Otto — apavorado antes de dormir, chorando — me explica que o professor de informática mostrou pra turma o vídeo de um “alienígena com mão de faca” e que ele está morrendo de medo porque não quer sonhar com aquilo e que “nunca devia ter entrado naquela aula”.
E os minions preocupados com educação sexual.
Agora toca trazer todas as evidências pra convencer a criança que isso não é real.
😩
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Ainda sobre os alienígenas, ficamos muito tempo conversando pra entender onde estava pegando pra ele a história, de onde vem o medo e por que ele estava com dificuldade de acreditar que aquilo que ele tinha visto não existia.
Foi bem mais longo, mas vou pinçar as partes críticas do diálogo:
Eu: “Otto, não existe nenhuma evidência de que aliens existam. Muita gente já buscou e continua buscando, e nada ainda apareceu.”
Ele: “mas vocês não podem ter CERTEZA que não existe!!”
(Inferno.)
Nós: “neste momento garanto que NINGUÉM confirmou a existência deles.”
Ele: “mas eu vi o vídeo! Ele tinha mão de faca!” (E chooooora)
Eu: “amor, é igual a todos os vídeos que você assiste, os filmes — é um personagem. É mentira. Alguém inventou.”
Fernando: “existem pessoas que criam personagens pra causar medo, mas não são reais, porque tem gente que gosta de sentir medo e assistir. Sabe quem é assim? Sua mãe.”
Otto: “MAS POR QUE ALGUÉM FARIA ISSO?!” (Chooooooora)
😬
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Na conversa sobre ele acreditar no alienígena e não acreditar nos personagens de filmes, fiquei impressionada pela lógica perfeita:
Eu: “Otto, sabe o homem-tubarão do Flash? Ele não existe, certo? É a mesma coisa!”
Otto: “claro que ele não existe! Porque NA TERRA ele não tem como existir. Mas os alienígenas são diferentes!” (Choooora)
Fantástico.
Coisas bizarras na Terra ele sabe que são impossíveis, mas o que vem do espaço seria desconhecido, não se aplicam as mesmas regras.
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Aproveitei pra reforçar pra ele sempre duvidar de coisas que parecem estranhas demais, e buscar entender, pesquisar, antes de acreditar.
É um conselho que vale pra ele, e pra todos nós, afinal.