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sobre a idade e a decisão de ter filhos

February 5, 2010 · 6 Comments

bom, pra começar, eu tenho 37 e faço 38 em março. estou acima do peso, mas fora o cansaço decorrente de carregar 20kg a mais, minha saúde é maravilhosa, exames todos 100%.

não sofri pressão pra engravidar por parte da minha família, porque não fui criada pra ser mãe nem esposa e nem dona de casa, eu fui criada pra ser profissional e independente (com todos os prós e contras dessa abordagem). até uns 30 e poucos eu inclusive desdenhava a idéia de ser mãe. hoje eu só tenho pavor 😀

eu podia ter sido mãe antes se eu quisesse, eu decidi não ser.

estou casada há 6 anos com o fer, e é importantíssimo que eu diga que a decisão de engravidar tem tudo a ver com ele e com quem ele é. eu não concebo a idéia de produção independente ou de ter um filho de um qualquer. saber quem é e admirar o pai do meu filho é essencial pra mim. ter o pai do meu filho presente no processo todo (gravidez, parto, criação da criatura) é igualmente essencial.

eu não levaria adiante (como aliás não levei) uma gravidez indesejada, de pai desconhecido ou de pai que eu não desejaria pro meu filho. se eu fosse gay e desejasse ser mãe, procuraria um pai que de fato desejasse ser pai e inventaria uma família de 1 pai e 2 mães.

pra quem fica encanada com gravidez depois dos 35, veja meu exemplo: engravidei depois de 5 meses de tentativa, com 37 anos, sem nenhum tipo de artifício. concepção 100% natural 🙂 o bebê e eu estamos ótimos por enquanto. não vejo nenhum motivo pra me preocupar além do necessário: cuidar da saúde, alimentação, evitar riscos desnecessários. tudo aquilo que a gente já faz (ou deve fazer) no dia a dia.

eu lembro de ir a uma gineco com 33 anos e ela me dizer que “se eu quisesse engravidar, que fosse logo, porque eu já estava velha”. nunca mais voltei, é claro. de novo, bom exemplo de médicos sem noção.

por outro lado, é fato que engravidar mais nova é melhor e mais fácil (inclusive depois). o corpo de 37 não se compara ao corpo dos 20 anos (e não falo de aparência). mas também não adianta pautar sua decisão de ser mãe pela idade – a maternidade deve ser escolha, e não imposição. felizmente vivemos numa época em que mulheres podem decidir o que fazer com seus próprios corpos (desde que não falemos de aborto…).

se quer ser mãe mais tarde, cuide-se, faça seus exames periódicos e fique tranquila. é claro que é mais simples e fácil engravidar quando se é novinha, mas isso não significa que você está condenada! não entre nessa onda, porque aí além das limitações naturais da idade, sua cabeça vai ajudar a piorar a situação.

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ser mãe deve ser…

January 28, 2010 · 3 Comments

… olhar pra um aparador desses e imaginar “mas as criança vão puxar esse pano aí em 3 segundos e derrubar tudo!”.

minha casa é uma armadilha infantil ambulante. já sinto o rancor se instalando na minha pessoa por ter que mudar tudo de lugar…

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os pequenos dramas da (quase) maternidade

January 6, 2010 · 1 Comment

nem pari ainda e já tem coisas que me preocupam em relação ao bebê. vacinar ou não, forma de tratamento médico (alopatia, homeopatia), alimentação, educação e outras coisas.

tenho amigas (como a dani e a denize) que são contra vacinação e não vacinam seus filhos; tenhos outras amigas e amigos (e família) que vacinam. não conheço histórias problemáticas em nenhum dos dois grupos, portanto não posso afirmar o que é melhor. pelo meu conhecimento do que é e como funcionam as vacinas contra viroses básicas, não vejo motivo pra não vacinar. mas estou disposta pensar no assunto.

assim como estou disposta a pensar em métodos de educação, tratamento médico e outras coisas. o essencial pra mim (e acredito que pro fer também) é que as decisões sejam baseadas em fatos comprovados e isentos, e não em impressão ou opinião enviesada. não tenho nada contra crenças, elas têm seu valor, mas – para o bem ou para o mal 🙂 – tanto eu quanto o fer somos ateus e céticos. precisamos de justificativa científica pra crer.

pessoalmente fico confortável com homeopatia, porque tive experiências positivas (muito embora não entenda ainda a explicação científica), mas não sei se submeteria meu filho a algo que não entendo mas que funcionou especificamente pra mim.

tenho bastante resistência a aplicação de restrições alimentares, por exemplo. é preciso me explicar com muito detalhe porque grávidas não devem comer alimentos crus, por exemplo. não sou supersticiosa e não dou crédito pra “cultura popular”. ou tem explicação, ou eu ignoro. vale o mesmo para crianças: não pode comer (sei lá, tou chutando) carne de porco até os 3 anos (ou chocolate). por quê? quais são os riscos? há alguma comprovação?

sinceramente não me importo de explorar novas possibilidades, eu inclusive gosto de mudar de idéia e abraço novas propostas com prazer. mas precisa me convencer. como eu não tenho crença, ideologia e nem religião definida, estou aberta a novas possibilidades… desde que muito bem fundamentadas 🙂

já vi que nos próximos anos vou ter que rever muitos conceitos…

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desconfortos e coisas boas

December 14, 2009 · Leave a Comment

fisicamente está chatíssima essa fase. meus peitos pesam toneladas, estou inchada e tive umas cólicas chatas no fim de semana e a comida não me cai bem. eu não tenho enjôos, mas tudo que eu como parece que faz mal. nunca tive azia e agora é o tempo todo. tive também dores de cabeça constantes, que acho que estão relacionadas ao inchaço. estou me forçando a beber montes de litros de água pra amenizar.

pra completar, tive um sangramento leve no dia de ontem, como a denize tinha previsto :), e fiquei apreensiva. parece que é normal, mas… é chato!

agora coisa boa mesmo de engravidar e ter filhos (fer e eu concordamos) é que agora seremos “autorizados” a reclamar e falar mal das barbaridades que vemos por aí: pais e mães sem noção, grávidas loucas e chatas, crianças sem educação e etc. se você não tem filhos, não tem direito de reclamar de nada, é uma patrulha absurda.

pois agora vou CONTINUAR falando mal de pais, mães, filhos, grávidas e etc. e agora EU POSSO! Mwahahahaha! 🙂

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descobertas interessantes

December 14, 2009 · 2 Comments

na falta da médica pra me orientar no início, vou contando com a denize e o google. mil vezes a dê que o google, honestamente – a maior parte das informações que encontrei sobre gravidez na internet são um show de horror completo.

a única que me pareceu minimamente razoável foi essa aqui, explicando o que acontece semana a semana. minha primeira surpresa foi descobrir que as semanas se contam a partir da data da última menstruação (no meu caso, 9/novembro). ou seja, estou entrando na sexta semana. na minha cabeça, devia contar a partir da data mais provável da concepção (pelo menos 2 semanas depois da menstruação), mas… aliás, contar gravidez por semana é coisa moderna, né? que eu me lembre, gravidez era contada por mês!

outra “descoberta” que me irrita é tudo que é texto falando de gravidez chama a mulher grávida de “mamãe”. odeio. pra mim, “mamãe” só deve ser usado pelo filho ou num contexto com o bebê presente quando se refere à mulher que no caso é mãe dele. exemplifico:

bebê – “mamãe!” <== OK pai da criança - "a mamãe tá chamando" <== OK amigo, conhecido, whatever - "olha, a mamãe trouxe sua chupeta" <== OK qualquer outro uso acho péssimo. "a mamãe no segundo mês está..."? eca. "bom dia, mamãe, veio fazer o pré-natal?" chute na boca. ninguém além do meu filho pode me chamar de mamãe. só se aplica se for pra me identificar para o meu filho.

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