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Quinta-feira, 26 de abril de 2001
Um novo projeto para o Simba Safári
A notícia de que o parque não vai mais fechar foi um alívio para o paulistano; a partir de 1º de maio, o local passará a ser administrado pela Fundação Zoológico de São Paulo

O Simba Safári, que estava ameaçado de fechar, vai continuar funcionando, mas passará a ser administrado a partir de 1º de maio pela Fundação Parque Zoológico de São Paulo. As portas ficarão fechadas por cerca de 15 dias para que os funcionários sejam substituídos por outros, contratados pela fundação. Tudo porque o contrato do terreno do Simba Safári, que pertence ao Estado, vence no final deste mês.

A Promotoria do Meio Ambiente irá acompanhar as condições da mudança de administração e, caso haja algum dano ambiental, poderá abrir uma sindicância contra a fundação Zoológico. "Ainda é prematuro tirar alguma conclusão, mas estamos acompanhando o caso", disse a promotora Lídia Passos.

Até o fim do ano, a nova administração irá abrir uma licitação pública para definir quem ficará responsável pelo parque. Nada impede que Francisco Luiz de Souza Corrêa Galvão, que criou e administrou o parque por 29 anos, seja um dos candidatos. O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou ontem que pretende fazer um plano diretor para o Parque das Águas do Ipiranga, que abrange o Simba, a antiga unidade Imigrantes da Febem, terrenos do zoológico, Jardim Botânico, o Centro de Eventos da Secretaria da Agricultura.

Grades

A notícia de que o parque não irá fechar foi um alívio para os paulistanos, mas a fundação pretende colocar grades para separar os leões, ursos e tigres dos visitantes. Esta medida deve ser adotada até que os novos funcionários estiverem familiarizados com as feras soltas.

Segundo o diretor-geral do zoológico, André Luiz Perondini, haverá um desconto de 20% nos ingressos nesse período. "Estamos pensando num projeto básico que mantenha os animais livres e a visitação com automóveis", disse Perondini.

Mesmo sendo provisório, o fato decepcionou o público, já que o Simba Safari é o único parque da América Latina que possibilita o contato dos animais com os visitantes. O analista de suporte Tomás Minoro Gunji, 42 anos, levou a filha Rebeca Emy, de 3 anos, para ver os animais de perto. "No zoológico os bichos ficam a mais de 10 metros da gente. O importante é o contato."

O Simba Safári surgiu em 1971 e fica na Vila Moraes, na zona sul da cidade. Abriga cerca de 300 animais de 16 espécies diferentes, que são tratados e alimentados por seus quase 60 funcionários.


Ângela Monteiro e André Merli A/E





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