, eu preferi seguir a dica do meu pediatra (1 semana)

semanas 3 e 4

– mantenha o suco e a fruta

– por volta de 11h, adicione a papinha de legumes (batida e peneirada), de 4 a 5 colheres de sopa. fazemos a papinha com mandioquinha, batata (ou nhame, ou cará, ou mandioca), cenoura (ou abóbora, ou beterraba) e chuchu (ou abobrinha). não adicionamos sal e nenhum tempero, só um fiozinho de azeite.

dica: a função intestinal se modifica completamente com a adição de frutas e papinha de legumes. o otto passou a fazer cocô 1 vez por dia somente, consistência pastosa tipo homus 😀 (antes fazia de 4 em 4 horas, e bem líquido). começamos a achar a consistência muito pastosa, e nossa super-babá adicionou 1 quiabo batido (e peneirado) na papinha. o cocô melhorou bastante, soltou um pouco o intestino dele, facilitando o processo.

na próxima semana adicionaremos carne à papinha de legumes, já que ele aceitou bem todas as adições. a recomendação do pediatra é carne magra (vaca ou frango), cozida e batida no liquidificador. não adianta só o caldinho, ele precisa comer a proteína mesmo pra começar a ingerir mais ferro e ver como se comporta para digerir carnes. em breve conto mais como foi essa transição.

o que já sabemos é que o cocô vai ficar ainda mais asquerosinho, mal podemos esperar… #not

a propósito, nunca achei o cocô dele sem cheiro, como algumas mães dizem. cheguei a perguntar sobre isso pro pediatra, e segundo ele essa história de “cocô de bebê não tem cheiro” é coisa de mãe alterada 😀 tem cheiro sim, e não é agradável não senhores.

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o bebê mais feliz do pedaço

July 13, 2010 · 3 Comments

ganhei o livro the happiest baby on the block (versão em português aqui) de uma amiga, e apesar de toda minha resistência com livros sobre maternidade, parto e educação de crianças, comecei a ler. e amei, totalmente. recomendo muito pra todo mundo que vai ter bebês (mas tem que ler antes de nascer, senão não serve pra muita coisa, viu?)

(aqui um resumo do livro. e tem DVD no brasil, que parece ser muito bom)

vou fazer um resumo tosco (até porque não li tudo ainda, falta 1/3 pra acabar), antecipando que o livro fez todo sentido pra mim. tenho resistência às formuletas americanas (sempre tem um acrônimo, número de passos X, etc.), então procuro sempre entender o que está por trás disso tudo. esse livro me convenceu bastante, toda explicação fez sentido.

a idéia é simples: os bebês humanos nascem prematuros. eles precisam sair da barriga antes do tempo porque nossa cabeça (que abriga nosso órgão mais importante) está grande demais para passar pelo canal vaginal no momento do nascimento. essa característica da nossa espécie faz sentido pra mim, evolutivamente – vivemos em comunidade, e temos condições de cuidar de prematuros, diferente dos outros animais. nossa evolução otimizou a questão tamanho do cérebro/momento do nascimento. então toda questão de como cuidar de bebês recém-nascidos gira em torno do que ele chama de “quarto trimestre”, ou seja: aqueles 3 meses que faltam para o bebê realmente estar apto a viver do lado de fora da barriga.

durante este quarto trimestre, o importante é manter o bebê confortável, alimentado e feliz, como ele estava no período dentro da barriga. o autor é contra a idéia de que manter o bebê no colo e confortá-lo constantemente “estraga” o bebê. segundo ele, nos 3-4 primeiros meses é impossível “mimar” o bebê, pois ele não tem ainda discernimento para entender que está sendo mimado. tudo o que ele precisa é se sentir confortado no mundo exterior. daí a idéia de emular o máximo possível o ambiente uterino, usando as técnicas que ele sugere.

achei muito interessante o seguinte: ele elaborou sua teoria com base em experiências reais e estudos feitos em países menos desenvolvidos nos quais, curiosamente, as mães não têm problemas com bebês que choram insistentemente. ele notou que várias culturas mais “primitivas” têm bebês mais calmos e que não dão trabalho às suas famílias. quais são os pontos em comum entre elas? principalmente a proximidade física entre a criança e algum adulto (não necessariamente a mãe, aliás). ele menciona o uso de slings ou outras formas de manter o bebê sempre próximo do corpo, e balançando pra lá e pra cá.

tem mais: ele destaca que nem todos os bebês reagem da mesma forma neste quarto trimestre. os bebês que choram mais são os que têm mais dificuldade de adaptação ao mundo exterior, são mais sensíveis ou temperamentais. essa variação de personalidade ou temperamento é absolutamente normal, e não tem nenhuma correlação com as tais cólicas. desconfortos gastro-intestinais são comuns em todos os bebês, mas nem todos choram sem parar. qual é a diferença? a reação única daquele bebê ao quarto trimestre, a forma como ele reage a este período final de formação fora do útero.

bom, e com base nisso tudo, ele ensina 5 “truques” (5S) para acalmar e confortar bebês, baseados na idéia de emular o ambiente uterino. são eles:

swaddling: é a famosa técnica de enrolar o recém-nascido bem apertado. confesso que tenho resistência a ela, porque parece que o bebê fica desconfortável, pobrezinho. no entanto, tudo que li a respeito diz exatamente o inverso: os bebês gostam do “aperto”, sentem-se mais seguros e mais próximos da posição uterina (faz sentido, convenhamos). além disso, nos primeiros meses de vida sua função motora é bastante descontrolada, e ficar solto demais deixa o bebê nervoso. o livro traz técnicas de enrolar o bebê, mas imagino que sua mãe ou sua avó podem ensiná-la rapidamente a fazer a tal trouxinha 🙂

side/stomach position: manter o bebê na posição de lado ou de bruços enquanto está no colo é mais confortável e faz com que ele se sinta mais seguro. (aliás, não sabia nada sobre isso, mas aprendi que a posição recomendada para os bebês dormirem é de barriga pra cima, nunca de bruços). parece que funciona assim: a posição de barriga pra cima “liga” um dos reflexos básicos de recém-nascido, o de cair. em outras palavras, o bebê se sente mais vulnerável de barriga pra cima enquanto acordado, ele tem medo. por isso ele recomenda mantê-lo no colo de lado (nos seus braços, com a cabeça pro lado de fora) ou com os membros soltos ao longo do braço, com a barriga apoiada no seu antebraço e a cabeça na palma da sua mão. depois de acalmado, o bebê vai ficar tranquilo pra dormir de barriga pra cima.

shushing: basicamente é fazer barulho de SHHHHH 🙂 achei incrível, mas parece que muitos bebês se acalmam com barulhos brancos bem altos, tipo secador e aspirador de pó. a explicação faz sentido pra mim: o bebê ficou meses dentro do útero ouvindo basicamente esse barulho branco de fundo (sangue fluindo e outros barulhos orgânicos). todo barulho externo era abafado e constante, seja porque ele estava imerso em líquido ou porque seus tímpanos ainda não tinham (e não tem, até o final do quarto trimestre) a mesma formação que o nosso. eles ouvem de forma diferente e principalmente não estão acostumados ao silêncio. o autor não acha que é coincidência que os bebês choram mais à noite, quando tudo está silencioso e calmo demais. o barulho de SHHHH deve ser feito para acalmá-lo, e não pode ser baixinho. o seu SHHH deve no mínimo se equiparar ao volume do choro do bebê, para que ele ouça perfeitamente e se sinta confortado pelo barulho familiar. e não se preocupe, que o bebê não vai achar que é falta de educação da sua parte fazer SHHH pra ele 😀

swinging: balançar, basicamente. mas atenção: não adianta balançar de levinho, tem que ser um balanço vigoroso. não é obviamente pra chacoalhar a criatura, né, mas não dá pra ser suave demais, ou não faz efeito. lembre-se que o bebê passou meses dentro da barriga balançando pra lá e pra cá, no ritmo do seu corpo. daí o uso do sling ou coisa parecida pra acalmar o bebê e fazê-lo sentir-se “em casa”.

sucking: bom, esse é simples, um dos instintos mais básicos do recém-nascido, sugar. tem bebês que já sugam os dedinhos dentro da barriga, e ele vai se sentir feliz quando tiver o que sugar, de preferência o seu peito 😀 pode ser chupeta, o seu dedo ou o peito, tanto faz. ele chama esta última técnica de algo como “a cereja do bolo”, ou seja, o último recurso de acalmar o bebê, quando os outros todos já foram aplicados.

aliás, ele menciona o uso destas 5 técnicas na ordem, e avisa que alguns bebês realmente precisam de todas elas pra finalmente se acalmarem.

não tenho a pretensão de convencer ninguém a gostar das técnicas ou do livro tanto quanto eu gostei, mas achei que valia compartilhar. recomendo ler o livro, e se puder vou ver o DVD. li várias respostas muito positivas às técnicas, parece que funcionam mesmo. outra coisa: essas técnicas não são nada novo, certo? nossas mães e avós já usavam isso. só precisamos lembrar do que elas faziam para acalmar os bebês e aplicar também. um dos fatores mais importantes do sucesso evolutivo da nossa espécie é justamente a transferência de conhecimento e experiência, não podemos perder isso. tradição é importante e útil, mesmo que precise ser filtrada às vezes.

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o nome da rosa

April 19, 2010 · 13 Comments

ô coisa difícil essa de escolher nomes de pessoas, não? é uma decisão que impacta a criatura pro resto da vida, e na minha opinião até define (ou influencia fortemente) algumas características nossas. eu verdadeiramente acho que o nome que carregamos nos modifica e carrega em si o nosso “vir a ser”, sim. não é à toa que nos ritos mágicos os nomes próprios são importantes.

antes de sequer levar a idéia de ter filhos a sério, morremos de rir com algumas opções de nome. desde os ridículos ajustes de grafia para “enchiquetar” os nomes (vi ontem na net mães que batizaram seus pobres filhos de jhulia marya e wessney) até os problemas de rimas e pronúncia (joão cara de mamão, aRtuR pronunciado com o R do interior de SP, e por aí vai), desfiamos uma série de nomes e descartamos praticamente todos. esse é o problema de pessoas excessivamente criativas: sempre é possível encontrar uma forma de sacanear o próximo…

mas tem aqueles pais desgraçados que nem precisam da ajuda alheia, e colocam nomes do tipo “himen” (he-man), “vaginovúlvica”, “bicicletildes” e “antônimo” dos seus filhos. todos verdadeiros, não inventei não. fora apple e amora, né.

além das barbaridades acima, não gostamos de nomes compostos nem de nomes longos (que afinal acabam virando apelidos) e temos uma preocupação típica da geração globalizada: como o nome será pronunciado em outros idiomas? parece bobagem, mas eu passo por isso todo santo dia: não é simples explicar a pronúncia do meu nome para quem não fala idiomas latinos. em francês, espanhol e italiano até que vai; em inglês, alemão e outros é dose: ivanise, pronunciado ee-vã-nee-zi. amo meu nome, e acho que boa parte do que sou se deve a ele, mas convenhamos: é chato ninguém conseguir falar seu nome.

depois de muita deliberação, dúvida e ranger de dentes, escolhemos: o piolho se chamará otto. se fosse menina, já estava escolhido sem dúvida: olívia. quem sabe nossa menina poderá ainda se chamar assim? 🙂

no entanto, continuaremos a chamá-lo de piolho ou hugolauro, seguindo a tradição chinesa de espantar os maus espíritos antes do nascimento, ok? 🙂

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sai, diabo do consumo :D

February 25, 2010 · Leave a Comment

essa história de ter filhos abre toda uma nova gama de possibilidades consumistas. é uma tentação incontrolável! felizmente aqui no brasil as ofertas são bem mais restritas… vejam isso aqui, que inferno: lucky wang. dica da denize, claro.

e eu queria mesmo era uma menininha japa dessas pra mim 🙂

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astros

January 29, 2010 · 3 Comments

e dependendo do andar da carruagem, piolho será leonino. como a sheilinha e o alê, dois amigos que eu amo e admiro muito. e meu ascendente, né. muito fogo nessa casa, pra infernizar a vida do fer 🙂

adoro aquele horóscopo com descrições “alternativas” dos signos. lembram?

Leão

Antes de qualquer coisa, quero dizer que amo este signo. Amo. Queria ser leonino. E me dou bem principalmente com pessoas deste signo.

Leão é o líder, o rei, o brilho, mas inseguro, precisa de adornos e mimos, senão, sua auto estima é como a de uma ameba na quaresma.

Quer levantar um leonino?

Elogie-o, finja que a opinião dele é a suprema, e que sem ele, sua vida seria uma vida vulgar e miserável, típica de personagem secundário de novela do SBT.

Quer derrubá-lo?

Ignore-o, ria das suas roupas e modos exagerados, não aceite suas verdades prontas e você verá este felino louco, chorando pelas selvas da vida.

Leão é bem generoso, sempre dá um bom presente e mesmo quando pobre, ele se destaca pelo bom gosto e pela ambição.

Ele sempre será (junto com seu irmãozinho taurino) aquele que venderá as garrafas velhas do quintal, para comprar a linda camiseta para o baile da escola (enquanto o irmão taurino, guardará o dinheiro).

Leão quando decide conquistar algo ou alguém, é um inferno, porque ele consegue, porque te cerca, te segue, perturba.

Sabe aquele magrelo galanteador que te liga toda hora e se acha?

É um leão…

Aí de raiva, cansaço e curiosidade, você cede só por um pouquinho e descobre que o beijo dele é bom, que ele é carinhoso e quando você percebe…

É toda dele, MEDA!

É ciumento, dramático e cheio de barracos.

E cuidado com amantes leoninas. Elas de alguma forma, conseguem se tornar as primeiras damas, até porque não suportam a hipótese de serem a segunda opção.

As leoninas são rainhas de tudo, o pobre homem que as servir será sempre um súdito.

Porque são bravas, gastadeiras e querem atenção o tempo todo.

Manhosas, adoram criar um conflito só para no final, ganhar no debate.

Mas em geral são fiéis, dedicadas e muito fogosas.

Egoístas, podem desequilibrar os parceiros com ciúmes e exigências.

Mas no geral este signo quando está equilibrado (ou seja,no comando de tudo), é cheio de vida, calor e humor.

Têm ambição, trabalham bem e sim, querem ser reconhecidos.

Amam aparecer, amam o destaque, o palco, a vida.

Não existem muitos leoninos por aí.

Até porque realeza, não se acha em qualquer esquina, pessoas.

Na firma, sobem de cargo rápido e no refeitório, sempre estão ao lado da chefia.

E mesmo se for mecânico, com a roupa toda suja de graxa, o cabelo estará impecável, todo leão tem uma relação forte com o cabelo.

Leoninos famosos: Madonna, Mick Jagger, Caetano Veloso, Jeniffer Lopez, Sean Penn, Emilio Surita, Jack Onassis, Coco Chanel, Daniela Mercury, Elba Ramalho, Fabio Assunção (e mesmo com os atuais problemas é lindo e bom ator) e aquela sua tia que fala alto e usa roupas exuberantes e com decotes mesmo com 54 anos.

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