Naomi Zilioli

#retratofalado
Eu queria falar da Naomi sem me referir à sua beleza física, mas não dá. Ela é uma das mulheres mais bonitas que conheci na vida, e desde que a vi a 1a vez ainda adolescente fiquei encantada — ela parecia uma princesa daquelas de história, de filme!
Mas isso seria irrelevante se ela também não fosse das melhores e mais doces pessoas que já encontrei. Ela tem voz, sorriso, olhar de menina eterna. Ela é engraçada, bobalhona, carinhosa, cuidadosa. E inteligente, pra desgosto da geral que acha que mulher bonita demais (e loura!) só pode ser burra.
Ela se tornou médica, o que faz todo sentido, já que sempre foi tão aberta pro mundo, pras pessoas, tão cuidadosa.
Escrevendo sobre ela, me lembrei desse poema do Drummond:

O que eu adoro em ti,

Não é a tua beleza.

A beleza, é em nós que ela existe.

A beleza é um conceito.

E a beleza é triste.

Não é triste em si,

Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.
O que eu adoro em ti,

Não é a tua inteligência.

Não é o teu espírito subtil,

Tão ágil, tão luminoso,

– Ave solta no céu matinal da montanha.

Nem é a tua ciência

Do coração dos homens e das coisas.
O que eu adoro em ti,

Não é a tua graça musical,

Sucessiva e renovada a cada momento,

Graça aérea como o teu próprio pensamento,

Graça que perturba e que satisfaz.
O que eu adoro em ti,

Não é a mãe que já perdi,

Não é a irmã que já perdi,

E meu pai.
O que eu adoro em tua natureza,

Não é o profundo instinto maternal

Em teu flanco aberto como uma ferida.

Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.

O que eu adoro em ti – lastima-me e consola-me!

O que eu adoro em ti, é a vida.

Deixe um comentário