ah, o natal…

então, meu irmão foi protagonista de um seqüestro-relâmpago no dia 23 de dezembro na pacata cidade de caraguatatuba, juntamente com a ex-mulher e sua (deles) filha de 1 ano e meio. no dia de natal, jogando a pequena pra cima e pra baixo ele falava “isabela, isso é um assalto! mão na cabeça!” e chacoalhava a menina, que ria de chorar.

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eu ganhei forminhas de gelo que soltam o gelo um a um. é, não precisa daquele eterno drama de torce-pra-lá, torce-pra-cá, molha, bate, gelo voando pra todo lado. tudo muitíssimo civilizado, gelos individuais, vejam vocês. tenho medo de dizer essas coisas e alguém vir dizer que isso é uma invenção neo-liberal extremamente individualista e que não promove o contato com a coletividade. vocês sabem, gato escaldado…

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meu pai diz que meu presente de natal é minha mesa da cozinha (que encomendei pra ele fazer). sei não, a última vez que ele disse isso eu demorei 1 ano pra ver a mesinha de centro lá de casa.

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minha mãe fez de novo o seu sensacional cuscuz. não existe um só ano que passe sem a brincadeira de alguém com o cuscuz da minha mãe. com o meu cuscuz ninguém quis brincar. droga.

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bom mesmo foi o namorado, que não conhecia metade do povo que estava lá em casa, me abraçando efusivamente e dando o octogésimo feliz natal da noite, pra fugir dos abraços nos desconhecidos. eventualmente o pessoal desistiu, mas tenho certeza que vão dizer que meu namorado é anti-social. ou vão dizer que somos muito apaixonados. mas como família é fogo, a possibilidade de falarem mal é bem maior, é.

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ando com aversão a telefone. não liguei pra quase ninguém, mas pensei em todo mundo. ninguém acredita, é foda.

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