(sem título)

rolling stones

tem quem se divirta com a desgraça alheia, já eu me divirto com a mediocridade alheia, aquela capacidade que a esmagadora maioria das pessoas têm de ficar no limbo, de não melhorar, de patinar na mesma merda, de continuar atolado no mesmo discurso, nas mesmas palavras, nos mesmos erros.

sei que a melhor forma de se sentir progredindo definitivamente não é usando os infelizes estacionados como parâmetro — e nem é o caso, pois graças às escolhas que fiz, estou cercada de gente-que-muda, essa é a verdade — mas que dá uma sensação de vitória, isso dá.

se eu não fosse tão egocêntrica, acharia que isso é complexo de inferioridade. acho que é só sadismo, mesmo.

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